Jordan
Cheguei em casa, meu pai não estava.
— Que ótimo!
Liguei a TV estava iniciando amanhecer parte 1. Peguei uma colher e sentei na poltrona inclinável e comecei a comer.
— É, só sendo um vampiro da vida se consegue a garota dos sonhos. — Falei ainda de boca cheia e me lembrei dos olhos daquela garota. Me senti tão envergonhado, tão derrotado. — Aposto que se fosse você Edward Cullen, ela olharia com outros olhos, na verdade aquele namorado dela deixa você no chinelo.
Eu queria estar segurando aquela mão, eu queria ter alguém que se importasse comigo. Porque a minha família não se importa. Meu estômago doía muito ao final daquele pote e mesmo assim empinei o resto do sorvete derretido com a boca direto no pote.
— Eu vou morrer desse jeito!
Adormeci no sofá com aquele pote na mão, acordei com o sol batendo na minha cara.
— Pai?!
O procurei pela casa e nada, ótimo, passou a noite sabe-se lá onde. Tomei um banho e coloquei uma camiseta, que antes me ficava larga, agora justa. Enfiei os tênis de velcro pois não consigo mais me dobrar pra amarrar cadarços. No estacionamento da escola esperei todo mundo entrar pra sair do carro. A Garota Afrodite estava no carro com o namorado, desviei o olhar e apressei o passo quando ouvi a porta se abrindo.
— Eí garoto! — Gritou ela atrás de mim.
Apurei mais o passo, mas ela foi mais persistente.
— Qual é, você me fez correr mano! — Disse ela ofegante.
— É melhor não nos verem juntos! — Falei ríspido, eu preciso afastá-la de mim.
— Eu só queria...
Virei de costas pra ela e sai o mais rápido que pude, a deixei falando sozinha o que cortou meu coração, mas seria pior se nos vissem juntos.
♥️ ♥️ ♥️ ♥️
Afrodite.
— Ele ficou assim depois que a mãe dele o abandonou! — Disse uma garota negra de trancinhas verdes.
— Você o conhecia? — Perguntei ainda o vendo apressado.
— Era meu melhor amigo! — Disse ela espalmando a mão pra que seguíssemos caminhando. — Jordan era um bom garoto, bom amigo, ele não era desse tamanho, tinha um porte atlético, mas a vida ou melhor a mãe dele lhe deu uma rasteira e fugiu levando só o irmão mais novo dele.
— Nossa deve ter sido um choque pra ele.
— Foi pro pai dele também, o pai virou alcoólatra e eles sucumbiram, Jordan desistiu de tudo, até de mim.
— Vocês namoraram?
— Não, eu não o vejo dessa forma, acredite em mim, eu prefiro...
— Aí sapata tá pegando a porquinha! — Gritou um garoto com uma jaqueta do time de alguma coisa da escola. Os outros riram.
— Como consegue ser tão recalcado Felipe, só porque eu não quis chupar seu pinto pequeno agora fica caindo em cima de mim. — Riu a garota que não perguntei o nome.
O tal Felipe mostrou o dedo pra ela. Que se virou vitoriosa pra mim.
— Me chamo Lilyane, mas pode me chamar de LiLy.
— Afrodite, mas pode me chamar de Dite.
— Então Dite, tá interessada no meu ex amigo, porque eu dou a maior força.
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Amor e subversão
RomancePra muitos o amor é subversão, é raro a pessoa que não tenha que quebrar regras para poder amar livremente. Amar a si ou a qualquer outro, aliás amar a si é um dos maiores desafios, é preciso coragem... não... a palavra é ''subversão'' Regras fora...