dezesseis;

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oi gente!!

a fanfic ainda tem alguns capítulos pela frente, mas ela não vai ser tão longa e creio que não passe dos 25 capítulos. só pra avisar mesmo caso estejam esperando uma longfic como a do Kenma, essa não é.

boa leitura mores, amo vcs!


Aviso de possível gatilho: violência psicológica/abuso psicológico. (acho que pode ser colocado assim)


Seus pés batiam contra o chão de madeira impaciente, Atsumu já estava a mais de quinze minutos dentro da sala do professor e você não conseguia ouvir uma palavra do que falavam. O loiro saiu da sala fazendo uma breve reverência para o professor, fechando a porta e te encarando com um sorriso vitorioso no rosto.

— Eu disse que conseguiria. – ele te puxou pela cintura, você arqueou as sobrancelhas.

— Qual foi sua desculpa?

— Falei que passou mal e não conseguiu entregar o trabalho. Ele te deu mais um dia. – você respirou aliviada, dando um selinho longo no mais velho. – Eu sou incrível, não sou? – você gargalhou.

— Sim, Tsumu, você é.

— Eu disse que ser puxa saco de professor é só lucro. – disse enquanto andava ao seu lado, saindo da sala dos professores. – Você vai pra minha casa ou eu vou pra sua?

— Eu vou para a minha e você vai para sua. – ele parou de caminhar, te encarando ofendido. – O quê? Eu preciso terminar esse trabalho e com você eu não consigo.

— Fico quieto dessa vez. – você o encarou. – Prometo.

— Você sabe que não vai ficar. Eu te conheço, Miya.

— Me enxota da sua casa e ainda me provoca? – Atsumu colocou as mãos na cintura, te olhando de cima a baixo. Você apenas sorriu, assentindo.

— Exato. Ainda aceito uma carona pra casa.

O loiro suspirou, dando um sorriso e assentindo, entrelaçando seus dedos e andando ao seu lado até o carro. Vocês conversaram um pouco até chegarem na sua casa, se despediram com um beijo demorado, Atsumu tentou te arrastar até a casa dele, mas você negou, realmente precisava fazer o trabalho e com o loiro do lado não daria muito certo. Entrou em casa, vendo o carro dele sumir pela rua, trancando a porta em seguida.

Não estava com fome, apenas deixou suas coisas em cima do balcão da cozinha e tomou um copo da água, o largando ali em cima também. Pegou o notebook dentro da bolsa e subiu até seu quarto, o deixando em cima da cama e indo direto para o banheiro, tomando um banho demorado. Se trocou, colocando uma das blusas que Atsumu tinha deixado aqui e um shorts de pijama, se sentando na cama em seguida e ligando o o notebook, retomando o que digitava antes.

As horas se passaram devagar, você ficava um bom tempo enrolando para fazer o trabalho, conversando com Atsumu por ligação. Não tinha muito jeito, por mais que vocês estivessem longe, não conseguiam parar de se falar, o loiro te encheu o saco por um tempo, dizendo que poderiam estar juntos agora, mas você apenas negou, dizendo que precisava se concentrar no trabalho, que estava a um bom tempo aberto, sem digitar mais uma palavra que fosse. Depois de mais alguns longos minutos, desligou a chamada, dizendo que o ligaria mais tarde se terminasse ainda cedo.

Respirou fundo, voltando a colocar seus olhos na tela e no teclado, começando a deslizar os dedos pelas teclas. Passou um bom tempo assim, percebendo que já era quase dez da noite e não havia colocado um grão de comida na boca que fosse desde o almoço. Se levantou preguiçosamente, mesmo não estando com fome, desceu até a cozinha, começando a pegar as panelas e ingredientes que precisava.

Paralisou quando viu o copo que antes estava largado em cima do balcão, secando no escorredor. Engoliu seco, ficando em silêncio por alguns segundos. Não ouviu nada, o silêncio era aterrorizante.

— Izumi? – você chamou, se lembrando que a garota tinha a chave. – Isso não tem graça.

— Na verdade, meu amor, tem sim. – seu corpo estremeceu ao ouvir a voz de Ikuya, se virando lentamente e vendo ele sentado no sofá a sua frente. Ele se levantou, acendendo as luzes da sala e te dando uma visão melhor. – Você fica horrorosa nessa blusa. – disse com desgosto.

