Capítulo 12: Que A Limpeza Comece

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Chegando no acampamento do marechal Roberto, Anabel se apresentou e logo em seguida Bernado. O Homem era robusto, tinha cerca de quarenta anos, não tinha cabelos, mas ainda sim seu rosto era repleto de cicatrizes, Bernado pensou que seu tipo definitivamente seriam aqueles com cabelos vermelhos, olhos verdes e muitas pintinhas.

"Sua Alteza! Eu sempre quis conhecer o filho do meu melhor amigo. Você parece bem mais com sua mãe, eu diria."

"É, muitos me dizem isso."

"Certo, certo. O principal é que, irei te ensinar muitas coisas durante esses anos em que estaremos aqui, claramente a general não iria gostar, obviamente ela não gosta de você. Tomaremos com um aprendizado, devo muito ao seu pai." Depois de suas palavras, ele pediu para que Bernado se instalasse no acampamento.

O exército do marechal era composto por homens e mulheres experientes, mas era de fato desconfortável para o jovem príncipe.

"Sua Alteza é um rapaz tão fofo, olha lá que fofura! Me dá vontade de apertar as bochechinhas dele!"

"Sua Alteza não tem tanta masculinidade, como um rosto fofo desses está no exército?"

Bernado não aguentava esses adjetivos dirigidos a sua pessoa. Se pudesse teria derrubado todos, mas claramente sabia que seria uma derrota. Aproximando-se de sua própria barraca, ele se deitou e resolveu descansar. Suas feridas doíam, mas não queria ser um incômodo. Durante a noite, todos se reuniram em volta de uma fogueira, por ser próximo ao vilarejo, não seria suspeito. Os soldados do marechal estavam realmente unidos. Ignorando todos os apelidos de seus seniores, ele rapidamente se desenvolveu na conversa, suas habilidades de comunicação mereciam nota máxima.

No dia seguinte, Bernado foi logo chamado pelo marechal. Todos montaram em seus cavalos e indo em direção ao inimigo. O marechal logo falou, "Sua Alteza, para ser um bom líder, sabe o que é preciso?"

"Imagino eu, sabedoria?" Perguntou Bernado.

"É um ponto. Um bom líder deve seguir sua moral, ter disciplina, método, adaptação. É importante saber quando lutar. Deve-se levar em consideração o terreno, o clima, ter coragem o suficiente. Vejo que você socializa facilmente com meus subordinados, adaptou-se rápido, isso é bom, mas quero que aprenda outras coisas."

"Diga, por favor."

"Primeira-tenente me contou que Sua Alteza tem força e velocidade, mas falta pensamento rápido. Quero que treine isso. Quando for atacar um inimigo, pense em todas as possibilidades, observe o terreno, o clima, caso erre, use a cabeça, um coração frágil, só trará morte."

"Meu pai sempre me disse isso. Totalmente o contrário de minha mãe."

O marechal sorriu. "Eu os conheci. A rainha estava sempre ao lado oposto do rei, mas acima de tudo, eles se amavam. Era possível sentir os olhares apaixonados. Uma pena morrer tão jovem."

"Não conheci ela o suficiente." Falou Bernado sem expressão. Sua mãe morreu quando tinha apenas cinco anos de idade, é claro que ele não se lembraria dela.

Observando-o por um momento, o marechal continuou. "Chegaremos em algumas horas ao primeiro acampamento inimigo. Quero que observe como...Você ouviu isso?"

"O que?" Sons de miado poderiam ser ouvidos.

"Tem algum gato...Próximo..." Com suas palavras, Pandora saiu das roupas de Bernado. que o deixou um pouco espantado. Ele se lembra que a deixou no acampamento.

"Pandora? Como você chegou até aqui?"

O marechal arregalou os olhos. "Sua Alteza trouxe um gato?" No momento em que falou isso, um soldado se aproximou. "Marechal, estamos a cerca de uma hora de distância, vamos nos preparar?"

Vida Longa Ao ReiOnde histórias criam vida. Descubra agora