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Esperar estava me matando.

A audiência sobre a adoção de Sophia estava acontecendo nesse momento. Infelizmente não pude comparecer, Bradoock me garantiu que não havia necessidade.

Sophia estava dois andares abaixo do meu, junto com Débora. O Pessoal estava levando a sério o "operação babá", íamos terminar a semana sem os Bettencourt percebecem da existência de um bebê no prédio. Ao menos era o que acreditávamos, já que os dois não falaram sobre o assunto.

Chequei novamente meu celular, e como antes não havia nada. Bradoock prometeu que me ligaria assim que terminasse, mas e se ele tivesse esquecido? E se prescisou fazer algo mais importante? Quis jogar o trabalho pro ar e ir até o tribunal, prescisava saber o que havia sido decidido. Necessitava de uma resposta.

— Se continuar estressada desse jeito não chegará aos trinta.

Revirei os olhos, ele poderia ser mais educado e bater na porta antes de entrar? Iremos esquecer por segundos que ele é dono desse prédio e que tem direito ao lugar todo.

— o que você quer Victor?

— uau, agora eu sou apenas o Victor?

Tudo o que eu prescisava, Victor Augusto me infernizando m desejei tê-lo visto antes de entrar na minha sala, assim poderia ter trancado a porta.

— irá me contar o que está fazendo você soltar fumaça pelos ouvidos?

— não estou soltando fumaça pelos ouvidos.

— está parecendo - respirei fundo. Deus, me dê paciência antes que eu cometa um assassinato.

— a audiência é hoje.

— e está nervosa por qual motivo? - olhei pra ele como se a resposta fosse óbvia, e definitivamente era.

— pelo visto ainda não sabe.

— não sei o que? - ele sorriu

— parabéns Bárbara Passos você é oficialmente a mãe de Sophia Ramos.

Olhei para ele surpresa, ele estava brincando certo? Quais as chances dele saber disso antes de mim? Ok era muitas.

— não brinque com isso Augusto.

— não estou - seu tom calmo me fez sorrir - vim te parabenizar.

— como soube?

— tenho meus contatos.

— Victor - ele sorriu.

— parabéns mamãe.

Ele se retirou da sala, sem ao menos me explicar como descobriu primeiro. Segundos
depois meu celular tocou, era Bradoock, que Victor não tenha mentido.

— Babi está sentada?

— sim, o que aconteceu?

— você conseguiu, você é oficialmente mãe de Sophia.

Olhei para a porta do elevador no fim do corredor que se fechava, Victor sorria diretamente para mim. Não gostava nenhum pouco do modo como as pessoas ricas como os Camilo ganhavam tudo o que queriam, mas naquele momento não me importei. Sabia que havia dedo de Victor naquele processo, ele não me deixaria perder Sophia, mesmo que para isso tivesse que gastar milhões.

— temos que comemorar - a voz de Bradoock né trouxe de volta a realidade.

— claro, nós vamos comemorar, agora presciso ir, nós falamos mais tarde.

Encerrei a ligação. Prescisava ver Sophia, minha filha. Apenas o peso dessa palavra me fez sorrir. Eu era mãe agora, não do jeito que planejei, mas era, e não podia estar mais feliz.

DE REPENTE, MÃE - BABICTOROnde histórias criam vida. Descubra agora