— O que você quer?

— Você, claramente. – disse óbvio, ficando do outro lado do balcão. – Você sempre disse que não iria me deixar e agora aquele merda posta foto com você? – ele esfregou o rosto, balançando negativamente a cabeça. – Eu nunca gostei dele. E agora ver ele com você me deixa puto da vida, [Nome].

— Você terminou comigo, eu segui em frente, é assim que as coisas funcionam. – você disse com a voz trêmula, desviando o olhar. – Por favor, vai embora. – sua voz saiu por um fio, fazendo você engolir seco, ele deu risada.

— Eu vim ficar com você e é assim que me trata?! Sabe que eu não vou embora, meu amor.

Você o encarou por alguns segundos, o moreno ameaçou a se aproximar de você, o que foi o suficiente pra você sair correndo até seu quarto, tropeçando em alguns degraus da escada, ouvindo ele correr atrás de você. Entrou em seu quarto, fechando a porta e a trancando, Ikuya fez um estrondo no lugar ao dar um soco na porta, te fazendo pular no lugar e pegar seu celular, sentindo seus olhos marejarem ao ver que ele estava descarregado.

Havia passado o dia todo mexendo e ainda no final do dia ficou umas boas horas conversando na ligação com Atsumu, claramente estaria descarregado. O colocou na tomada rapidamente, roendo as unhas esperando o aparelho ligar.

— Abre essa porra! – disse, girando a maçaneta. – Você é louca, caralho? Quando começou a fugir de mim?!

Você não disse nada, só ficou quieta, encolhida em cima da cama com o celular em mãos, que ainda se recusava a ligar.

— Abre essa porta, [Nome]. – disse, batendo várias vezes na madeira. – Abre essa merda! Caralho, eu vou te matar! Você vai estar fodida a hora que sair daí!

Seu coração batia mais forte a cada estrondo que a porta fazia, quando seu celular finalmente ligou, apertou no primeiro nome que havia aparecido, sendo o de Atsumu, ele atendeu dois toques depois.

— Já terminou o trabalho?! – ele perguntou animado.

— Por favor, vem aqui. – você disse baixo. – Rápido.

Que barulho é esse? – disse apressado. – Estou saindo de casa.

— Com quem você ta falando, porra?! – você desligou rapidamente a ligação, entrando no banheiro e trancando a porta, se sentando no chão e abraçando os joelhos. – Você está fodida.

Mais alguns estrondos e então silêncio de novo. Você engoliu seco, tentando acalmar sua respiração. O que foram cinco minutos se pareceram uma eternidade, sentia que duas horas se passaram ali dentro.

— [Nome]? – você ouviu a voz de Atsumu, sentindo seu peito mais leve. – Sou eu, posso entrar?

Se levantou, destrancando o banheiro e depois a porta do quarto, dando um abraço no loiro, sentindo o corpo quente dele aquecer o seu gelado. Atsumu te acolheu nos braços, afagando suas costas e depositando alguns beijos na sua cabeça. Quando você se acalmou, o loiro te deitou na cama, te envolvendo em um abraço. Você contou o que aconteceu, entre alguns soluços, Atsumu continuou ao seu lado a cada palavra, mas você não via as reações que ele fazia.

— Você está bem? Ele realmente não encostou em você?

— Não. Não deu tempo.

— Isso é invasão de domicílio. Ele deveria estar preso.

— Ele tem a chave. Não tem como invadir tendo a chave, Tsumu. – você respirou fundo, se afastando e se sentando na cama, de frente para ele, Atsumu tinha os olhos sérios, mesmo com um sorriso pequeno e reconfortante no rosto. – E o pai dele é policial. Ele não ficaria uma noite preso. – Atsumu grunhiu, esfregando os olhos.

— Eu vou dar um jeito nele.

— Não faz merda, Atsumu.. – você disse com a voz fraca. Ele te puxou para mais perto, te colocando deitada em seu peito e te abraçando pela cintura. – É sério.

— Não vou fazer. Apenas darei um jeito nele.

𝐂𝐇𝐀𝐎𝐓𝐈𝐂, miya atsumuOnde histórias criam vida. Descubra agora