Capítulo Quatro: Namoro Fake, problemas a vista!

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No dia seguinte...
- Maryanna, está doente?
- Por que esta pergunta agora, Bia?
- Já viu que horas são? nove da manhã!
- É daí?!
- Uma hora dessas você já está no restaurante há tempos.
- Com certeza ela perdeu a hora sonhando com o príncipe, agora talvez até com o cavalo branco. Acertei?
- Que príncipe que nada, Rimena! Não existe príncipe nenhum.
- Ah, sim...
- O que foi que perdi? -Perguntou Beatriz.
- Você conta ou eu mesma conto?
- Contar o quê, Rimena?
- Ah, esta noite a maninha chegou muito bem acompanhada!
- Hum... Ah é, é? E quem é o sortudo? Ainda bem, em?! Já não via a hora de você se libertar de vez do mala!
- Não fale assim do Marcos por que você vai ofendê-la!
- Não ligo mais para o que falam dele!
- Ih! Vejo que, então, o outro lá é mais sério que imaginei!
- Bom, vou tomar banho por que vou a rua fazer umas compras.
- Quanto tempo não faz compras! Vamos com você! E durante a nossa saída vocês me contam sobre que assunto de outro é este!

Saí com minhas irmãs e fomos comprar umas roupas. Decidi renovar meu guarda roupas. Pai me ligou:
- Ei pai!
- Onde está?
- Estou comprando umas coisinhas para mim.
- Vai demorar?
- Pai, hoje é Sábado! Minha folga. Esqueceu? Só vou aí a noite para ver umas coisas bem rápido.
- É... Eu sei! Mas eu estou precisando de você aqui hoje. Me desculpe!
- Posso terminar aqui primeiro?
- Se não for demorar muito... Beijo, meu anjo! Não posso parar. -Pai desligou.
- É, gurias, acabou nossa diversão! Pai me convocou.

Fui para o restaurante e chegando lá percebi um clima tenso. Rodrigo estava analisando uns papéis e, quando me viu chegar, foi logo falando:
- Ainda bem que você chegou! Estava perdido aqui! E seu pai estava me colocando maluco já.
- O que está acontecendo?
- Uns empresários internacionais virão jantar aqui hoje para uma reunião. Avisaram em cima da hora. Fizeram exigências no cardápio. E seu pai endoidou de vez!
- Onde ele está?
- Foi comprar umas coisas que não tinham. Ele pediu para que assim que chegasse pegasse esses papeis para ver.
Foi uma correria só. Meu pai estava completamente agitado. O jantar dos empresários seria somente a noite, porém ele não conseguia se controlar.
- Pai, acalme-se! Vai dar tudo certo!
- E se não der? O La Rosa vai para a lama!
- Sr, não pense assim!
- Ah, rapaz, pare de me chamar assim! Eu fico ainda mais nervoso!
- Me desculpe!
- Me chame apenas de Jeff. Todos aqui já sabem disso... Mas, me diga, você conseguiu entrar em contato com o tal chef que vai nos ajudar aqui hoje?
- Sim, consegui. E deve estar chegando a qualquer instante.
- Ainda bem. Assim ficarei... -Uma mulher linda entrou no restaurante, fazendo pai ficar todo babão. - ...mais tranquilo. Olá, posso ajudá-la?
- Aqui é o restaurante La Rosa Caliente, não é mesmo?
- Bom, é isso que está escrito lá fora, não é mesmo? Mas sinto dizer que hoje não abrimos para o almoço. Somente a partir das 18:30 hrs começamos o atendimento. Volte mais tarde e terei o prazer em atendê-la pessoalmente. - Hum... Papai bancou o galanteador agora.
- Acho que está acontecendo um engano. Eu sou Angélica Rios, a chef que foi chamada para trabalhar aqui hoje.
- Como assim? Você não disse que era um chef?
- Não. Eu nem cheguei a falar. Na hora  que fui dizer que era uma mulher você me interrompeu.
- Tem algum problema eu ser mulher? Não me disseram que devia ser homem...
- Imagina! Seja bem vinda, Angélica! Eu sou a Maryanna Castro!
- Olá, Maryanna! É um prazer conhecer você. Você é Castro, deve ser a dona daqui, não é mesmo?
- Eu sou Jefferson Castro Donavan, pai de Mary e dono do restaurante. É um enorme prazer em conhecê-la, senhorita Angélica. -Meu pai a cumprimentou, beijando-a carinhosamente na mão. Ela, que pareceu ter ficado encantada com ele, ficou admirada com o gesto. Percebi que Rodrigo e eu estávamos sobrando. Chamei ele, discretamente, e saímos, deixando os dois sozinhos.
- Maryanna, eu queria mesmo ter um momento para conversar com você.
- Pode falar. Estou escutando. -Respondi, sentando em minha cadeira no escritório. Nem olhei para ele. Não sei por que, mas estava gelada por dentro.
- Bom, queria falar sobre tudo que conversamos ontem a noite!
- Sobre? Conversamos tanta coisa...
- Você pode olhar para mim, por favor?! -Era o que mais temia! Respirando fundo o olhei. -Ah! Assim está melhor!
- Rodrigo eu...
- Me deixe falar, por favor, senão perco o raciocínio. Sabe, você me falou umas coisas que me deixaram intrigado.
- Vá direto ao ponto, Rodrigo!
- Calma! Senão posso te assustar.
- Pare de gracinhas! Não percebe que estamos atolados de serviço hoje?
- Bem, o que eu quero saber é...- Meu pai entrou no escritório naquele momento, impedindo Rodrigo de falar.
- Minha filha, preciso que vá ao banco para mim! Com urgência!
- Sim, pai. Vou agora!
- Levo você!
- Não mesmo! Você precisa me ajudar aqui. Para quê vai ficar saindo se a Mary vai resolver tudo?
Me levantei, pegando minha bolsa. Passei perto dele, dizendo:
- Depois você me diz o que queria dizer, ok?
- É muito importante! Só um minuto.
- Ela não tem nem meio minuto! -Respondeu papai, já longe do escritório.
- Acalme-se! Pelo visto vamos ficar aqui até altas horas, como ontem. Você terá tempo de me falar. Agora deixa eu ir por que não gosto de dirigir correndo. -Salva pelo banco!

A história de amor mais linda que já ouvi!Onde histórias criam vida. Descubra agora