Pelo Bem de Todos

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[ Siyeon ]


— Não se aproxime! — Grito desesperada, afastando-me o máximo que posso até encostar na parede.

O homem mascarado para imediatamente ao lado do sofá e consigo ouvir um suspiro frustrado vindo dele.

— Se é o que quer Siyeon, então não me aproximarei mais de ti. — Ele diz e sinto algo confuso quanto a tudo isso.

Ele realmente não veio até mim, apenas caminhou até em frente a Seulgi e Irene, verificando seus pulsos e analisando melhor os rostos delas.

— O que está fazendo com elas? — Pergunto irritada, querendo ter forças para não tremer tanto e avançar contra esse desgraçado, mas ele está portando uma arma de fogo, seria arriscada demais.

— Eu precisei dar remédio para que dormissem, pois não paravam de gritar e não acreditavam em mim quando eu dizia que não faria mal a elas. — O homem fala, indo até uma poltrona ao lado da tevê e sentando nela, depositando seu revólver numa mesinha ao lado.

De certa forma ele me parece cansado.

— Por que será que elas não acreditaram em ti? — Provoco, mesmo sabendo que não deveria fazer isso.

O modo como ele age começa aos poucos a dissipar o meu medo pela situação. Não parece amedrontador quanto parecia ser, mas não posso baixar a guarda. Tenho de lembrar que ele é a mesma pessoa que tem nos ferido, que apunhalou a SuA e colocou a vida de Soyeon, Minnie, Shuhua e Yuqi em risco, estando esta ainda em coma.

Esse homem não merece perdão!

— Parecia engraçado e divertido no começo. — Ouço ele dizer em um tom baixo e controlado, como se estivesse apenas conversando consigo mesmo. — Assustar, intimidar, mostrar que tenho poder e fazer com que todos vejam que posso fazer o que eu quiser e mesmo assim não serei descoberto. Posso dizer que sou um gênio, um tanto incompreensível, apesar de que tenho uma ajuda essencial e poderosa ao meu lado.

— Por favor, você não diz nada que faça sentido. — Reclamo, deixando-me cair e sentando no chão, cansada e entristecida.

Ouço ele rir e encaro-o surpresa.

— Do que ri, posso saber? — Pergunto irritada.

— Você nunca me tratou assim antes, então é um pouco hilário ter seu tom de voz rude direcionado a mim. Não sabia que poderia me excitar dessa forma.

Ao ouvir suas últimas palavras, acabo retraindo o corpo com nojo e pavor. Como assim, se sente excitado com meu modo de agir com ele? O que está pensando em fazer comigo?

— Por favor, não me toque. — Acabo por dizer em um tom de voz fraco, falho, perdendo toda a pose de durona que tinha segundos antes, temendo que eu fosse violada por ele.

— Não vou te tocar dessa forma Siyeon. — Ele diz, sereno e sorridente, mas não consigo acreditar nele.. — Se não quer acreditar em mim, tudo bem, você tem créditos quanto a isso. Quando as meninas aqui acordarem, pode perguntar a elas se mexi no corpo delas em algum momento.

— Então por que está fazendo isso conosco? O que quer de nós?

— Eu quero que vocês sejam felizes, é isso o que quero.

Não consigo evitar, acabo caindo na gargalhada ao ouvi-lo dizer tais asneiras. Ele pensa realmente que irá me enganar com essas palavras bonitinhas? Depois de tudo que fez?

SuaYeon SoulmatesOnde histórias criam vida. Descubra agora