Parte Vinte-e-Quatro - Frango À Paneleiro & Conversas Para Não-Americanos

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Aviso rápido: vou mudar algumas disciplinas da Carolina, não faz sentindo que no liceu tenha Biologia e História, não? E vai seguir Medicina e estuda História e Geografia? Não faz qualquer sentido.

Ponto de Vista do Ryder

"Mas que merda é esta?" Não consigo deixar uma asneira escapar-me quando olho para o quarto do Tyler.

Estava todo desarrumado, incluíndo 4 pares de meias e boxers usados que estavam no chão.

A bestinha número um, arqueeou uma sobrancelha. "Como se o teu estivesse melhor."

Eu peguei logo num par de boxers. "Pelo menos, besta do caralho, não tenho boxers usados espalhados no chão."

Já estava acostumado comigo a dizer asneiras, principalmente quando fico fodido com alguma coisa que eles fazem. Irrita-me o facto de ele ser tão preguiçoso ao ponto de ser nojento.

O otário já se deve ter mijado neles ou se masturbado. Pelo menos quando tinha a idade dele já o fazia.

"E se a Carolina for ao quarto dele?" Eu pensei em voz alta, neste caso, a sussurrar.

O Tyler arqueeou uma sobrancelha. "A Carolina?"

Eu bufei e esfreguei a cara. Como é que ele não se lembra? "Sim. Não te lembras no que eu e os pais falamos ainda agora? Ela vem cá jantar."

"Oh," foi tudo o que ele pode dizer, enquanto eu continuava a levantar a roupa que estava no chão.

Eu nunca fui uma pessoa de limpezas. Nem de ler livros. Nem sequer de jogar video-jogos, mesmo que o meu pai trabalhe numa empresa disso.

Também não me drogava, fumava por vezes, quando não tinha mais nada para fazer e bebia muito em festas. Nunca fui o tipo bebedo e violento. Costumo ser sempre divertido de mais.

Costumava passar os meus dias a ir para o ginásio, parecia o único lugar onde não me julgavam e podia retirar a minha irritação perante a vida no geral.

No momento em que tirei a carta de condução, tudo o que eu fazia era andar de carro. Mais nada, até conseguir a carta de condução de vias rápidas, onde passei a usar mais a moto do que qualquer outra coisa.

Sempre gostei de me exibir. Sei lá, gostava da atenção das pessoas a olhar para mim, saberem que eu tenho dinheiro, que sou atraente, que eu tenho tudo o que uma rapariga quer, menos paciência. Talvez seja esse o motivo porque nunca namorei.

A Carolina era alguém que me intrigava, tudo o que eu sabia sobre ela, é que:

1. Tinha vagina;

2. Era Europeia;

3. Conseguia ser misteriosa, apesar de ter sempre a resposta na ponta da língua.

Era inteligente. Muito inteligente. Podia perguntar tudo sobre o mundo, se ela não soubesse responder, pesquisava ou, não sei, mas arranjava forma de saber a resposta.

Era muito responsável, mas trapalhona. Era das poucas imperfeições dela que me faziam rir só de pensar sobre isso. Realmente, existem pessoas trapalhonas em todo o lado, mas ela levava o termo "trapalhona" para um nível muito mais avançado.

Talvez tivesse sido um dos motivos pelo qual eu estava atraído por ela. Sim, para mim, ela era atraente. Para mim e para todos.

"Rydie?" Ouvi a minha irmã mais nova, Melody, chamar-me por trás de mim, enquanto eu me virei para trás. O meu irmão já tinha saído do quarto deixando-me a tratar do quarto dele. "A Carolina vem cá?"

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora