Capítulo 4

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Não indicado á menores de 18 anos, capítulo hot.

@mayaraloira obrigada pela paciência.

@memerlo obrigada pela inspiração
Luciana:

Meu cérebro só voltou a funcionar quando Marina voltou para o elevador, o que aconteceu? 

- Nossa, o que deu nela? - perguntou Lara, garota que conheci na escola esse ano.

Me viro para ela, incrédula e muito brava:

- O que você fez? É a porcaria do século 21 não se beija as pessoas do nada.

- Você não me impediu. - ela responde com um sorriso safado - Se bem me lembro, você correspondeu até que aquela menina chegou.

É, não era mentira, Marina mandou a mensagem e quando eu cheguei aqui a Lara já estava e ai ela se aproximou e eu não me afastei. Minha cabeça girava a procura de uma solução para o que acabara de acontecer, o beijo foi legal, mas... só legal. E legal não é o que devemos dizer sobre beijo, certo? Tudo bem, Marina tem sentimentos por mim e eu sou confusa, outra mentira já que os últimos meses foram mais que o suficiente para que eu entendesse esses sentimentos, o que eu sentia por ela era profundo mas eu não queria um relacionamento. Não mesmo, passei os últimos meses pensando se ela aceitaria uma amizade colorida, não quero me prender ou ter exclusividade. Preciso de espaço, mas não sei o que fazer com essa atração, essa força magnética que aqueles olhos, aquela boca tem sobre mim... Aperto as mãos e sinto uma caixa e lembro do que Marina colocou na minha mão, abro mais do que um pouco desesperada e encontro uma pulseira com alguns pingentes balançando e dou um sorriso. Ela pensou em tudo isso?

- ... sua? - Lara me tira do transe.

- Minha o que? - pergunto um tanto desinteressada ainda examinando a pulseira.

- Ela é sua namorada?

Isso chama a minha atenção:

- Não, é claro que não - respondo sem saber direito como me sentir e então decido ir atrás dela.

- Desculpa Lara, preciso ir.

Chamo o elevador e ela entra comigo, aperto o botão do sétimo andar e volto correndo para o AP da Marina, encontro Paulo e os outros:

- Onde ela está?- pergunto afobada

- Deveria estar com você. - ele responde na defensiva.

Deixo ele lá e vou para o estacionamento, mas o carro dela não está lá. Tento ligar e vai direto para a caixa postal, volto para a festa e sento em um canto qualquer com uma garrafa de gim e um energético, tomo os dois e penso na burrada que fiz, não sou dessas pessoas que se arrependem do que faz mas hoje eu vacilei. Observo as pessoas dançando ao som de I love It e balanço a cabeça no ritmo da música quando alguém entra no meu campo de visão: camiseta branca, cabelos longos:

- Estava me preocupando?

- Marina! - deve ser transparente a minha felicidade já que ela se afasta, isso é ruim?

- Está bêbada?- ela pergunta se afastando mais.

- Só estou tonta - tento organizar meus pensamentos só vou ter uma chance de fazer isso.
Nice to meet you, where you been?
I could show you incredible things
Magic, madness, heaven, sin
( Prazer em te conhecer, onde você esteve?
Eu posso te mostrar coisas incríveis
Magia, loucura, paraíso, pecado )

Blank space começa a tocar e aumentam o volume, me obrigando a me aproximar para falar no ouvido dela. Dou três passos em sua direção e seguro seus braços, agora ela não pode mais se afastar:

Sem medo de amar (Romance Lésbico)Onde histórias criam vida. Descubra agora