Capítulo Quarenta e Três: Momento de felicidade pode trazer momentos de dor!

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Os meses se passaram e chegou o dia do chá revelação. Eu já estava entrando no nono mês e cada vez mais pesada.
- Amim, você já resolveu os dois nomes de sua preferência? Precisamos decidir.
- Ah, Mary, eu falei com você que não quero saber o sexo!
- Mas Amin, hoje é o dia do chá revelação. Havíamos conversado sobre isto. Até hoje não iríamos saber, mas a partir de hoje saberíamos. Ai! –Uma cólica estranha me apertou, bem no meio da barriga, fazendo ela endurecer toda.
- O que foi?! Sentiu alguma coisa?!
- Uma cólica. Normal...
- Normal?! Há quanto tempo está sentindo esta cólica sem me dizer?!
- Não faz muito tempo. Mais ou menos uns três dias.
- Por que não me falou antes?! Vamos, se arrume! Vamos ao médico!
- Não mesmo! Hoje é dia do chá revelação e eu não estou passando mal para ir ao médico. Isso é normal! É por que estou me aproximando dos dias do parto.
- Como assim?!! Já estamos próximos do parto?!!
- Amor, acalme-se! Isso não significa que vou ganhar hoje! Bom, voltando ao assunto dos nomes, eu gosto muito de Érica ou Juliano. O que acha?
- Érica é bem bonito, mas não gosto de Juliano. Quem sabe Júlio?
- Júlio é bem bonito mesmo. Gosto de Maitê também.
- Maitê! Lindo! Será Júlio ou Maitê!
Mais tarde tudo estava pronto para o chá revelação.
Tudo ia ser feito no restaurante, por isso eu não participei em nada da arrumação. Por mais que tenha insistido não me deixaram.
- Maryanna, como é? Não vamos ao nosso chá revelação? Que demora para se arrumar! –Saí do quarto, já pronta, e indecisa.
- Como estou?!
- Maravilhosa! –Respondeu, de queixo caído. –Valeu muito a pena ter esperado! Podemos ir agora?

Saímos e, quando chegamos ao restaurante, tudo estava quieto demais. Olhei e sabia que estavam aprontando um susto para mim, mesmo sabendo que não poderia levar susto. Me preparei e, de repente, pularam e gritaram:
- SURPRESA! –Todos estavam ali. Sabia que eles fariam isso, mas fiz minha melhor cara de surpresa.

A festa estava bem animada! Estava ansiosa para saber logo o sexo do bebê e só quem sabia era Rimena.
- Bom, chegamos na melhor parte da festa! E não é a hora de comer, pois todos já comeram bastante! –Rimena e suas gracinhas!
- E que hora é esta, filha? –Perguntou pai.
- A hora de sabermos se será neta ou neto que você terá! Bom, como todos já sabem, apenas eu sei! Mary, Amin, venham para cá!
Nos aproximamos da mesa e, dando pulinhos, a doidinha continuou:
- Ai, parece que sou eu a grávida! Aliás, também sou!
- Você precisa lembrar disso agora, Rimena?! –Perguntou papai, fazendo todos rirem um pouco. Ele não riu, apenas encarou Rimena bem sério.
- Desculpa aí, pai! Não resisti! Mas, vamos dar continuidade!
Tudo correu conforme foi planejado e a hora da revelação chegou!
- Segurem estes bastões e acendam ele, ao meu sinal!
- Ah, Rimena, já cortamos o bolo e nos enganou. Acendemos a luz e nos enganou também. Agora os bastões?
- Vai logo, chata! Faz o que estou dizendo. Todos contando comigo: cinco, quatro, três, dois, um! Podem acender!
Acendemos os bastões, juntos, e uma fumaça rosa invadiu toda a festa.
- SEJA BEM VINDA, MAITÊ! –Rimena gritou, agitando-se como uma doida. Minha emoção veio forte e me abracei a Amin, chorando, dizendo:
- É uma menina, amor! Nossa Maitê!
- Sim, é! Nossa princesinha!
Após sumir um pouco a fumaça e todos nos cumprimentarem decidi sentar um pouco. Minhas pernas estavam me matando!
- Está sentindo alguma coisa, minha filha?
- Minhas pernas estão pesadas e cansadas, pai. Só isso.
- Por que vocês não vão para casa? A festa já está quase se encerrando mesmo...
- Ah, Angel, queria ficar mais.
- Mas se está sentindo suas pernas doendo é sinal que precisamos mesmo ir para casa. Vamos! Ninguém vai nem notar que saímos.
- Ah não, Amin! Quero agradecer a todos que vieram! Vem! Vamos nos despedir de todos!

Fomos para perto da mesa, mas antes que eu pudesse dizer algo senti uma água descendo em minhas pernas sem que eu pudesse ter controle. Pelo que li, tinha chegado a hora!
- Amin... –Falei baixinho, só para ele. - ...chegou a hora!
- O QUÊ?!! –Ele se assustou, gritando.
- Calma! –Comecei a falar com todos. –Eu agradeço a todos que aqui estão, estou muito feliz por todos estarem aqui e se alegrarem conosco. E tenho uma notícia para dar: Chegou a hora da Maitê nascer!
Todos me olharam, uns sorrindo muito, outros com cara de espanto. Pai era um que tinha um semblante de espanto.
- Vou levá-la ao hospital agora mesmo! Angélica, vá até nossa casa e busque as coisas delas, por favor!

A história de amor mais linda que já ouvi!Onde histórias criam vida. Descubra agora