Bruna, Melissa e Leonardo são aparentemente pessoas diferentes, mas o que nem eles mesmo sabem é que os três estão ligados por um acontecimento de séculos atrás.
Melissa e Bruna são irmãs e herdeiras de uma grande empresa, com personalidades, jeitos...
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Eu olhava para o retrato na parede e para a dupla ao meu lado, realmente as pessoas do retrato pareciam com eles, a única diferença era que a mulher tinha seus cabelos cacheados cumpridos, já os da minha irmã eram curtos.
— Isso é muito estranho. - Melissa comentou.
— Escutem isso, o casal também era conhecido por serem reencarnações de um casal que viveu um amor proibido e amaldiçoado, que sempre que se encontram nas vidas atuais acabam se separando, ou por morte ou por... Não dar pra ler o resto. - Leonardo disse.
— Calma aí, a gente é reencarnação desse casal? - Melissa perguntou.
— Acho que sim. - Respondi.
— Eso es todo lo que no necesitaba, no debería haber sido tan terco cuando nací, mira el lío en el que me metí. - Melissa resmungou.
Eu odiava essa mania da minha irmã de reclamar em espanhol, isso que dá deixar ela passar as férias no México.
— Tradução por favor? - Leonardo pediu.
— "Isso é tudo que eu não precisava, não deveria ter sido tão teimosa quando nasci, olha a bagunça em que me meti." - Eu traduzi a fala da minha amada irmãzinha.
— Mas por que estamos aqui ?, não faz sentido. - Melissa disse.
— Porque vocês pertencem a esse lugar. - Uma voz feminina disse.
Olhamos na direção de voz e vimos uma mulher, com cabelos platinados, olhos castanhos e usando um vestido azul rodado.
— Como assim? - Leonardo perguntou.
— Venham por aqui e eu conto. - A mulher disse.
Olhamos um para o outro e resolvemos seguir a mulher, pior que tá não fica, certo?
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Eu perdi a conta de quanto tempo estamos andando pelo corredor, seguindo a mulher.
— A senhora pode dizer pra onde estamos indo e como assim pertencemos a esse lugar? - Melissa perguntou.
— Quando o rei estava em seu leito de morte, ele disse que retornaria para encontrar o grande amor da sua vida, a nossa rainha. - A mulher disse.
— Eu acho que a senhora confundiu a gente com outras pessoas, pois não faz sentido. - Leonardo disse.
— Eu nunca me engano. - A mulher disse.
— Olha, eu e ele não somos aquele casal, somos dois seres problemáticos, frustados no amor, mentirosos e malucos, sei que esperam pela volta de seus reis, mas não somos nós, ele eu não sei, mas eu não consigo controlar a minha vida ou a Dragon Company, veja lá um reino. - Melissa disse e se aproximou da senhora.
— A gente só quer voltar pra casa. - Falei. - Tem pessoas esperando por nós.
— Ou não. - Melissa disse.
Não tinha outro momento pra ela fazer isso, cadê a pessoa sensata e racional de dez segundos atrás?
— Admita, Bruna, só uma de nós é o orgulho dos Garcia. - Melissa disse.
— Não começa com isso. - Falei.
— Com a verdade? Você e eu sabemos que meu lugar não é naquela empresa e muito menos no meio de vocês, então vamos fazer o seguinte, essa doce senhora vai dizer como saímos daqui e voltamos pro mundo real e você vai volta a ignorar minha vida, assim como os nossos irmãos. - Melissa disse e olhou para a senhora.
— Se o mundo onde vive não te agrada, o lugar de uma rainha te aguarda. - A senhora disse.
— Como saímos daqui? - Minha irmã perguntou.
— Precisaram passar pelos outros reinos e encontrarem a grande chave, que abrirá a passagem para o mundo normal. - A mulher disse e três guardas apareceram.
Meu Deus, esses caras são enormes.
— O que eles vão fazer com a gente? - Leonardo perguntou.
— Nada, apesar de negarem, vocês são aqueles que esperamos e eles não machucarião os senhores. - A mulher explicou.
Os guardas se aproximaram de nós e entregaram uma mochila para cada um.
Tá, essa é nova.
— Aí tem tudo que podem precisar. - Um dos guardas disse.
Espera, como eles sabiam que não íamos ficar?
— Como sabiam? - Perguntei.
— Percebemos a sua presença no castelo, sabíamos que não estava sozinha e no bolso de uma das mochilas tem um mapa. - A mulher disse.
— Obrigada/ obrigado. - Agradecemos juntos e voltamos por onde havíamos vindo.
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Estávamos andando a um tempo e, apesar do sol brilhando no céu, não sentiamos calor, pelo menos não muito.
Depois de uma boa distância do Castelo, havíamos encontrado o mapa no bolso da minha mochila e seguimos até o reino mais próximo, o reino de água.
— Para chegarmos ao reino de água, temos que atravessar o mar da morte e eu não quero nem saber o porquê desse nome. - Melissa disse.
Estávamos na costa, onde ao sul dela ficava o reino de água, que aparentemente era na terra e não embaixo d'água.
— Tem um barco ali, podemos usar para viajar pelos reinos. - Leonardo disse.
— Se você me disser que sabe mexer nesse troço. - Melissa respondeu.
— Você não vivia pescando, criatura? - Leonardo disse.
— Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. - Melissa respondeu e deu de ombros.
Depois de uma rápida discussão, entramos o barco e logo estávamos navegando em direção ao desconhecido, podemos morrer? Podemos, mas toda e qualquer chance de voltar para o nosso mundo é valida.
Enquanto Leonardo remava, eu olhei para Melissa, ela olhava para o mar com um olhar perdido, as vezes eu me pegava pensando o que tinha acontecido com ela, quer dizer, tínhamos uma relação boa, mas de repente tudo mudou, ela mudou, quando foi que aquela menina que amava assitir filmes malucos e ser cobaia das sobremesas da Daphne, sumiu?
Eu não devia ter ficado tanto tempo fora, eu devia ter voltado quando ela precisou, talvez ela ainda fosse a mesma com todo mundo.
Percebi que conforme nos afastavamos do reino de gelo o clima esquentava, com o aumento da temperatura, nós três retiramos nossos casacos e prendemos nas nossas cinturas.
Pelo visto cada lugar aqui tem seu clima, espero que não tenha nenhum reino de fogo ou algo parecido, se tiver estamos fritos.
— Acham que teremos Problemas nos outros reinos? - Leonardo perguntou.
— Eu espero que não. - Respondi.
— Eu também, mas acho meio difícil, o reino de gelo não tinha reis, mas acho que os outros tem. - Melissa respondeu.
— Então vamos torcer para os reis estarem de bom humor - Eu disse.
— Acho que não. - Leonardo disse e apontou pra frente.
Olhamos na direção indicada e vimos alguns guardas com armaduras brilhantes.
