European & Charming (Séries 'Foreign' #1)

Parte Dezanove - Maus Argumentos Ofensivos & Amigos Verdadeiros

"Ryder! Tudo bem?" ela questionou depois de se aproximar de nós bastante, demais para o meu gosto.

Ele continuou a rir-se do que a Scarlett dizia, provavelmente ouviu a boca grande dela a falar. "Lembras-me alguém." E sem olhar para mim, quase que me engasguei do puxo que ele me fez sofrer, com o seu braço entalado no meu precioso e sensível pescoço.

"Ryder?" Ele continuava a olhar para a Scarlett enquanto a Veronica continuava a chama-lo. "Ryder!" A cabeça do Ryder girou com tanta força que se partir o pescoço, não me admirava.

Eu tentei escapar aos braços duros dele - nada confortáveis. Mas ele parecia que era o Homem de Ferro porque não interessa o quanto eu tentei sair dali, eu não me mexi para lado nenhum.

"Estás a gozar comigo? Eu já não te mandei para o cårålho?" A cara dele estava totalmente frustrada com a existência da Veronica. Eu não quis comentar, mas achava a atitude dele totalmente anormal. Não que a dela ficasse muito atrás.

Mas ela não o deixou por aí. "Eu já não te suporto. Tudo o que me fizeste foi usar-me e agora andas com outra," afirmou, e eu pude ver o esforço dela para não deixar a água cair.

"Solta-me!" Eu empurrava-me literalmente para o outro lado, e ele, distraído deixou-me escapar para ficar ao lado da Scarlett.

"É tudo por causa dela!" Eu arregalei os olhos.

"Eu?" eu questionei, confusa. Eu nem sequer falei com ela, quanto mais que a relação dela com o Ryder tinha algo haver comigo? Não fazia sentido,

"Não te faças de vítima," ela cuspiu-me para a cara, como se estivesse a provar pela primeira vez limão. "Encheste-o de histórias!"

"Eu nunca falo com ele." Ao tentar-me explicar a argumentar com ela, suspirei, ouvindo-a gritar comigo, acusando-me enquanto eu não percebia o que ela dizia. Abanei a cabeça, pensando que não tinha de a ouvir gritar como se passasse a ter mais razão que eu. "Sabes que mais?" eu questionei retórica, sem sequer me preocupar muito com a resposta dela. "Pensa o que quiseres." Eu encolhi os braços, pensando que mais valia ser assim do que provocar confusões. Ignorando-a.

"Sai," eu ouvi a voz da Scarlett muito grave e olhei para ela, reparei na cara vermelha dela. "Agora. Sai da minha festa."

Esta não era a Scarlett, era uma gaja que estava totalmente furiosa com a atitude de alguém.

"Apoio. Deves mesmo sair daqui. Ninguém te quer aqui." A Veronica cruzou os braços e virou-se para mim, um olhar triunfante na cara dela.

Espera, eu?

"Não, tu, vadia." A Scarlett rugiu com tanta que quase me fez saltar. "Insultas as minhas melhores amigas na minha própria festa?!" Ela berrou com raiva evidente na voz. "Eu nem sequer te convidei. Chegas aqui e podes ofender os outros?" Eu arregalei os olhos, a Scarlett era definitivamente mais do que eu pensava.

"Desculpa? Que eu saiba, a festa é pública." A Veronica cruzou os braços e inclinou-se como se estivesse a fazer uma pose batendo com um pé esperando pela resposta.

A Scarlett riu-se ironicamente, que tu saibas. Realmente é verdade." A cara dela ficava cada vez mais vermelha. "Agora, sais a bem ou de reboque?" Ela cuspiu as palavras, esticou os braços e fez punhos com a mão.

A outra rapariga - a ver se eu não lhe chamo outra coisa - virou-se para mim, mostrando um olhar de víbora de quem vai saltar para cima de mim e envenenar-me.

"Não!" ela gritou, na minha opinião, humilhando-se ainda mais.

"Cala-te, Veronica." O Kellan - ó, tão amigo do rapaz que provocou as confusões todas - agarrou-a pelas braços andando por onde eu andei e sairei.