Sempre pensei em como mataria Victor. E naquele momento eu tinha uma lista enorme. Suas mãos firmes ainda estavam sobre minha cintura.
— quase me matou do coração Victor Augusto.
— desculpa, vocês estão bem?
— poderia ter dito meu nome, sei lá - suspirei em partes aliviada. Ainda queria mata-lo, no entanto me controlaria no momento.
— mas eu disse, Babi estou chamando você o caminho inteiro.
QUE?
— me deixou preocupado.
— não prescisava se preocupar.
— é você Babi, eu sempre irei me preocupar - revirei os olhos.
— o que faz aqui?
— depois que me ligou e não explicou nada, fiquei preocupado com vocês - olhei suas roupas, eram muito mais simples do que costumava usar no dia a dia - quando cheguei no seu prédio o porteiro me informou que você tinha saído.
— e como me achou?
— isso foi completa sorte.
Suspirei cansada, eu havia criado uma enorme confusão por apenas uma mamadeira e uma lata de leite.
— o leite de Sophia tinha acabado, prescisei sair para comprar.
— por isso me ligou.
— sim - respondi mesmo que não tenha sido uma pergunta.
— poderia ter me pedido para comprar.
— está tarde Victor, fora que isso é totalmente antiprofissional, você é meu chefe lembra? - Victor revirou os olhos.
— quando você voltou a me rotular como apenas seu chefe?
— quando você se tornou meu chefe.
— Babi...
— presciso ir, desculpa senhor Camilo, não irá se repetir.
— não faz isso Babi, por favor.
Ignorei sua fala. Me livrei de sua mão e fiz o caminho de volta pro prédio que morava. Victor não me seguiu, mas desejei que tivesse. Ao chegar em casa fiz o leite de Sophia. A bebê mamou totalmente feliz. Busquei uma enorme coberta em meu quarto, me deitei sobre o sofá juntamente com Sophia e adormeci admirando a noite estrelada.
Acordar de bom humor nunca foi mais fácil do que naquele dia. A pouco luz do sol que entrava pela janela, deixava a bebê que dormia sobre mim ainda mais bonita.
Me levantei do sofá, deixando apenas a bebê ali por mais um tempo. Teria que voltar para empresa, o problema era Sophia. Não tinha como deixa-la, seus avós estavam do outro lado da cidade, os irmãos Esquierdo não podiam me ajudar, muito menos Bradoock. Todos trabalhavam o dia inteiro, e eu não conseguiria deixa-la na mão de um desconhecido. Pensei novamente na possibilidade de chamar meu pais, mas a idéia logo desapareceu da minha cabeça.
Me arrumei com as roupas sociais de sempre, organizei a bolsa de Sophia e depois a própria bebê. O macacão verde-mar realçava ainda mais seus fios loiros. Aquela menina nunca saberia o que é ser feia.
Chamei um Uber assim que terminei tudo. Peguei a bolsa de Sophia e a minha, o carrinho de bebê e por fim, peguei a Sophia.
Estava completamente sem jeito, joguei as bolsas no carrinho, e permaneci com Sophia no colo. Como as mães conseguem fazer isso? Ao chegar no térreo, o Uber já me esperava, e para minha sorte o rapaz era muito simpático. Me ajudou a colocar as coisas no carro, e até mesmo cantou para Sophia, que retribuiu com o sei sorriso banguela.
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DE REPENTE, MÃE - BABICTOR
RomanceBabictor|| Bárbara Passos é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena Sophia. Nunca havia pensado em filhos, muito menos naquele momento de sua vida, mas não podia recusar o último desejo de sua mel...