Capítulo Vinte Nove: Prisioneiros do amor!

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Conversando com Rimena falei sobre a vinda da tal Giullia para cá e a raiva que eu estava sentindo, mesmo não sabendo o motivo dela estar aqui. Rimena ficou calada o tempo todo, ouvindo, mas a resposta mesmo veio de quem eu nem sabia que estava ali...

- Mary, irmã, você precisa ouvir mais e esbravejar menos! Já parou para pensar nos motivos desta mulher estar aqui? E sobre ela ter falado da morte do marido, morto provavelmente pelo seu noivo? Alguma coisa muito grave aconteceu, mas você só está antecipando a preocupação e a raiva. Por que não espera para conversar com Amin primeiro?

- Bia! Nem sabia que estava aqui!

- O que faz aqui? -Rimena a perguntou, olhando para ela mexendo em seu closet.

- Vim pegar umas coisas minhas que havia deixado aqui. E outras que você pegou e esqueceu de me devolver! Você é mestre em fazer isso, Mena!

- É, isso tenho que concordar! Ela sempre foi assim!

- Poxa! Isso é um complô? Obrigada!

- Mary, podemos conversar? -Perguntou Amin, vindo até o quarto. Ele estava tão cheiroso que o seu perfume invadiu o quarto todo.

- Hum, cunhado! Que cheiro gostoso, em? -Rimena e suas gracinhas!

- Rimena, se feche! Parece que é besta!

- Olha só! Com ciúmes de mim? Onde vamos parar deste jeito?!

Saí com Amin para o terraço. Sentamos lá e ele, me olhando meio sério, começou a contar tudo que havia acontecido nestes dias. Zayn salvou a vida dele, matando o ex marido de Giullia, pois ao irem conversar com ela o marido não aceitou, mas armou uma emboscada para acabar com eles. Zurnyn, que não é bobo, alertou Zayn sobre o quanto aquele homem era cobra traiçoeira e este já ficou alerta. Amin não deu muita atenção por pensar que nada o aconteceria, mas infelizmente não foi bem assim que aconteceu.

A emboscada foi feita, os tiros foram dados, um acertou, de raspão, o braço de Amin, mas na queda ele acabou quebrando o pulso, por isso estava com meio braço engessado. Zayn levou um tiro no ombro, mas se recupera bem. Ele acertou duas vezes o homem, que morreu no local, sendo levado por alguns homens do Sheik, que foram chamados por Zurnyn para lá.

Após Amin me contar estas coisas eu fiquei muito assustada. Mas ainda não compreendia o por quê daquela mulher ter vindo com eles para o Brasil. Não quis perguntar, esperei ele me dizer:

- Amor, eu sei que você estranhou muito a vinda de Giullia para cá, mas para tudo se tem uma explicação. Ela teve que sair da Arábia, por que assim que os familiares do ex marido dela souberam da morte quiseram matá-la, alegando ser crime de mando. E a esposa, como sempre sabe demais, fica vulnerável nestas situações. Para não morrer ela pediu ajuda a meu pai e, com isso, assim que voltarmos para lá eles não poderão fazer nada com ela, por ser protegida do Sheik. 

- Ei, peraí, deixa eu entender uma coisa, por que você usou a palavra voltarmos para lá? Eu não vou voltar para lá! Você também não. Esqueceu?

- Amor...

- Não, Amin, não tem essa de amor! Combinamos que viria para cá dois dias após minha vinda, veio hoje, quinze dias depois, e com essa conversa de voltar? Por quê isso agora?

- Preciso depor judicialmente lá. O ex marido dela tentou contra minha vida e eu preciso ir a juízo por isso. Não irão me condenar, mas preciso fazer isso!

- Essa maldita desta mulher voltou para nossas vidas para nos infernizar, foi isso? Como pode me dizer essas coisas a poucas horas do nosso casamento? Amin, não sei o que dizer, sinceramente.

A história de amor mais linda que já ouvi!Onde histórias criam vida. Descubra agora