Oi gente, antes do capítulo começar eu queria agradecer a todos os comentários positivos que vocês tem me mandando, isso me ajuda mto, obrigada. Por isso continuem votando e comentan umdo. Agora, só queria explicar uma coisinha, essa história não foi escrita por mim, eu apenas adaptei, podem continuar comentando como quiser, mas eu só tô dizendo isso porque os créditos não são todos meus.
Obrigada por todo carinho, amo todos vocês
======================================
(Outra coisa antes do capítulo realmente começar, nota mental o Coringa é um completo babaca nesse capítulo)Os olhinhos castanho-esverdeado me observavam, era como se ela perguntasse para onde íamos. Nem eu sabia a resposta para isso. Estávamos na estrada faz quinze minutos, e Victor não dizia absolutamente nada, permaneceu falado desde que entramos no carro. O silêncio só era quebrado graças a baixa música que tocava no rádio de seu carro. Suspirei cansada, o que eu tava fazendo ali afinal?
A velocidade do carro passou a diminuir, até estacionar em frente a uma enorme casa. As janelas enormes refletiam a luz da lua, o jardim bem cuidado com diversas flores e plantas. Era um ambiente bonito de se observar, poderia passar horas olhando aquela casa. Victor me surpreendeu ao abrir a porta do carro pra mim, e me ajudar com as coisas de Sophia. Nem tudo nele havia se perdido afinal.
- onde estamos? - perguntei finalmente ao entrarmos na varanda da casa.
Havia um lindo balanço em frente a casa. Victor pareceu exitante por alguns segundos, tirou a chave de seu bolso e destrancou a porta.
- na minha casa.
Olhei surpresa para ele, em todos os lugares que pensei que iríamos hoje, sua casa nem me passou pela cabeça. Entramos no lugar, era ainda mais lindo que o lado de fora. A decoração era completamente em preto e branco, era como assistir um filme antigo pela televisão.
O enorme tapete em frente ao sofá em L, continha nosso jantar, sushi e duas taças de vinhos. Algumas velas estavam distribuídas pelo ambiente inteiro.
- não podemos sair pra jantar por conta da pequena mas ainda precisamos ser vistos juntos - suas mãos pararam em sua calça jeans azul, passou rapidamente a mão por ali, ele estava nervoso.
- certo.
Me sentei no tapete juntamente com ele, Sophia estava em meu colo. O ambiente era romântico demais para nós, ao menos para mim, não estou acostumada a ficar em ambientes assim, ainda mais com Victor Augusto.
- ela é uma boa mistura de Arthur e Carol.
- sim, ela é.
Sua tia e eu ficamos naquele escritório por horas, até que seu pai e Victor entraram lá. Seu pai estava preocupado com Babi ( os dois tinham uma amizade incrível, e te garanto que sua tia te contará aventuras incríveis entre os dois), segundo ele um cara havia entrado na sua roda de amigos se gabando por ter tirado a virgindade de uma da garotas de lá. Arthur quis garantir que não fosse sua tia, mas não a encontrou em lugar nenhum, foi quando pediu ajuda a Victor. Ambos pararam lá em poucos minutos de busca. Babi chorou no ombro do seu pai e contou o que havia acontecido. Nunca vi Arthur tão nervoso quanto naquele dia, me lembro dos dois rapazes saírem do escritório bufando ( se estivéssemos em um desenho animado, sairia fumaça de suas cabeças), uma confusão se iniciou depois. Fiquei ao lado de Babi o tempo todo, Arthur e Victor iniciaram uma briga com o rapaz, eu nunca soube o final daquele dia, tirei sua tia de lá e a levei para casa. Bárbara estava despedaçada, eu só queria abraça-la e dizer que tudo ficaria bem, mas não fazia idéia de como ela se sentia, muito menos se ficaria tudo bem. Acabei ficando em sua casa até o outro dia, passarmos a noite em claro, quando ela não estava chorando nós conversávamos. Foi naquele momento que a nossa amizade nasceu.
- como você está? - Victor perguntou - digo, em relação a morte da Carol e sua nova responsabilidade agora.
- estou lidando bem até. Você não apareceu no velório dela.
- já foi difícil demais enterrar Arthur.
Quis gritar com ele, perguntar se ele achava fácil para mim, "eu enterrei meus dois melhores amigos e tive que aguentar firme" desejei gritar, mas me contive, não valia a pena iniciar uma briga naquele momento.
- pensei em te procurar depois de saber sobre a morte de Carol, porém não sabia o que te dizer.
