Parte Sete - Possibilidades do Que Poderia Ser & Alguém Que NUNCA Amarei

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- Foda-se. - A voz conhecida de um rapaz com as chaves a chocarem com metal fez eco pela casa.

Eu rolei os olhos ao vocabulário dele. Muito limpo... Principalmente com as crianças do outro lado da porta. Por favor, deteta o meu sarcasmo.

- Rydie! -  Mel saltou para a porta que estava a ser aberta, e como resposta, este grunhiu apanhando-a como se já soubesse o que aconteceria.

- Mellie! - falou num tom fino, gozando com ela, ironicamente. Deixei um sorriso se abrir nos meus lábios com a reação do Tyler, que se baseou em bufar, continuando a jogar.

- Olha! Fiz este desenho com a Carolina! - referiu num tom bastante alegre, ainda no colo dele com uma mão a segurar o papel, abanando-o com força. Reparei no pé de Ryder a fechar a porta sem olhar para trás, com força.

Já agora: eu vi porque a segui para o início da porta da sala, dando-me vista da sala e à entrada da casa.

Os olhos azuis elétricos dele cruzaram-se com os meus simples castanhos chocolate por uns bons cinco segundos até ambos olhar-mos de diferentes direções dos olhos, desviando o olhar.

- Outra borboleta? - questionou retoricamente, passando na minha frente para passar para a sala, ignorando a minha presença. - Junta-a às outras da mãe - respondeu num tom desinteressado, colocando-a no chão. De seguida, Mel correu para a cozinha com os seus pés pequenos a chocar contra o chão adoravelmente.

- Para variar - falou Tyler entre risos pequenos, continuando a olhar para o sofá.

Ryder saltou para o sofá, (não o posso julgar, quero dizer, a casa era dele) pegando no comando. Remexeu logo no menú, retirando o jogo onde o Tyler estava a jogar, que olhou para trás com a ação do irmão, que o impossibilitou de jogar.

- Ei! Eu estava a jogar aquilo! - Tyler apontou para a televisão, fazendo uma cara de ofendida para Ryder. Eu, mesmo estando de costas para ele, ouvi-o bufar de irritação, despenteando o seu cabelo preto com a mão.

- Era chato - Ryder respondeu com desinteresse para o irmão ao mirar a televisão, que cruzou os braços em frustração, mas eu tinha a certeza que quando Ryder escolhesse o jogo, ele embrulharia o comando de video-jogo com os seus dedos, tentando vencer o irmão.

Eu escovei por um momento o meu cabelo com os meus dedos, enrolando no meu dedo uma madeixa dele sentindo-o.

Passado um minuto que estava lá sem fazer nada, só em pé - juro que esse minuto parceu-me meia-hora - forcei os meus pés a direcionarem para a porta, antes de ser interrompida.

- A minha irmã ligou-me; ela está a chegar. Levo-te a logo casa - afirmou-me Ryder, sem sequer se preocupar em se virar para mim e isso, de alguma maneira, irritou-me.

- Mm - murmurei por entre os meus lábios, num tom desinteressado como o dele, andando para Mel que estava na cozinha.

Esta estava posicionada descalça na ponta dos pés para chegar ao cimo do frigorífico com o seu desenho. Logo deduzi que foi para o meter lá direito.

- Eu ajudo-te - disse, colocando-a no chão, sorrindo para ela retirei o desenho e coloquei nos ímanes em cima direitamente.

Inspirou de calma quando tocou os pés no chão, satisfeita ao ver o spdesenho no cimo do frigorífico, ao lado de muitos mais desenhos do mesmo género de cores diferentes. Um sorriso aberto nos seus lábios.

* * *

- Olá! - Ouvi a voz adolescente de Charlotte a ecoar pela casa, e todos a ignoraram, à minha excessão.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora