Sem medo de amar (Romance Lésbico)

Epílogo - HOT.

Marina.

6 meses depois.

Cinco dias antes do casamento e no dia da despedida de solteiro, ao invés de estar escolhendo uma roupa para usar a noite eu estava sentada ao lado do Pablo e da organizadora de festas, Karla Mendes, conferindo uma interminável lista de convidados e as mesas.

- Uh, vamos fazer uma troca aqui na mesa sete, Manuela perto do seu primo Eduardo e ai talvez ela não tente roubar seu noivo. - falo de forma monótona, estava louca para levantar daquela mesa e encontrar Thalia.

Pablo se vira tão rapidamente que quase cai da cadeira:

- Acho melhor enviarmos um bilhete dizendo que a presença dela não será necessária.

- Não é hora para brincadeira. - ralhava a Karla, uma senhora que colocava qualquer um na linha.

- Ciumento, mas estou falando sério se o Eduardo não for comprometido ele vai sair daqui noivo. - brinco e ele sorri, mas está com uma aparência cansada.

Continuamos checando a lista por mais uma hora inteira e as mesas por mais meia hora, quando acabou minha cabeça precisava de umas férias do assunto casamento.

- Por Deus, estou exausto - Pablo fala se espreguiçando ao levantar.

Nos últimos meses nós nos tornamos bons amigos, eu que era madrinha do Paulo e ele o cara que ia levar meu melhor amigo. Melhor combinação impossível.

- Você só sabe reclamar. - falo e dou um soco e sem ombro - Vai dar tudo certo, só siga o cronograma. - puxo um papel do bolso e começo a ler - Vejamos, temos que verificar o Buffett esta tarde e então a decoração e até o dia do casamento verificar essas coisas será tarefa da sua mãe e sua sogra, essa noite é a despedida de solteiro e amanhã um dia dedicado à ressaca, então quarta de manhã vamos para a ilha e o dia é para todo mundo se instalar e para um jantar com todos os convidados reunidos e os noivos a noite, quinta será reservado para você e seu noivo e seus pais e seus sogros. - faço uma pausa para vê-lo revirar os olhos - E sexta você vai relaxar com direito a massagem profissional e essas coisas e então, finalmente, sábado às 10Am você vai se casar, moleza.

Ele devolve o soco moderando a força:

- Engraçadinha, espero poder ajudar o seu casamento um dia. Juro que esse cronograma me estressa. Só vou ver meu noivo pelos corredores do hotel e na quinta feira? Isso é tão injusto.

- Não é injusto, vocês vão passar uma vida ao lado um do outro, alguns dias é para aumentar a expectativa.

- É mas com nossos pais reunidos não conta muita coisa.

- Garoto, relaxa essa bunda e curta sua semana.

- Você acha que casar no verão é ruim? - ele parecia realmente em dúvidas.

- Se fosse na nossa cidade, sim, mas é em uma ilha cara. Você não poderia escolher um lugar melhor!

- Se você diz que ele vai gostar, eu acredito. Ninguém o conhece melhor que você.

Dou a ele meu melhor sorriso.

- Está certo quanto à isso, garotão.

Ele ri alto:

- Eu realmente fico me sentindo o Clarke Kent quando você me chama assim.

- É um prazer te iludir.

Ele faz um bico e se afasta para almoçar com a família.

Essa coisa de ser tudo uma surpresa para o Paulo, a decoração, o local, era cansativo. Eu me sentia como se fosse a noiva.