Passei toda minha atenção para Sophia, se prestasse atenção em Victor eu provavelmente bateria nele. Arrumei a presilha que segurava os seus poucos fios loiros, naquele momento parecia a cosia mais legal do mundo.
- sabia que Sina estava grávida, e consequentemente que o bebê ficaria comigo e mesmo assim quis anunciar em rede nacional que estava namorando comigo.
— não sabia que a guarda ficaria para você, para mim ela iria para os Voltan.
— claro, por quê os pais da Carol iriam querer a Sophia os lembrando que perderam a filha que tanto amava.
— as pessoas superam isso.
— eles não superaram nem a morte do Crusher, e ele nem filho deles era, pelo amor Victor.
— você superou isso, eles também poderiam.
E novamente minha mente me pedia para gritar com ele, como poderia dizer algo tão convicto sem ter certeza de nada? Eu não o reconhecia mais, esse realmente não era o Victor Augusto que eu conheci anos atrás. Sua aparência poderia ser a mesma, porém seus pensamentos e atitudes mostravam que ele havia mudado, e infelizmente para pior.
Passei a acompanhar sua tia todos os dias para a escola, descobrirmos diversas coisas em comum. Aos poucos íamos nos abrindo mais e mais, minhas brigas com Gabriel se tornavam mais frequentes o que sempre me levava a ir para casa de Babi, geralmente passava a noite na casa dela, me lamentando. Em uma das brigas com Bak ( era como algumas pessoas chamavam Gabriel) fui para casa de Babi, seu pai estava lá junto com ela e Victor, estavam tendo a " noite D" (noite de diversão, passava a noite toda jogando ou então bebendo). Acabei me juntando a eles, contei todos os meus problemas com Gabriel, e em troca eles me encheram de bebidas, claro que no dia seguinte os três me mandaram mensagem com alguns conselhos, mas naquela noite a gente só bebeu, e ali nasceu o nosso quarteto. Passamos a nós encontrar pela escola, almoçamos juntos e passamos a sair juntos também. Sua tia e eu passamos a ir em todos os jogos que eles tinham, e depois de la íamos para uma lanchonete, cada dia uma diferente da outra, nunca repetíamos o lugar. Criamos um vínculo maravilhoso mas que acabou na nossa formatura.
O silêncio da sala estava me incomodando, não aguentava mais estar ali, preferia mil vezes o silêncio do meu apartamento. Victor havia tirado várias fotos do nosso jantar, e algumas minha, sabia que logo tudo estaria em suas redes sociais.
Sophia estava no sofá, ela era tão pequena que chegava a desaparecer no móvel. Sorri enquanto admirava a pequena criança. Queria que os pais dela tivessem a chance de vê-la pelo menos uma vez, ficariam felizes e apaixonados pela menininha.
— você está fazendo um trabalho maravilhoso com ela.
Olhei para Victor, que me mostrava a tela de deu celular, nele havia uma foto recém tirada minha observando Sophia dormir. Sorri, era uma bela foto
— não temos uma conversa civilizada a anos, por isso não falei com você, senti medo que gritasse comigo - suspirou - eu estava lá, afastado de você e do resto mas estava lá. Quando foi que nós nos afastamos tanto? Éramos todos unidos e depois se tornou cada um por si.
— eu não sei.
A formatura é um marco importante, você fecha um ciclo e inicia outro. Todos estavam animados para o grande dia, mas nós não, sabíamos que com aquilo nós nos afastaríamos e não estávamos pronto para aquilo ainda. Infelizmente chegou mais rápido do que esperávamos, a carta da faculdade já ocupava espaço em nossos quartos. Cada um iria para um canto do país, manter uma amizade parecia impossível para todos nós. Victor Augusto foi o primeiro a ir embora, ele se afastou completamente de nós ( ao menos de mim e de Babi), depois seu pai foi. E então só sobrava Babi e eu, eu não queria deixá-la e ela também não. Conseguimos ser aceitas na mesma faculdade, sua tia cursou moda e eu comecei enfermagem mas acabei mudando para psicologia. Compramos um pequeno apartamento no centro da cidade, e desde então se tornou nós duas contra o mundo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
DE REPENTE, MÃE - BABICTOR
RomanceBabictor|| Bárbara Passos é surpreendida com o testamento de sua melhor amiga, a qual lhe concedia a guarda da pequena Sophia. Nunca havia pensado em filhos, muito menos naquele momento de sua vida, mas não podia recusar o último desejo de sua mel...