Capítulo 8

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Quando a gente acha que a situação não pode piorar, ela vai e piora

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Quando a gente acha que a situação não pode piorar, ela vai e piora.

Agora estávamos cercados por quatro caras do tamanho de um poste e com caras de Pitbull raivoso.

— O que vocês querem aqui? - Um dos postes perguntou.

— Nós, meros seres comuns precisamos muito falar com seus governantes, é caso de vida ou morte. - Respondi.

— Onde aprendeu a fazer tanto drama assim? - Bruna sussurrou pra mim.

— Novela mexicana. - Respondi.

— Não vamos levar vocês, sugiro que voltem. - O outro poste respondeu.

—  Acha mesmo que se pudéssemos voltar pra casa, estaríamos aqui nesse projeto estranho de Nárnia? - Perguntei.

— Ficou maluca? - Leonardo e Bruna perguntaram juntos.

— Eu não. - Respondi.

— Esses caras são quase o dobro do seu tamanho, peste. - Bruna disse.

— Nunca pensei que fosse dizer isso, mas concordo com essa pessoa que você chama de irmã. -  El disse.

— Olhem, nós três estamos aqui a pedido dos reis do reino de gelo. - Respondi.

Se pra sairmos daqui tínhamos que ir em cada um desses reinos e a aquela mulher diz que somos o reis de gelo, não custa nada mentir, quer dizer, os reis estão mortos? Estão, mas acho que ninguém vai ligar pra isso.

Não me julguem, eu quero ir pra casa, tenho um livro novo chegando em uma semana.

— Então são espiões deles? - O terceiro poste perguntou.

— Não, estamos aqui em paz. - Respondi.

Os quatro pareceram pensar um pouco e depois olharam para nós.

— Acompanharemos vocês pra dentro, mas se estiverem mentindo, vão virar comida de tubarão. - O quarto poste ameaçou.

Seguimos os quatro homens até um grande salão e de uma porta grande no fundo do salão, um casal passou por ela e eram um casal diferente e bonito, a mulher era branca, alta, nem tão gorda e nem tão magra, cabelos pretos cacheados cumpridos, olhos escuros e usava uma roupa de academia, já o homem era alto, moreno, cabelos encaracolados pretos, forte e usava uma roupa de academia também.

Algo me diz que eu conheço essa menina de algum lugar, mas de onde?

— Quem são vocês? - A mulher perguntou.

— Eu sou a Bruna e eles são a Melissa e o Leonardo. - Bruna disse.

— O que os trás aqui? - O homem perguntou.

— Acho que não acreditaram no que vamos contar, mas tudo bem... Não somos desse lugar, acabamos parando aqui depois de um enorme buraco nos engolir, já fomos perseguidos, confundidos e agora só queremos voltar pra casa. - Leonardo disse.

O casal se olhou por um tempo e depois olharam para nós.

Eles acham que somos doidos, não julgo eles, porque se alguém me dissesse exatamente isso eu mandaria internar.

— E estão aqui atrás de uma forma de voltar pra casa? - A mulher perguntou.

— Isso mesmo. - Bruna respondeu.

— Ajudaremos vocês, mas pra isso terão que cumprir um desafio. - A mulher disse.

Tava bom demais pra ser verdade.

— Qual o desafio? - Perguntei.

— Espero que saibam lutar. - O homem respondeu.

Como é que é? Num inventa arte, meu filho.

— Espero que você lembre daqueles treinos do Antônio, Bruna? - Falei.

— Pouca coisa. - Bruna respondeu.

Maravilha! Vamos morrer e eu nem terminei de  ler "Secrets".

— Pra ser algo mais justo, eu vou enfrentar as duas e ele enfrentará seu amigo. - A mulher disse.

Em quê terra isso é justo?

Murphy só pode tá de brincadeira com a minha cara.

O grande salão onde estávamos foi divido por uma enorme parede de água, deixando Bruna, eu e a mulher de um lado e Leonardo e o cara do outro.

Certo, sem pânico, era só uma luta, eu já briguei com uma menina no ensino médio, isso é fácil.

— Sei que nossa relação não é das melhores, mas vamos ter que trabalhar juntas nisso. - Bruna disse.

— Certo. - Respondi.

A mulher se aproximou de nós e começamos a luta.

Senhor, eu espero sair viva dessa.

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Eu retiro totalmente o que disse antes, isso é tudo menos fácil e eu tô suando igual a cuscuz.

Bruna e eu já tínhamos apanhado da mulher, que descobrimos se chamar Sirena, e já tínhamos batido nela também, mas nenhuma de nós estava disposta a jogar a toalha.

— Derrube ela no chão e prenda suas mãos, mas pra isso faça com que a ruiva distraía ela. - El disse.

Se esse plano não funcionar, eu levo esse dragão pra cova comigo.

— Bruna, você ainda consegue bancar a cobra? - Perguntei e graças a Deus ela entendeu o que eu queria dizer.

Minha irmã deslisou pelo chão, que estava molhado por causa do muro de água, e puxou Sirena pelo braço, o que fez com que a mesma tentasse se defender.

Me aproveitando da distração das duas, eu caminhei lentamente até elas, mas eu não contava que Sirena acertasse Bruna e ela caísse no chão.

Hora de mudar os planos.

Bati meu pé no chão, pra chamar a atenção da morena, mas para a minha surpresa, uma fina camada de gelo se formou na água e eu deslizei.

Parecia a mesma sensação de deslizar no chão ensaboado, então decidi agir como se fosse um chão cheio de sabão e deslizei até Sirena, que estava tentando se equilibrar no chão levemente congelado.

Eu conseguir me aproximar dela, agarrei seu braço e a empurrei na direção do muro de água.

Não façam essas caras, água não machuca.

E na mais perfeita sincronia, Leonardo conseguiu fazer o mesmo com o rei.

Com o impacto de ambos os monarcas, o muro se desfez e eu virei o corpo na intenção de não receber tanta água no rosto, mas para a minha surpresa um muro de gelo se ergueu na minha frente, evitando o impacto da água em mim.

Tá bom, eu já dei três bolas dentro, a próxima vai ser muito muito muito ruim.

— Como você faz isso? - Bruna perguntou.

— Eu sei lá. - Respondi, vendo o gelo sumir.

— Você é uma deles. - Sirena disse.

— Deles quem? - Leonardo perguntou.

— Dos grandes híbridos lendários. - O homem respondeu.

— Quem são esses? - Perguntei.

— Os híbridos lendários são os híbridos dos animais mais poderosos do universo. - Sirena respondeu.

— E quais são esses animais? - Bruna perguntou.

— Gavião, camaleão e dragão. - O homem respondeu.

— Como assim? - Perguntei.

Se eu não sair daqui doida, eu saio sabendo o que eu sou.

Fire On IceOnde histórias criam vida. Descubra agora