Parte Vinte-e-Seis - Encontros Obrigatórios & Starbucks tem Ar-Condicionado

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Erros ortográficos: avisa.

Dedicado a @8Mrs8Horan8Lovato8 :)

"Porque me andas a ignorar?" Foi a primeira frase que eu ouvi quando atendi uma chamada desconhecida após ter dito, Estou?

Recomeçando a história: admito que eu estive a ignorar o Ryder. Como não podia? A ideia de ter de estar ao lado de um criminoso não estava na minha lista de sonhos.

"Não estou," menti.

"Vais me dizer que não vês as mensagens e chamadas que recebes?"

"Ah... Talvez?" eu hesitei. Que poderia dizer? Olha, estive a pensar, não quero falar com criminosos. Foi bom te conhecer. Tem uma boa vida.

"Como é que podes me mentir?" Ele riu-se irónicamente. "O que é que se passa?" perguntou, um pouco preocupado.

Eu enterrei a minha cara na almofada. Como lhe haveria de contar? Eu não iria contar. Nem pensar.

Ele tinha-me mandado imensas mensagens. O problema já durava cinco dias.

"Nada," disse eu. "Simplesmente não me apetece sair."

Eu podia-lo imaginar a rolar os olhos. "Claro. Mas para ir ao cinema no sábado já estavas disponível."

Eu não respondi. Ele tinha um ponto. Eu tinha saído com a Scarlett, Ash e Rachel indo ao cinema. A Rachel tinha sugerido para fazer-mos uma noite de raparigas, tipo, festa de pijama. Mas eu respondi logo que não, explicando que não sou corajosa para fazer uma direta, a Ash, pelo contrário, como tem problemas para adormecer, não se importava muito.

"Hoje vamos sair," afirmou, com autoridade inscrita no tom de voz.

Eu ri-me sarcasticamente. "Eu adoro quando marcas estas datas sem o meu conhecimento."

Ele decidiu não opiniar sobre o meu comentário. "Vou te buscar a casa daqui a quinze minutos."

Eu abanei a minha cabeça enquanto falava. "Não, nem pensar, eu-"

"Está a contar, quinze minutos." E assim, desligou o telemóvel, fazendo a música que tinha antes ligado voltar.

Olhei para o telemóvel. Não me iria preparar. Estava farta dele. Ele tinha de começar a respeitar a minha opinião. Se eu digo que não, então não iria acontecer.

Eu continuava a ler o meu livro. Tinha 583 páginas, e desde o dia anterior que tinha começado a ler, nesse dia já estava na página 347. Reflexo contava a história da vida da Rainha Isabele I. Era interessante. No mínimo para mim.

Eu continuei a ler, até ouvir o meu telemóvel tocar. Ignorei. Mensagens. Ignorei. Nem dois minutos passaram até ouvir a campainha a tocar. E, sem margem de dúvidas que ignorei. A minha tia estava em casa, tal e qual como o Will, um deles que abrisse a porta. Afinal: eu estava a renovar os meus hábitos de leitura.

"Carolina?!" Ouvi a minha tia chamar, e quase que chorei. Que fiz desta vez? Não apaguei a televisão? O comando estava no chão? Um dos seus livros estavam no chão? "Vem cá!"

Suspirei novamente, fechando no livro de páginas meio amareladas, depois de colocar lá dentro o marcador. Assim, levantei-me a corri para baixo das escadas, de caminho à sala.

"Mas quem é este tipo?" É a primeira coisa que ouço no momento em que entro na sala, e, obviamente, é uma fala do Will. "Conheço-te?" ele pergunta, inclinou-se para alguma coisa que eu não conseguia ver, como se estivesse a observar uma experiência.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora