dezessete;

21.6K 2.8K 3.2K
                                    

—Está me escutando? – Osamu estalou os dedos três vezes na frente do rosto do irmão, que parecia viajar desde o momento em que havia entrado na sala do conselho.

— Estou, continua.

— Então o que eu disse? – Atsumu revirou os olhos.

— Samu, apenas fala logo.

— Disse que vai ter que falar por mim. – o loiro arqueou as sobrancelhas. – Na palestra de segunda, vai ter que falar por mim, não estarei aqui.

— Ok. – suspirou, se levantando. – Vamos fazer algo lá em casa hoje. – Osamu o olhou entediado. – Quê? Nossos pais não estão e só voltam na terça, o que custa?

— Achei que ficaria com sua namorada, como sempre.

— Lógico que vou ficar com ela, é por isso que vou fazer essa festa, distrair aquela cabecinha um pouco. – sorriu de lado. – Fale com Sunarin pra pegar as bebidas e chamar o pessoal.

— E você vai fazer o que?

— Vou buscar minha garota, Samu. – piscou para o irmão, saindo da sala e fechando a porta.

Andava pelos corredores, cumprimentando as pessoas que passavam por ele e cantarolando baixo uma música qualquer, até chegar na porta da sua sala de aula, abrindo-a devagar e passando os olhos pelas carteiras. O professor ainda falava, mesmo faltando menos de dois minutos para o fim da aula. Atsumu sorriu ao te ver sentada ali, escrevendo sem parar no caderno.

— E o que você faz aqui? – o professor perguntou, atraindo toda a atenção da sala para o loiro, que apenas sorriu sem graça.

— Eu vim... – ele entortou a boca, pensando em algo, mas deu de ombros, entrando na sala de uma vez. – Buscar minha namorada.

Você arregalou os olhos, sentindo seu rosto esquentar, olhou para Atsumu, ele sorria largo, de braços cruzados. O professor balançou a cabeça, murmurando alguma coisa e suspirando.

— Isso não é motivo de atrapalhar a aula, Miya.

— Oh, sim, eu sei, não é minha intenção, pode continuar. – ele fechou a porta atrás, se escorando na mesma e encarando o professor, que nada respondeu, apenas continuou com a aula, apenas com a feição mais emburrada.

Durantes os próximos minutos, a concentração que você tinha durante a aula, evaporou-se em segundos com o loiro ali, ele tinha aquele sorriso ardiloso que você tanto amava e enquanto o professor falava, ele respondia, realmente provocando o mais velho, mas sendo totalmente respeitoso enquanto o fazia, o que tirou alguns risos do pessoal e alguns resmungos irritados do professor.

— Não precisava invadir minha aula, sabe. – ele riu.

— Eu não ia, mas a ideia veio na cabeça e eu pensei ''por que não?''. – Atsumu te puxou para mais perto, fazendo vocês andarem abraçados agora. – Amanhã eu e Samu vamos fazer algo lá em casa e você vai.

— Por que eu tenho a impressão que é mais uma ordem do que um convite?

— Porque é exatamente isso. – ele deu risada enquanto dizia. – Precisa distrair sua cabeça e o que é melhor do que beber álcool até vomitar seu estômago fora? – você abriu a boca pra responder, mas Atsumu te cortou. – Exatamente, nada!

— Tudo bem. – suspirou. – Você vai me arrastar eu querendo ou não, né?

— Você me conhece tão bem, meu amor. – ele sorriu, dando um beijo no seu rosto. – Está com fome? Posso te levar pra comer alguma coisa ou compramos pra comer em casa. Ah, esqueci de falar! Nunca te apresentei Omi, não é? Ele é meu melhor amigo, precisa conhecê-lo logo, mesmo que ele não goste de pessoas. – ele te encarou, vendo sua feição risonha no rosto. – Fiz de novo, não fiz?

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐓𝐈𝐂, miya atsumuOnde histórias criam vida. Descubra agora