Parte Vinte-e-Um - Desesperos Até Correr & Restaurantes SEM Fast-Food

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NA: DESCULPEM TER DEMORADO TANTO, ESTIVE DE FÉRIAS FORA DO PAÍS, PARIS PARA SER ESPECÍFICA.

Todos os factos ditos nos pensamentos são verdadeiros.

Eu estava a andar para a cantina com o telemóvel do Noah na mão e ele mesmo a seguir-me atrás de mim, tentando agarrar o meu passo.

Palavra-chave sendo tentando, porque penso que andava a uma velocidade de 100 km/h.

"Eu não estou a brincar, Ryder," eu falei, mexendo no meu cabelo tentando me acalmar. Eu já suava. O meu telemóvel é algo precioso para mim.

"Relaxa, fofa." Acho que ele nao tinha consciência que esse apelido já começava a ficar velho. "Tens de descontrair."

"E tu tens de me devolver o telemóvel," repeti, claramente frustrada com o facto de ele continuar com ele.

"Preciso de um favor teu," ele murmurou, e inexplicavelmente, estremeci ao som da voz dele sem mesmo ele está presente. Quem faz isso? Aparentemente eu.

Esse pensamento foi colocado de lado rapidamente, e ri-me da questão. "Vais me pedir para cuidar dos teus irmãos novamente?"

Foi a vez dele se rir, suspirando ao mesmo tempo que um barulho ecoava, e penso que foi porque se sentou. "Talvez." Deu outra risada que me fez bufar de frustração, e eu sei que ele ouviu. "Não gostas das nossas conversas, Carolina? Eu acho-as tão... excitantes?"

"É, excitantes," disse eu em tom seco, já a a sair fumo do meu nariz que nem um cigarro electrónico. "Sabes, Rydie, eu adoraria conversar mais contigo," falei querida, mas o sarcasmo era evidente no meu tom de voz, "mas eu tenho algo chamado aulas, e apesar de saber que não percebes o significado dessa palavra, são elas que vão mudar o futuro de muitos."

"Oh, fofa, eu sei o sentido exato dessa palavra, significa perda de tempo." Ele riu-se mais uma vez, pela terceira naquele dia, e já não estava para deixá-lo copiar no teste de História.

"Ainda bem que te faço rir," murmurei irónica, vendo o Noah a aparecer na minha frente sussurrando para eu devolver o telemóvel e voltar para a sala dele, onde iria ter aulas. Eu acenei com a cabeça, tentando despachar a conversa, inquiri, "Onde estás?"

"Vens ter comigo?"

"Não, não. Que ideia. Questionei onde estarias porque é uma informação bastante importante para mim, e deixo o meu telemóvel contigo."

Ele forçou um riso sem som sair pelo nariz, só saindo ar, e respondeu, "Estou em frente à escola. Se em cinco minutos não estiveres cá, eu levo o teu telemóvel para casa."

"E eu chamo a polícia." Eu não estava a falar a sério, aliás, eu acho que não havia qualquer necessidade disso, mas queria o assustar. Mas claramente que falhei.

"Para eu os visitar? Que adorável da tua parte. És verdadeiramente uma namorada que se preocupa comigo."

"Eu não sou tua--" eu calei-me quando ouvi o bipe a explicar que a chamada tinha sido desligada do outro lado.

Eu estive uns bons quinze segundos a mandar olhares mortíferos para o telemóvel, antes de o Noah me tirar da mão.

"Não vais faltar às aulas, pois não?" o Noah questionou, ele estava neutro, mas o tom de voz demonstrava certa preocupação por mim enquanto puxava os óculos quadrangulares de volta ao cimo do nariz, embrulhando - metaforicamente - os olhos dele claros com a massa preta envolvida na lente.

"Achas? Não sou capaz, até logo," eu disse muito rapidamente, mesmo sem fazer sentido algum, e continuei a andar para fora do edifício da escola.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora