Eu andei pelo corredor do prédio o mais rápido possível, mas mesmo com o meu passo acelerado, continuava sem correr.
Quinn, o rapaz com quem o Ryder partilhava o apartamento emprestado da universidade, tinha-me dado uma cópia exata da chave, e assim, três de nós tinha-mos a chave para o apartamento. Uma parte de mim estava desiludida por não ter sido o Ryder a dar-me. Ao longo do tempo, eu e o Quinn passamos a ser amigos, depois de eu passar tanto tempo no apartamento, todos se habituaram à presença de cada um.
Eu abri a porta devagar, fazendo questão de não fazer muito barulho, na esperança de não acordar o Ryder que ainda dormia descansado.
Eu pendorei no armário o cabide que tinha na mão o caminho todo do meu carro até ali, olhando de seguida para trás sobre o meu ombro, vendo a imagem do Ryder ainda dormir.
Dei passos largos até ele, sentando-me na borda da cama dele e pondo o telemóvel na mesa de cabeceira dele. Eu acariciei a bochecha dele, e logo me inclinei para lhe dar um beijo na bochecha.
- Ryder... - cantarolei, quase sussurrando, na orelha dele, sentindo-o mexer-se um pouco.
Quando deixei o meu toque da cara dele, este logo abriu os olhos, e quando reparou em mim, um sorriso pequeno formou-se na cara dele.
- É muito cedo - sussurrou numa voz ríspida, voz de quem tinha acabado de acordar. Coçou olhos, antes de dizer, - Deita-te comigo.
Eu abanei a cabeça.
- Tens mesmo de ir tomar banho - falei calmamente, mexendo no cabelo dele. - É hoje.
Ele acenou, esfregando a cara com dificuldade.
- E quando será o nosso dia?
Já tinha saído da cama, e estava todo nú de costas viradas para mim. Ele olhava para mim nos olhos a partir do espelho, desafiando-me com o seu olhar. Eu sabia que ele dormia sem roupa, mas mesmo assim, não o queria ver assim.
- Porque pensas nisso? - questionei, impaciente. Não era a primeira vez que ele fazia o raio daquela pergunta, e eu já estava farta de me explicar. - Ainda somos muito novos.
Ele rolou os olhos, bufando alto para eu receber a me sagem de que ele estava irritado, logo tentou argumentar
- Se quiseres entrar no programa de adoção, tens de te casar.
- E quem disse que eu quero agora? - Subi o meu tom, mas mesmo assim, continuava a falar relativamente mais baixo que o normal.
Não respondeu. Andou para a casa de banho devagar, e logo fechou a porta com força, sem falar comigo.
O pior na nossa relação, era isto mesmo. Esta discussão que já durava quase um ano. Eu não sabia de onde ele tinha desvendado esta ideia de termos de nos casar após 2 anos de namoro, mas tinha arranjado, e parecia que a ideia não lhe saía da cabeça. Estavamos no terceiro ano, e se ele continuasse com esta atitude, ambos estavamos com medo de eu me fartar, e terminar tudo.
Quando o telemóvel dele vibrou, indicando que havia recebido uma mensagem, eu logo fui ver, sem lhe questionar. Desbloqueei o telemóvel com o código usual, e encontrei uma mensagem do Matthew, Matt. Não entendendo o que ele queria dizer com o sms, decidi ler tudo do princípio.
Há dois dias atrás
Matt: Meu, ja n falamos à tanto tempo. Como é que isso vai com a Carolina?
Ryder: Vdd. Vai bem, acho eu
Matt: Achas?
Ryder: Ela é demasiado... independente
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European & Charming (Séries 'Foreign' #1)
RomanceQuando Carolina, a inteligente e sarcástica adolescente, muda de continente, a vida desta dá uma volta de 180°. Num novo país cuja cultura é estranha, esta vê-se na exaustão na cultura Americana. Principalmente com a entrada de um certo rapaz Charmo...