Parte Doze - Beijos & Estalos Inesperados

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"Segura na minha água," o Kyle avisou-me e no momento seguinte, atirou-me a água com força na minha direção, para que eu não apanhasse. Desastrada, quase deixando a garrafa cair, consegui a apanhar, mesmo com alguma dificuldade.

"Já estás preparado?" perguntei-lhe, rolando a garrafa de água na minha mão. Quando a tinha apanhado, já me tinha posto confortável com ela.

"Sim..." Ele prolongou a palavra, e logo terminou de calçar os seus ténis.

"Então, toma." Eu mandei a garrafa contra o peito dele.

"Autch." Ele disse ao sentir a garrafa a fazer pressão contra o peito. "Enquanto eu treino, ficas com a garrafa." Ele fez tom de dahhhhh e atirou-a contra mim novamente.

"Repete lá porque é que eu tenho de carregar a tua água?" Eu aproximei-me dele dando-lhe a toalha.

"Porque és a Julieta." Ele disse como se essa desculpa fizesse qualquer sentido.

"Okay." Eu fiz tom de confusa, ao contrário dele, e no momento seguinte, ele beijou-me a testa de lado. Mau. Cadê as confianças?

"Até já." Em menos de um segundo estava a caminho do treinador.

Apesar de eu gostar do Kyle, sim porque ele era atraente, aquela atitude fez a minha opinião midar um pouco de um momento para o outro.

"Então." Uma voz nova apareceu fazendo com que os meus pensamentos se absorvessem. "Tu e o Smith..." Ele referiu ao Kyle com o último nome dele.

Sim, era um ele, eu nem sequer me virei para trás.

"Então." Eu imitei-o não olhando para ele, falando no mesmo tom. "Tu e a Veronica..." Ainda não me tinha virado para trás, mas queria para saber qual seria a reação dele.

"Eu não namoro com ela." Eu ouvi-o a mexer-se.

"Até te diria se namora-mos ou não." Disse ao virar-me. "Mas não é da tua conta."
Aí, virada cem por cento na frente dele, rasguei-lhe os olhos, apesar de ele parecer gostar da situação.

O sorriso dele era divertido, mesmo enquanto falava. "A Zoe disse-me que não vais à festa da Scarlett."

Eu bufei rolando os olhos. "E o que é que tu tens haver com isso?" Eu disse num tom irritada, mas era verdade, eu sentia o meu sangue a subir com a zanga e frustração que sentia por ele.

"Porque não vais?" Ele decidiu ignorar a minha pergunta retórica e eu logo dei-lhe outra boca.

"Não precisas de ir treinar? Então vai!" Eu puxei-o para a frente, mas ele não se mexeu um centímetro.

E assim, ele fez o inesperado - pelo menos para mim - agarrou numa das argolas de pôr o cinto das minhas calças de ganga e puxou-me para ele.

Ora eu, obviamente, perdi o balanço porque não estava à espera desse movimento idiota.

Então eu desiquilibrei-me contra ele.

Não percebes: o chão é bem mais precioso que ele.

"Autch!" Eu disse ao sentir o meu peito contra o dele - a mim deve ter doído mais, portanto não tenhas pena dele - e qntes de realemente entender a situação ele esmagou a minha cara nos lábios dele.

Eu vou repetir.

A minha cara, os meus lábios, na boca dele.

Ou seja: eu toquei nele.

As minhas mãos tentaram me afastar dele, mas um dos braços dele tinha se serpenteado em volta em volta da minha coluna, mantendo me no lugar.

A minha cabeça queria ir para o lado para ter espaço para gritar, mas sempre que saía, o tempo que eu tinha para respirar para gritar não deu de nada pois a cabeça dele seguia-me e a mão do outro braço estava situada na nuca, virando-a sempre para mim.

European & Charming (Séries 'Foreign' #1)Onde histórias criam vida. Descubra agora