Parte Vinte-e-Cinco - Férias na Praia & Assassinos Estranhos em Miami

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Esqueci-me de referir que Carolina estava doente com pneumonia quando foi à casa do Ryder. Por isso é que foi tão vestida.

Aponta erros ortográficos, por favor.

"Oh, meu Deus! Tu vais tão usar o bikini que compraste comigo..." a Scarlett cantrolou do outro lado da chamada, adorando a ideia de irmos à praia.

"Sim, pois," falei desinteressada. Era uma quarta-feira de manhã, e todos tinhamos combinado em ir à praia. Porquê? Porque como somos todos pobres sem dinheiro, não iriamos comprar prendas a ninguém, mas como queriamos estar todos juntos, encontraram a praia como uma boa desculpa para dizer que nos importamos uns com os outros.

Miami era lindo, e enorme. Demorava-mos cerca de trinta minutos a ir a pé da escola até à praia. De noite, quando as luzes estrelares iluminavam o céu escuro, eu sentava-me na minha varanda, olhando para as estrelas enquanto pensava em algo bonito.

Eu não me arrependia de vir para cá. Era tudo tão diferente que me fazia querer saber mais, era tão bizarro que me dava curiosidade.

Não interessa se era Natal ou não. Miami continuava calorento que nem Fortaleza no verão.

- Queres que eu e o meu pai te vamos buscar? - O seu tom era de preocupação.

- Não é preciso, o namorado da minha tia vai-me levar.

- Will, correto? - Eu limitei-me a acenar, mesmo sabendo que esta não veria.

Eu não tratava Will de tio. Parecia um pouco... Incorreto ao o fazer. Os meus tios não se tinham casado, mas estavam juntos desde há seis anos atrás. Ele e a minha tia tinham muitas ideias contraditórias. Will não queria casar nem ter filhos, no entanto, esses eram parte dos sonhos da minha tia. Formar uma família. Tal e qual como eu.

Quando eu cheguei à América, senti que a minha tia me tratava como uma filha, o que me fez desconfiar do assunto sobre o assunto, visto que por vezes se zangavam por tudo e por nada. Contudo, essa era uma caraterística de casais, creio eu.

- Tudo bem. Escuta, depois ligo-te quando chegar lá. Vais para lá agora?

- Deixa-me acabar de me tratar. Vou daqui a bocado. Até já.

Foi isso mesmo que eu fiz. Quando me despaxei para ir, vestindo cores vivas de verão, decidi pedir ao Will para ma levar à praia.

Tudo o que eu levava eram fones, bronzaedor, protetor solar, óculos de sol, toalha, telemóvel e dinheiro. Não precisava de mais nada.

A visita à casa de Ryder tinha-me feito compreender porque é que eu gostava dos irmãos dele. Eles simplesmente me amavam.

O caminho para a praia tinha sido... normal. Era obrigada a ouvir música country que nem pimba português. Já tinha comentado com a minha tia: se ele vivesse em Portugal, seria o maior fã do Tony Carreira, incluíndo Quem é o pai da criança? e Apita o comboio, os grandes hits portugueses.

- Liga-me quando quiseres que te vá buscar - Will informou-me no carro.

- Eu posso ir a pé: tenho duas pernas. - Revirei os olhos.

- Eu também acho, mas a tua tia não concorda que te devia deixar sozinha. - Encolheu os ombros, num olhar neutro.

- Tia Galinha - murmurei, e sem mais alguma palavra, vi o carro do Will a conduzir no caminho ao contrário.

O Will fazia parte da polícia, o que não me surpreende, ele podia intimidar qualquer pessoa só com um simples olhar. Punha as mãos para trás, enchia o peito de ar, olhava para ti e pronto. Mijas-te nas cuequinhas.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora