catorze;

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— Péssimo. Eu que vou escolher o próximo.

— Mas foi você que escolheu esse! – você disse, gargalhando em seguida. – Eu disse para pararmos no meio e começar algum livro.

— Estou com preguiça. – ele resmungou, se esparramando ainda mais no sofá. Você revirou os olhos, começando a brincar com os cabelos loiros do garoto que tinha a cabeça encostada em seu peito. – Meu cabelo está péssimo, Samu enrola demais pra retocar. – ele bufou.

— Eu posso retocar se quiser. – Atsumu tombou a cabeça pra trás, te encarando de ponta cabeça. Ele deu um sorriso largo quando seus olhos se encontraram.

— Tem as coisas aí? – você assentiu. – Então, por favor.

Você sorriu, pedindo licença e se levantando. Pegou o descolorante no banheiro e mais tudo o que precisava, antes de descer as escadas, já escutava freaks, surf curse, que ele provavelmente havia colocado na altura máxima na TV. Quando desceu, parou no último degrau, vendo o loiro tirar a blusa, quando ele te viu, sorriu malicioso ao perceber que você o encarava, você apenas desviou o olhar, o ignorando e indo até a parte externa, colocando as coisas em cima da mesinha do jardim. Já era quase noite, o sol tinha seus últimos resquícios de luz no oeste, mas as luzes do lado de fora eram suficiente.

— Espiar é feio. – estremeceu quando Atsumu sussurrou no pé do seu ouvido, colocando as duas mãos na sua cintura. Ele soltou um riso melodioso, se afastando em seguida. – Não vai queimar meu cabelo, [Nome]. – pediu, puxando a cadeira e se sentando na sua frente.

— Eu sei fazer isso, quietinho. – ele apenas riu, dando de ombros.

Você fez a mistura e começou a passar apenas na raiz, o cabelo dele precisava de uma hidratação e você fez questão de comentar duas vezes, dizendo que faria em seguida, Atsumu não contestou. Quando terminou de fazer tudo, inclusive a hidratação, Atsumu ficou um bom tempo na frente do espelho arrumando o cabelo e dizendo como estava bonito, você apenas gargalhou nas duas primeiras vezes, nas outras, apenas ria baixo ou não dizia nada, esse lado convencido do loiro já era bem conhecido por você e não te incomodava. Depois que ele parou de se olhar no espelho e esbanjar amor próprio, ele voltou a se sentar do seu lado, tirando o seu celular das mãos e te puxando para seu colo, colocando suas pernas uma de cada lado.

— Não vai dizer como estou bonito?

— Preciso?

— Claro que precisa. Minha auto estima depende disso. – ele brincou.

— Você age feito como um adolescente de vez em quando. – você gargalhou. – Mas tudo bem. Você está lindo, Miya. – ele te encarou com as sobrancelhas arqueadas e um sorriso ladino no rosto.

— Fez isso para me provocar, não? – o loiro te encarava com os olhos semicerrados, você apenas entortou a boca, desviando o olhar e dando de ombros, Atsumu gargalhou incrédulo. – Mas que feio, [Nome]... Não pode deixar apenas por isso. – as mãos dele deslizaram por baixo da sua blusa, afundando na sua cintura.

— Eu não fiz nada. – você insistiu. – Não posso mais te chamar pelo sobrenome?

— Você deve me chamar pelo sobrenome. Mas só quando estamos a sós, por favor.

Você soltou um riso alto, estremecendo ao sentir os lábios de Atsumu contra a pele exposta do seu pescoço. Depois de distribuir alguns beijos e leves mordidas, contando com os fracos apertões que dava em sua cintura, ele se afastou, com aquela cara cafajeste a qual Atsumu fazia com maestria, ainda mais quando queria te provocar. Assim que você percebeu que não passava de provocações baratas do loiro, você o xingou, o fazendo cair na gargalhada e te abraçar, se deitando no sofá e te dando um selinho demorado.

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐓𝐈𝐂, miya atsumuOnde histórias criam vida. Descubra agora