Capítulo 24

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Três ventos sopraram juntos, se encontrando, um vento frio, vindo do sul, um vento quente, vindo  do norte, e um vento ameno, vindo do leste.

Alguns dos presentes podiam afirmar que o vento sussurrava algo, outros estavam focados no que era feito pelas três mulheres um pouco a frente.

Bruna, Ynná e Melissa, tinham os olhos fechados e não viram o momento em que seus cabelos foram bagunçados pelos ventos e uma flor negra desceu do céus, direto para o peito do rapaz.

Depois de algum tempo, Ynná abriu os olhos sendo acompanhada das amigas.

— Acho que não deu certo. -  Melissa falou.

— O que não deu certo? - Uma voz masculina perguntou e as garotas olharam para onde Leonardo estava deitado.

— Você tá vivo. - Bruna, Melissa e Ynná falaram juntas.

— Claro que tô, era pra eu tá morto? - Leonardo perguntou se sentando.

— Claro que era. - Bruna disse.

— Cadê a Clarisse? - Leonardo perguntou, quando conseguiu se colocar de pé.

Melissa indicou com a cabeça na direção do casulo de fogo e gelo, próximo a caverna.

O Valença olhou surpreso para onde foi apontado, ele não sabia dizer se Clarisse estava viva ali dentro, mas não ousaria perguntar.

Não demorou muito para que ele sentisse o braço de Ynná passar por cima do ombro dele, o de Bruna passar pelo outro e Melissa parar a sua frente.

— Se essa não foi a maior aventura das nossas vidas, eu não sei o que pode ser. - Melissa disse sorrindo exibindo o aparelho.

— A gente ainda tem que achar uma forma de voltar pra casa. -  Ynná disse.

— E ainda tem isso. - Bruna disse.

— Oh Ynná, você não disse que podia entrar e sair daqui numa boa? - Melissa perguntou.

— Isso era antes de eu ter quase quebrado uma regra e do mundo me punir por isso. - Ynná disse.

— O que? - Leonardo perguntou.

— Sem mais explicações. - Ynná disse.

— Acho que podemos ajudar vocês a voltarem pra casa. - Sirena disse se aproximando.

— Como? -  Bruna perguntou.

— Daremos a vocês as pedras que faltam, poderão usar elas pra voltarem pra casa. - Carla explicou.

— Mas e esse lugar? Vamos esquecer dele? - Melissa perguntou.

— Não, vão poder usar as pedras pra voltarem sempre que quiserem. - Daniel disse.

— Então poderemos ir e voltar sempre que quisermos, é isso? - Bruna perguntou.

— Isso mesmo, e Ynná e Leonardo, já que são os únicos sem as pedras, Ynná poderá usar os poderes pra ir e vir sempre que quiser e Leonardo poderá usar a espada da Cavaleira. - Emanoel disse.

— Vocês são do mundo humano também, não é? - Melissa perguntou.

— Sim e cada um de nós já apareceu na vida de vocês, principalmente na sua. - Débora disse e apontou pra Melissa.

— Eu conheço alguns de vocês só não sei de onde, quer dizer, aquela ali eu sei quem é. - Melissa falou e apontou na direção da rainha de cabelos roxos.

— Sabe? - A rainha de cabelos roxos perguntou.

— Você é noiva do nosso irmão. - Melissa disse.

— Exatamente e agradeceria se isso ficasse só entre nós, cunhadinha. - A rainha de cabelos roxos disse.

—  Tá. - Melissa disse.

— Acho que é hora de vocês irem pra casa, tenho certeza de que tem pessoas esperando por vocês. - Um homem de cabelos pretos, olhos castanhos, pele negra e usando uma camisa branca, com algo em dourado bordado no peito, uma calça jeans e um All Star amarelo e branco disse.

— Estão certos. - Bruna disse.

As rainhas restantes estenderam as mãos na direção do grupo e na palma das mãos delas tinha as pedras que faltavam, uma dourada, que representava o reino do sol, uma vermelha, que representava o reino do tempo, uma roxa, que representava o reino do ar, uma lilás, que representava o reino do som e uma azul claro.

— De qual reino é essa mais clarinha? - Bruna perguntou.

— Cortesia do Reino de Gelo, agora  pensem na casa de vocês e logo estarão lá. - Carla disse.

— Obrigada por salvarem o nosso mundo. - Uma mulher de cabelos loiros curtos, olhos castanhos, pele clara, usando um vestido e um All Star lilás, disse.

— Chegou a hora de irmos pra casa. - Leonardo disse.

As garotas assentiram, Bruna e Melissa fecharam os olhos e concentraram os pensamentos na casa da família.

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Já fazia três dias que os Garcia e os Valença compartilhavam o mesmo sofrimento, já fazia três dias que nenhum deles tinha sinal de vida de nenhum dos desaparecidos e as coisa só pareciam piorar com o tempo.

Ambas as famílias já estavam perdendo as esperanças, quando um dos empregados dos Garcia abriu a porta da casa e quatro pessoas passaram por elas.

Sabrina e Luzia não seguraram as lágrimas maternas ao verem seus filhos, eles estavam sujos, feridos e com outras roupas, mas ainda eram seus filhos e sem se importarem com isso, as duas levantaram de onde estavam sentadas e foram abraçar seus filhos, logo o resto das famílias se juntaram aos abraços.

Ynná observava a cena parada em um canto, pensando se receberia algo assim se voltasse pra casa, mas ela sabia que não, a única pessoa que poderia ainda sentir um pouco de saudade dela era o irmão mais novo, mas isso era só uma suposição dela.

— Onde vocês estiveram o tempo todo? - Sabrina perguntou se separando do filho.

— É uma longa história. - Melissa disse.

— Temos tempo para ouvir. - Antônio disse.

— A gente pode comer antes? Eu não lembro a última vez que comi alguma coisa. - Bruna disse.

— Eu esperava essa fala da Melissa. - Leonardo disse.

— Eu também. - Ynná disse.

— Vou pedir pra fazerem algo pra vocês comerem e prepararem um banho e roupas limpas pra cada um. - Luiza disse e saiu da sala.

— Cara, eu não sei o que é um banho tem quatro dias. - Melissa disse.

— Banho de mar não conta? - Ynná perguntou.

— Nenhum daqueles. - Melissa e Bruna responderam.

— Principalmente se o mar tem um nome duvidoso. - Leonardo disse.

— Afinal de contas, onde vocês estavam e quem é você? - Melanie perguntou e olhou para Ynná no final.

— Estávamos perdidos no meio do nada e ela é a Ynná, uma amiga que ajudou a encontrarmos o caminho de casa. - Leonardo disse.

Nosso quarteto ainda tinha muito o seu explicar para suas famílias, o que com toda certeza levaria algumas horas.

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