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Deve estar se perguntando aonde nisso tudo eu e seu pai nos apaixonamos, foi no meu primeiro semestre na faculdade de psicologia, Arthur havia voltado para a cidade para visitar seus pais e acabou em nosso apartamento. Eu estava cansada após o longo dia na faculdade e na galeria a qual eu estava trabalhando, sua tia tinha o chamado para jantar, era uma sexta a noite e como um bom amigo que ele era, ele aceitou. Naquele dia eu me empolguei na bebida ou talvez tenha sido apenas o cansaço, eu não sei, apenas sei que acordei no dia seguinte com Arthur ao meu lado na cama.

O jantar com Victor não foi uma das melhores coisas que já fiz, mas serviu o propósito que ele queria, aparecemos em diversos sites e segundo Mob  programas de televisão ligavam sem parar, todos queriam uma entrevista exclusiva com o novo "casal". Aquilo tudo não estava me agradando, odiava ter câmeras em mim, ter minha vida exposta pra milhões de pessoas não era pra mim.

— deveria se aproveitar disso, Babi é a sua chance de ficar famosa

— nunca quis ser famosa Gilson.

— como não? Pensei que quisesse ser uma estilista famosa Bárbara Passos, o que aconteceu?

— Sophia aconteceu GS.

— mas é seu sonho Babi, Carol não gostaria que o deixasse de lado

— acontece que Carol não está aqui GS, ela está morta, e eu terei meu momento de fama com essa coleção.

— e depois acabou? Vai jogar sei sonho no lixo?

— Gilson, eu tenho outras prioridades agora.

— vai acabar se tornando uma infeliz, e irá culpar Sophia por isso.

— eu estou fazendo isso por mim GS.

— certo, e Victor sabe disso?

— o que Victor tem haver com isso?

— se tornaram mais próximos agora.

— isso não significa que irei contar todas as informações da minha vida para ele, agora pode ficar quieto? Quero terminar o filme.

Gilson se calou, sabia que ainda iria me questionar sobre desistir da carreira de estilista, mas isso era coisa para outro dia, no momento iríamos terminar de ver o filme e jogar conversa fora.

Talvez seja indelicado demais te dizer que eu e seu pai fomos para a cama, mas não há outra maneira de te contar isso. Depois do ocorrido passamos duas semanas fingindo que nada havia acontecido até sua tia nos pressionar, quando falamos em voz alta percebemos o que havia sido feito e que não poderia ser desfeito mais.

Abro a porta no momento exato que Marcos sai do elevador, ele havia ido me levar algumas das minha peças que já havia chegado na empresa. Assim que meus olhos caíram para a sacola em sua mãos um sorriso cresceu em meu rosto.

— boa tarde Babi

— boa tarde Mob. Pode entrar, fique a vontade.

— certo - sorriu - os senhores Camilo não sabem que eu peguei nenhuma dessas peças, então por favor tome cuidado.

— fique calmo Marcos, só quero ver como estão ficando, não irei estragar nada, é a minha coleção, se lembra disso?

O secretário pareceu relaxar, se sentou ao meu lado no sofá, enquanto me mostrava as peças. Deu orientações para ele sobre coisas que poderiam ser acrescentadas ali, e até mesmo retiradas, Marcos anotou tudo prontamente e entregaria para Bruno pela manhã. Por sorte Sophia estava dormindo tranquilamente em seu quarto, o que se tornou um alívio para mim, não queria ficar me explicando para Marcos naquele momento.

DE REPENTE, MÃE - BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora