vinte e dois;

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Atsumu respirou fundo, juntando toda coragem que tinha, cinco vezes antes de tocar a sua campainha. 

Ele tinha tudo planejado. Como era sexta, ele sabia que você gostava de ficar em casa, estudando ou fazendo algum trabalho para ter o fim de semana livre, ou talvez, você apenas não estivesse fazendo nada. De uma forma ou outra, ele te levaria para jantar no seu restaurante favorito e vocês conversariam, civilizadamente. E se você ainda estivesse doente, pediria algo e ficariam dentro de casa.

Não havia te visto na faculdade essa semana, então imaginava que você estava com mais do que um simples resfriado, como Oikawa disse. Nem ao mesmo atendia o telefone, Atsumu sabia que poderia ser um sinal que não queria falar com ele, mas ele preferia continuar otimista.

A única coisa que ele não esperava era Iwaizumi atender a porta, com uma toalha na cintura, ensopado por ter recém saído do banho.

— É... Oi? - disse ele, um pouco constrangido. - [Nome] não está.

— Como assim? Onde ela tá?

— Foi passar a semana na casa dos pais, eu e Tooru estamos cuidando da casa pra ela. - o moreno girou o corpo, dando a visão de Oikawa jogado no sofá, mexendo no celular.

— Ah... Sabe quando ela volta?

— Acho que domingo ou segunda, não tenho certeza. Tudo bem, Tsumu?

— Tudo. - suspirou, colocando as mãos na cintura. - Só queria falar com ela.

— Sabe onde os pais dela moram? - Atsumu negou. - Vou te mandar o endereço, ok? Só não faça merda, o pai dela é um pouco complicado, pelo o que Oikawa me disse.

— Obrigado, Hajime. - sorriu, dando um abraço apertado no amigo, que arregalou os olhos. - Ideia ruim considerando que você está de toalha, né?

— É, péssima.

— Ok, ok... - afastou-se, o agradecendo um pouco constrangido e entrando no carro de novo.

Não sabia se era uma boa ideia.

Na verdade, tinha certeza que não era, mas não ligava nem um pouco, a única coisa que importava era te ver e resolver tudo, não suportava mais passar um minuto longe de você. Assim que Iwaizumi mandou a mensagem, viu que era um pouco longe, quase do outro lado da cidade, mas ele tinha tempo o suficiente para ir.

Afundou o pé no acelerador, colocando no GPS o endereço e seguindo até lá. Estava nervoso, vocês nunca tinham realmente falado de conhecer os pais, na verdade, agora que Atsumu havia parado para pensar, você nunca foi de comentar tanto da própria família. Nunca falaram sobre planos para se conhecerem ou algo do tipo.

Soltou um suspiro frustrado, culpando-se por não ter prestado mais atenção em você.

Depois de quase uma hora, estacionou na frente da sua casa. Era linda, tão grande quanto a dele, se não maior. Não ouvia-se nada além do silêncio e uma música baixa de fundo, parecia ser clássica. 

Atsumu realmente não tinha certeza se estava fazendo o certo. Na verdade, tinha mais certeza que estava fazendo merda, mas sempre foi impulsivo, então apenas saiu do carro, respirando fundo algumas vezes e tocando a campainha. 

Um sorriso surgiu no rosto ao ouvir sua voz distante, avisando que seria você quem atenderia. Quando abriu a porta, você o olhou assustada, o empurrando e fechando a porta atrás. 

— Mas que merda você tá fazendo aqui?!

— E-eu... Vim te ver?

— Isso foi uma pergunta?! Não, Atsumu, não pode vir aqui assim!

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐓𝐈𝐂, miya atsumuOnde histórias criam vida. Descubra agora