Capítulo Nove: Você é minha princesa!

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Viajei para Arábia Saudita ao lado de Zayn, que queria me agradar de todas as formas. Seu pai, muito observador como Said, chamou Zayn até uma outra parte do jatinho para conversarem, me deixando ali com Said. Este, tirando seus óculos escuros bem lentamente, como se estivesse me analisando, perguntou:
- Me diga, moça, qual é a sua intenção com meu irmão?
- Minha intenção?
- Você entendeu bem o que quis dizer, não se faça de boba! Quero saber se você vai ser mais uma das milhares que se deitam com meu irmão ou pretende tentar dar um golpe em meu pai através dele?
- Como é que é?! Não entendi por que me julgas! Nem me conhece e me julga como interesseira?!
- Não, não se ofenda! Apenas quero saber onde meu irmão está indo. Uma coisa posso afirmar para você, tirando as esposas dele que para ele não podiam ser tocadas por ninguém sem ser ele, as outras que passaram na cama dele ele distribuiu a mim para pegar um "pedacinho" que seja. Quem sabe com você não será diferente? - Não pude resistir e enfiei um tapa bem dado no meio do rosto dele. - Ora, sua vadia! Como ousa tocar em mim?! Meretriz maldita!
- Você acha que sou o quê, seu asqueroso? Não sou uma vagabunda não, viu?! Você me respeita, seu idiota!
- Vou cuidar para que seu castigo seja muito severo ao chegarmos no meu país! Pode apostar! Abusada! Me batendo!
- E se não calar a boca te dou outro tapa!
- Ah é? Vem! Bate aqui, ó! Mas bate com força, bastante força mesmo, por que eu vou ter o prazer de acompanhar o seu castigo bem de perto! Talvez até me anime para levar você para o meu quarto depois do seu castigo!
- Ora, seu... - Levantei a mão para embolachá-lo novamente, mas desta vez ele segurou meu pulso, apertando bem forte. - Me solte seu imbecil! Está me machucando!
- Você ainda não viu nada, meretriz! Vou quebrar seu punho para nunca mais você ousar levantar a mão para mim novamente!
- Me solte! Eu vou gritar!
- Grite. Não tenho medo de suas ameaças! Pode gritar a vontade! Você vai aprender que um árabe não se trata como um cão sarnento! - Já estava quase chorando devido a dor do meu punho quando o Sheik e Zayn voltaram.
- Solte-a, Said! Isso é uma ordem! -O Sheik falou, bravo. Antes que ele atendesse o pai Zayn pulou sobre ele como uma onça furiosa, fazendo com que ele me soltasse e eu caí no chão, bem aos pés do Sheik. Ele estendeu a mão, me pondo de pé sem fazer muito esforço. Forte ele, assim como o filho. Viu que eu chorava e, sem perceber o que fazia direito preocupado com os dois, ficou abraçado comigo, tentando me acalmar. Zayn e Said estavam se esmurrando e os seguranças apareceram para separá-los, sem muito sucesso.
- akhrs! hady! alana! (Calem! Quietos! AGORAAA!) -Os dois, já no chão, pararam de se esmurrar, olhando para o pai, com um semblante fechado. Zayn olhou para mim, que chorava ainda nos braços do Sheik. Largou o irmão e veio correndo para o meu lado, querendo segurar meus braços, perguntando:
- thamin... la aryaduk 'an tubki. (Preciosa... Eu não quero que você chore.)
- Se afaste de mim! -Falei, no impulso.-Não quero que me toquem!
- Calma, Mary! Sou eu, Zayn!
- zulika , khudha alanisat maryana litahdiatiha! 'aetuha alshshay min alwurud waitarikaha tartahun. (Zuleika, leve a senhorita Maryanna para acalmá-la! Dê-lhe chá de rosas e deixe-a descansar.) Vá com ela, senhorita! Ela te dará um chá para lhe acalmar. 'iinaha la tatahadath alearabiatu! aldurdishat biallughat alburtughaliat. (Ela não fala árabe! Converse em português.)
- Sim, senhor! Vamos, senhorita?
Saí dali, olhando para Zayn, que estava com uma expressão séria. Falei para ele, mais calma:
- Zayn, não brigue mais!
- Sim, meu anjo! Pode ir tranquila! -O Sheik estava ao lado dele e observou aquele modo como falávamos um com o outro.
- Agora nós...! -Falou ele, ainda irado.

No outro lugar onde a Zuleika me levou...
- Senhorita...
- Maryanna. Pode me chamar de Maryanna!
- Perdão, senhorita, mas não posso chamá-la pelo primeiro nome!
- Como?!
- Nós árabes não podemos conversar com as pessoas as chamando pelo primeiro nome.
- Somente o sobrenome que conta. Já me disseram isto. Mas eu insisto, pode me chamar de Maryanna sim. Se brigarem com você eu me responsabilizo.
- Como quiser, senhori... -A olhei de forma duvidosa e ela continuou: - Maryanna! Gostaria de saber se quer cookies de chocolate para acompanhar seu chá?
- Não. Somente o chá para mim já está bom.
- Sente-se ali naquela poltrona.
- Me faz companhia no chá?
- Não, senhorita, me perdoe, mas não posso. Estou servindo e o Sheik não gosta que tenhamos contato. Ele é muito rigoroso. Qualquer coisa é só me chamar. Com licença! -Ela saiu e eu, ficando ali sozinha, não conseguia acreditar em como tudo iria ser transformado daqui para frente. Só não sei se iria me adaptar e gostar de tal mudança.

A história de amor mais linda que já ouvi!Onde histórias criam vida. Descubra agora