Parte Vinte-e-Três - Freira Scarlett & Padre (Talvez Chegue a Papa) Ryder

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Pergunta para dedicação: e se o próximo capítulo fosse com o ponto de vista do Ryder? Ficava mal?

Biologia era secante.

A 'stora falava tão monotomamente que preferia a ouvir para adormecer do que ao Avô Cantigas.

Eu respirava fundo na aula, sentindo os meus pulmões a subir, tal e qual como o meu peito. Sim, a aula era tão horrível que sentir o meu peito a subir de certeza que era mais interessante.

Eu estava tão adormecida e preguiçosa que, quando alguém, me chamou, eu limitei-me a mudar o foco dos meus olhos - que na verdade, em nada se focavam - e decidi premanecer na seguinte posição: mão esquerda a suportar a minha cabeça antes que ela caísse e eu adormecesse enquanto a mão direita estava em posição de escrever, antes que a 'stora começasse a escrever no quadro novamente e fosse importante para o teste.

"Carolina!" Aquela voz irritante que eu tanto quis ignorar (não sabia de quem era mas também me estava a cagar) exigia a minha presença em algum diálogo que eu não queria saber!

"Que é que foi, Kyle?' Eu estava prestes a dar-lhe um murro, eu estava ótima a dormir acordada no meu cantinho (que já agora, era no meio da sala de aula) antes de ele ter gritado-sussurrado o meu nome pela 737448ª vez.

"Não falamos à tanto tempo. Que tens andado a fazer?"

"Cumprimentámos-nos hoje de manhã."

Ele bufou, abanando a cabeça enquanto eu via o cabelo dele quieto, o gele a mantê-lo no lugar. "Tu percebes aquilo que eu queri dizer: não temos aquelas conversas de antes. Não... queres combinar algo para sairmos?"

Foi a minha vez de bufar. Ele vinha com essa conversa, novamente? Eu não queria ser mal-educada, mas nunca aconteceria.

"Kyle, depois vemos nas férias, okay? A escola já está quase a terminar de uma maneira ou outra." Eu encolhi os braços, como se a situação não fosse nada de especial. E não era - pelo menos para mim.

Ele acenou, neutro. Talvez isso tenha sido o que o fez se calar. Isso ou então foi porque eu adormeci na aula.

(...)

Eu - tal e qual como um adolescente normal - tinha duas aulas de educação física por semana.

Pensei que seria como em Portugal, já que era o último dia de aulas do semestre que eu iria adormcer na aula e dizer que nota é que achava que merecia.

Mas eu estava totalmente errada.

"Ficas comigo em voleibol?" a Scarlett tinha-me perguntado, depois de ter ido buscar uma bola ao cesto que estava nas suas mãos.

"Tem mesmo de ser?" eu grunhi, vendo o seu sorriso aumentar enquanto se virava e me guiava à rede.

"Não quero soar má mas, manda bem a porra da bola."

Eu ri-me com a afirmação da Scarlett. Cheia de fé. Devia ter ido para história e cristianismo. Freira Scarlett.

Nem disse nada, mas no momento em que a bola era para ter ido contra mim, eu enchi-me de coragem para mandar a bola de volta, mas claro wue fiquei cheia de medo e fiz a bola se desviar para o outro lado do campo.

Rapidamente, Scarlett apalhou a bola sem hesitar, um olhar de ódio na cara dela. "A bola não é feita de chumbo nem arde, Carolina."

"Mas não é feita de algodão doce." Algodão doce? Eu estou cheia de fome. Definitivamente.

"Tens de aprender a enfrentar os teus medos. Logo medo de bolas." Quem é que raio tem medo de bolas? Aparentemente, eu.

"Concordo." Eu virei-me, vendo um rapaz que eu conhecia demasiado bem, circulando uma bola de voleibol num dos dedos, mostrando um dos seus talentos. "Fofa, tens de te safar desse medo a bolas. Vai haver uma altura da vida onde vais ter de fazer sexo comigo e eu não quero que te assustes com as minhas bolas."

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora