Capítulo 15

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_Quando sua esposa disse que estava grávida, ele torceu para ser um menino, o que em parte se realizou, sua esposa deu a luz a gêmeos, um casal, mas para a sua decepção desde pequeno seu filho já demonstrava que não tinha interesse nenhum pelo ram...

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_Quando sua esposa disse que estava grávida, ele torceu para ser um menino, o que em parte se realizou, sua esposa deu a luz a gêmeos, um casal, mas para a sua decepção desde pequeno seu filho já demonstrava que não tinha interesse nenhum pelo
ramo administrativo._

_Com a segunda gravidez da sua esposa, ele rezou para que fosse menino, o que não foi atendido, já sua esposa deu a luz a uma menina._
_Ele era um homem machista e odiava saber que a maioria dos seus filhos são meninas e que seu único filho não seguiria o caminho que ele queria._
_E quando seu casamento estava por um fio, nasceu mais um bebê e, para o azar do homem, era uma menina, porém isso o deixou irado e ele decidiu se afastar de todos da família inclusive da pequena criança que havia nascido a pouco tempo._

_A mulher resolveu focar nos filhos e em fundar sua própria empresa, mas infelizmente não conseguiu dar atenção suficiente a sua filha caçula e não notou que machucava a pessoa que mais devia cuidar._

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Ynná já começava a pensar que estava perdida ou que algo havia acontecido com Melissa, pois não era possível que ela tivesse sumido do nada, e ela já estava pra voltar até Bruna e Leonardo pra eles ajudarem ela na busca, quando ela viu Melissa sentada em uma pedra.

O suspiro de alívio foi imediato e sem nem pensar duas vezes, Ynná foi até onde ela estava sentada.

— Quando quiser me matar avisa, aí eu te dou uma faca envenenada. - Ynná disse. - Eu nem imagino como deve estar se sentindo, mas sei que se dia família escondeu isso de você é porque eles sabiam que ia machucar você.

— Ynná, já te disseram algo que te machucou e essa pessoa nem se deu conta? - Melissa perguntou.

— Claro que já. - Ynná disse.

— Sabe, uma vez eu tava muito cansada, muito mesmo, eu tinha acabado de chegar da faculdade e tinha feito várias outras coisas antes, eu sempre me sinto mole no dia seguinte a uma crise, mas tento não deixar isso me abalar, e naquele dia em questão eu tava o bagaço do bagaço e uma pessoa olhou pra mim e disse; não sei como você aguenta ficar em casa o dia todo sem fazer nada, toda essa preguiça ainda vai te matar. - Melissa disse encarando o horizonte.

— E o que aconteceu depois? - Ynná perguntou.

— Essa pessoa saiu pela casa reclamando e eu tive fingir que tava tudo bem e engolir o choro. - Melissa disse. - Sempre diziam, "não seja dramática", "não invente coisa onde não tem", "Se continuar assim nem seus irmãos ficaram ao seu lado."

Ynná sentia o choro entalado na garganta, Melissa era uma garota com o psicológico ferrado, mas se ofereceu para resolver seu problema.

Sem pensar muito, Ynná puxou Melissa para um abraço apertado.

— Você é a pessoa mais forte que eu já conheci em toda a minha vida, nunca deixe ninguém dizer o contrário. - Ynná disse.

— Tudo bem.- Melissa respondeu.

— Sei que você está chateada com a Bruna, mas não acha que ela só fez isso pra te proteger? Irmãos mais velhos fazem isso. - Ynná disse.

— Você tá certa, acho que explodi com a pessoa errada. - Melissa disse.

— Peça desculpas quando a gente voltar. - Ynná disse.

Melissa assentiu e as duas começaram a andar de volta para a costa, onde Leonardo e Bruna haviam ficado.

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Quando as duas mulheres chegaram na costa, notaram que seus outros dois companheiros não estavam ali e por um segundo elas pensaram que os dois haviam entrado na mata atrás delas, mas essa ideia foi descartada quando elas notaram marcas de pegadas na áreas da praia.

— Acho que temos problemas. - Ynná disse

— Eu tenho certeza. - Melissa falou.

— Qual o plano, cachinhos? - Ynná perguntou.

— Vamos pegar o barco, voltar pro mar e procurar pelo dois. - Melissa respondeu.

As duas colocaram o plano em prática e  enquanto Ynná remava, buscava pelo cheiro de Bruna ou de Leonardo, até o perfume dos dois veio da direção da ilha, vale da morte.

— Clarisse levou eles. - Melissa disse.

— Ela quer colocar o plano em prática, custe o que custar. - Ynná disse.

— Você tem um plano? - Melissa questionou.

— Tenho. - Ynná disse.

Melissa olhou para Ynná e logo de cara notou que o plano seria maluco, arriscado e muito perigoso.

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Enquanto Melissa e Ynná velejavão até a Vale da morte, Bruna e Leonardo estavam presos em uma caverna, nenhum dos dois sabia como eles sairiam dali.

— Sabe que não vamos sair daqui tão cedo, não sabe? - Leonardo disse.

— Sei. - Bruna disse.

— Então enquanto queimamos nossos neurônios aqui, acha que Melissa e Ynná estão bem?- Leonardo perguntou.

— Acho que sim... Ei, já que vamos ficar um tempo aqui, me conta, o que levou vocês a terminarem? - Bruna perguntou.

— Ela perdeu a confiança em mim, quando descobriu que eu tinha voltado pras corridas e bem, sua irmã virou uma consumista compulsiva, ela passou a comprar livros quando se sentia mal ou quando alguém dizia algo que ela não gostava. - Leonardo disse.

— Vocês começaram a brigar? - Bruna perguntou.

— Isso também, mas muitas vezes o El interferia nas brigas. - O Valença respondeu.

— Entendi. - Bruna disse.

—  Passamos por problemas e por situações complicadas, mas infelizmente não tínhamos mais confiança um no outro. - Leonardo disse.

— Vocês precisavam era de  terapia, ou melhor ainda precisam. - Bruna disse.

Leonardo riu com o que foi dito pela ruiva.
Quando ainda eram amigos, Melissa e ele viviam sugerido vários tipos de terapia um para o outro e depois que viraram um casal, acabaram esquecendo essa ideia, mas quem sabe se eles tivessem feito realmente terapia, o relacionamento podia ter dado certo.

— Quem sabe. - Ele disse.

— Admita, você ainda sente algo por ela. - Bruna disse.

— Talvez.- Leonardo disse.

— Talvez nada, tá escrito na sua testa, com letras garrafais, escritas em Néon e com pisca pisca" eu ainda amo Melissa García." E na testa dela tá escrito o mesmo com o seu nome. - Bruna disse.

— Não vou discutir isso com você.- Leonardo disse.

Os dois não continuaram com a conversa, pois sentiram que água começava  a subir pelos corpos deles, enchendo a sala.

Tudo o que os dois pensavam era que se não achassem um solução logo, eles morreriam afogados.

Fire On IceOnde histórias criam vida. Descubra agora