Parte Quinze - Possíveis Mini-Ciúmes & Brincadeiras Que Correm Mal

1K 66 7
                                    

Ponto de Vista do Ryder

Aviso: Bastante asneiras

"Olá," a voz - agora irritante - da Veronica falou, fazendo-me bufar irritado.

"Deixa-me." Eu andei mais rápido, mas ela correu para o meu lado puxando o braço, puxando os meus limites de paciência no caminho.

"O que é que se passa contigo? Só te queria cumprimentar." Inclinou a cara burrifada de maquilhagem para a minha, fazendo-me inclinar para trás puxando-a para longe de mim e do meu braço.

"Deixa-me!" gritei de novo as palavras de à pouco. "Que desespero!" murmurei alto e conseguia ver as pessoas a pararem para olharem para a nossa cena.

A cara dela pareceu magoada, mas não me interessei com isso por um momento sequer.

Subitamente a cara dela encheu-se de fúria para me confrontar. "Desde que falas com a Europeia, andas a pôr-me de parte! Encheu-te a cabeça!" Mas que foda...?

"O quê?" Não conseguia compreender como é que ela poderia colocar a Carolina na conversa. Eu não quero estar com a Veronica. Era isso que interessava. "Trata da tua vida."

"Chamam a mim de vadia: ela é que está agora com o Kyle." Eu olhei para ela depois de a ouvir, estava de braços cruzados para ter uma resposta melhor.

O Kyle? Ela não está com o Kyle. Eu, obviamente, não tinha nada com ela, mas tinha quase a certeza que não andava com esse otário do caralho.

"Não, não andam." O meu tom de voz pareceu que estava a tentar convencer-me mais em mim próprio do que nela, e eu não podia acreditar nisso.

"Sim, pois," falou irónica, "Pergunta ao Kyle." Os olhos dela cerraram.

Eu não vou perguntar nada, não é da minha conta.

E, apesar de não a conhecer à tanto tempo, ou tão bem como o Noah, ou mesmo aquela gaja chamada Scarlett que anda sempre com ela - até sei o nome da outra, impressionante - sabia que ela era complicada em termos de ser engatada. Era teimosa e não caía tão facilmente, tipo a gaja da minha frente.

"Ouve, e ouve bem: se me tocares mais uma vez, vais levar um murro, rapariga ou não." E assim andei para a minha aula de Biologia, que vai ser paga pelo meu pai, claro.

O Kyle sempre foi o tipo simpático, era a forma de engatar dele.

Na maioria dos casos, era a confiança e os olhares, como eu, mas para ele eram os elogios e graça que as miúdas gostam. Provavelmente a Carolina.

A Zoe tinha falado com ela, referido o quão despaçarada e iludida era aquela rapariga. Todos podiam estar a olhar para ela enquanto faria algo, mas sempre na Lua a pensar em sei lá o quê.

No Kyle. Uma voz sussurrou na minha mente, uma voz tão irritante quanto a da Victoria... Ou era Veronica? Esqueci-me. Acontece.

Kyle, Kyle, Kyle, Kyle, Kyle... Como eu o odeio. Desde a primária que não o podia ver à frente. Conseguia pôr sempre na cabeça das pessoas merdas para não gostarem de mim. E não consigo perceber como fez para a Carolina.

Ela era o caso feminino mais complicado que conheci no mundo. Sempre a empurrar-me, indiretamente, mas eu não iria deixar isso afetar-me muito.

* * *

Nesse mesmo dia, na cantina, a comida estava toda no prato dela enquanto descançava na cadeira. O hamburguer com batatas fritas e montes de ketchup. Quando olhou mais uma vez para o prato, fez um ar enojado como se quisesse vomitar. Que porra é esta? Quem é que não gosta de fast-food? É o melhor.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora