Jordan
— Sabe, no oceano de empresas sempre vai ter alguém maior que você e esse alguém vai tentar te devorar, ou tu cresce e se iguala ou fica maior ou você é devorado.
— Gostei da sua analogia.
— Os peixes menores estão sempre querendo comer uns aos outros e com isso se esquecem de crescer, saca?
— Hurum...
— Estão preocupados com o que o outro tá fazendo, eu estou preocupado em crescer sem nem lembrar que os outros existem, me entende... Acho que tô falando de mais né...
— Não, eu gosto de te ouvir falar. — Confessei. — E estou aprendendo muito contigo.
Ele pareceu surpreso, suas sobrancelhas ficaram erguidas, me olhou nos olhos e por alguma razão corei. Brian pigarreou e desviei o olhar.
— Me conte mais de você?
— Eu? ... ah, não tenho muito o que falar de mim.
— Vejamos... — Ele segurou o queixo pensativo me fazendo sorrir. — O Que você gosta de fazer pra se divertir?
— Hummm... — Na real não me divirto faz muito, muito tempo mesmo. — Gosto de assistir filmes.
— Jura, não gosta de festas ou sei lá, sair com os amigos?
Apenas neguei com a cabeça, querendo um buraco pra me esconder.
— Acho que não vou atender as suas expectativas. — Comentei.
— Seja sincero comigo Jordan — Disse ele pegando minha mão e olhando em meus olhos. — Por favor, confie em mim, não estou aqui para julga-lo.
Meu corpo ficou quente de vergonha pelo ato, mas ele me tratou tão bem e depois do que ele fez por mim em questão daquela garota acho que eu devia isso a ele.
— Não tenho amigos... Não me divirto... não ... não consigo parar de comer minha frustração. — Levantei o olhar pra seus olhos cor de avelã, mesmo morrendo de vergonha, ele ainda não tinha soltado minha mão e eu não tive coragem de tirar debaixo da dele e parecer estupido então confessei. — Não aguento mais minha vida.
— Bom! — Ele soltou minha mão e sorriu com malicia e aquilo quase me chocou, mas rapidamente ele disse.— Acho que eu sou o que você precisa neste momento!
— Oi?
— Você Jordan aceita ser meu amigo?
— E-Eu?
— Sim, aceita minha amizade antes de tudo?
— Tudo o quê?
— Tudo o que faremos juntos.
Respirei fundo. O quê eu tenho a perder?
— Aceito!
Ele deu um sorriso tão exuberante que me fez lembrar Afrodite por alguns instantes. Os cabelos castanhos acobreados dele era o que os diferenciava.
— Eu estava pensando em criar um programa chamado os reis do baile.
— Humm...
— Você e Afrodite vão participar o primeiro projeto, se der certo isso vai crescer.
— E o que tenho que fazer?
— Seguir as regras do programa.
— Que são?
— Ainda estou criando, tenho que fazer uma reunião com meus sócios, aqui vai seu primeiro trabalho. — Ele levantou e pegou um guardanapo e uma caneta no balcão, sentou novamente escrevendo nomes e me entregou. — Tem um caderno de anotações na mesa na frente da minha sala, veja com eles todos um horário que todos possam participar de uma reunião comigo.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Amor e subversão
RomancePra muitos o amor é subversão, é raro a pessoa que não tenha que quebrar regras para poder amar livremente. Amar a si ou a qualquer outro, aliás amar a si é um dos maiores desafios, é preciso coragem... não... a palavra é ''subversão'' Regras fora...