European & Charming (Séries 'Foreign' #1)

Parte Cinco - Rapazes Ricos & Mansões de Luxo

Era um Sábado, 10:30 da manhã, para ser mais concreta, e eu estava relativamente entusiasmada com esse mesmo dia, porque iria estar em contacto com crianças, mesmo que fosse um pouco estranho o Ryder me ter incentivado a cuidar dos irmãos dele.

Ele tinha chegado a adquirir o meu número, de alguma maneira, e tinha-me afirmado para não me preocupar esse mesmo dia, que ele tinha tudo controlado, mesmo que eu não soubesse o que raio queria dizer com aquilo, mas confiara na palavra dele.

Como havia referido, eu estava entusiasmada por sair de casa. Queria apanhar ar fresco e apesar de gostar de ficar em casa a descansar me parecia uma boa ideia, o entusiasmo de sair era bem melhor, eu queria conhecer mais os Estados Unidos, no entanto, a minha tia não tinha a mesma ideia.

* * *

- Como fazemos no Sábado? - questionei a Ryder, um pouco confusa por ele nem sequer se preocupar com isso.

Ele deu-me uma mão desconsideradamente.

- Não te preocupes com isso. Eu depois ligo-te - assegurou-me. Mesmo um pouco suspiciosa e cética, encolhi os meus braços, expressando-me nada preocupada com isso, abanando uma mão, despedindo-me dele rapidamente para ir ter com Scarlett.

* * *

- Como foi o teu dia? - a minha tia perguntou-me em Português, sorrindo enquanto fazia salada para mim. Soube logo que ela queria treinar o Português que tanto se esqueceu.

- Foi bom. Um colega meu perguntou-me se estava disponível este Sábado para cuidar dos irmãos como babysitter. - A tia Susana parou e olhou para mim. - E pagava-me, claro. - Eu estava a mentir, mas desde que ele me pagasse, eu estava bem com isso.

- Porque te perguntou isso? Chegaste há tão pouco tempo... - ela respondeu-me com outra pergunta, parecendo confusa. Limitei-me a pôr os cotovelos na mesa da minha frente e as mãos a suportarem a minha cabeça. Já agora, o sotaque dela sempre com uma miniatura Norte Americana, mas o vocabulário estava bom para se entender.

- Acho que foi porque eu estava a dizer que estava à procura de trabalho, do género de passatempo - eu respondi. Esta virou-se, fazendo uma roda, para mim.

- Queres arranjar um trabalho? - Eu acenei com a cabeça. - Porque não me disseste? - Encolhi os meus ombros, pensando nas melhores palavras para me explicar.

- Não me pareceu relevante te dizer - respondi séria, deixando os meus dedos caindo na mesa numa sequência de ritmo.

- Bem, eu confio em ti. Se achas que devias ter um trabalho, eu acho bem, ganhas o teu próprio dinheiro ás tuas custas. E pelo menos é um trabalho leve. Cuidar de crianças por uma tarde não é muito complicado. - Ela riu-se para ela mesma, e continuou a trabalhar na bancada da cozinha.

- Sim, tu sabes, é só algo para me manter ocupada - respondi verdadeiramente, estando feliz por finalmente ter alguma coisa que me entretesse e levantei-me da mesa pondo as minhas mãos forçando-me a subir.

- Eu compreendo. - Ela acenou com a cabeça e eu fiz o meu caminho para a porta para sair da divisão mas a minha tia parou-me. - Carolina! - Eu dei uns passos para trás olhando para ela esperando que falasse. Sorriu-me e lavou as mãos e passou para a tolha as secando. - Estou feliz por estares cá. Eu tive saudades de te pegar ao colo - admitiu, e um sorriso quente e brilhante abriu-se nos meus lábios.