↳ ❝ [𝗔𝗟𝗟 𝗬𝗢𝗨𝗥𝗦] ¡! ❞
( ᴠɪɴɴɪᴇ ʜᴀᴄᴋᴇʀ )
❝Fazes demasiadas perguntas, Viv. Prefiro ouvir os teus gemidos.❞
↬ Vinnie e Vivian possuem uma amizade reforçada por sexo, à base de provocações, tensão sexual, manipulação e luxúria.
Vi...
A mãe de Vinnie é bastante atenciosa, no casamento falou conosco, oferecendo-nos sorrisos simpáticos, o seu tom é doce e os seus olhos são praticamente iguais aos de Vinnie.
— Vinnie! — Desvio o olhar de Maria para o homem que para ao seu lado, rodeando a sua cintura com um braço e sinto Vinnie ficar tenso numa questão de segundos.
— Paul. — Murmura perante o seu padrasto e Maria engole um seco parecendo ficar nervosa com a interação destes. Engulo um seco, pois sei que neste momento, o loiro se está a conter para não perder a calma.
— Ainda bem que vieste ao casamento, espero que saibas que as minhas intenções com a tua mãe são as melhores e-
Antes que Paul possa acabar de falar, o loiro vira costas e caminha na direção da saída do evento, deixando-nos para trás perplexos a olhar para ele.
Suspiro sentindo as minhas bochechas arderem e por segundos não sei o que fazer ou o que dizer.
Estava tudo a correr tão bem...
— Peço desculpa, eu vou ter com ele. — Digo, engolindo um seco sentindo-me nervosa e envergonhada. — Os meus parabéns, o casamento foi lindo. — Continuo e pouso uma das minhas mãos no braço de Maria, assim que me apercebo que lágrimas se formam nos seus olhos. — A Maria está simplesmente linda. Hoje é o seu dia. — Finalizo antes de ir embora e a mesma agradece-me com um pequeno sorriso.
Saio do evento e pego no telemóvel enviando mensagens a Vinnie para lhe perguntar onde está, porém, quando ele demora mais de 5 minutos a responder bufo frustrada e decido procurá-lo no estacionamento.
Solto um suspiro de alívio assim que o encontro, o mesmo está encostado ao carro a fumar um cigarro, parecendo extremamente irritado.
— Hey. — Falo parando à sua frente e o mesmo olha-me durante uns segundos sem se dar ao trabalho de responder. — Estás bem? — Insisto aproximando-se e ele atira com o cigarro para o chão, desviando-se de mim.
— Vamos para o hotel. — Ordena num tom frio e arrogante e embora contrariada, acabo por decidir não o pressionar. Entro no carro e ponho o cinto olhando-o atentamente. Quando ele liga o carro sem sequer me olhar e trava o maxilar, apercebo-me que já não estou a lidar com o Vinnie pelo qual me apaixonei.
Em vez disso, estou a lidar com o Vinnie Hacker. O mesmo imbecil que percorria os corredores da universidade a achar que era melhor que todos, o mesmo imbecil que fodia todas as mulheres que podia e depois as descartava, o mesmo imbecil que me magoou vezes sem conta com palavras rudes e gélidas.
Respiro fundo tentando-me manter calma e desvio o olhar de si para as ruas pelas quais passamos. A viagem até ao hotel é rápida e um silêncio intenso predomina dentro do carro deixando-me nervosa e desconfortável.
O meu estômago revira e neste momento quero ir embora e voltar para ao pé das minhas amigas.
— Podes pelo menos falar comigo? — Questiono-o assim que entramos no hotel e o mesmo chama o elevador.
— Falar sobre o quê? Não há nada para falar, Vivian. — Responde arrogantemente e ambos entramos dentro do elevador quando este abre.
— Achas que não há nada para falar? — Insisto, começando a sentir-me irritada com o seu tom de voz. Eu sei que não deve ser fácil para ele mas eu também tenho os meus problemas e não descarrego em cima dos outros.
— Sobre o que é que queres falar? — Explode e vira-se para mim caminhando na minha direção, dou alguns passos atrás engolindo um seco e assim que as minhas costas embatem contra uma das paredes do elevador, suspiro baixo. — Porque é que estás a tentar apoiar-me e consertar-me? Eu sou assim Vivian, este é o verdadeiro Vinnie e se não gostas então podes-te ir embora, porque eu estou farto disto tudo. — Aproxima as nossas faces gritando, os seus olhos estão mais escuros e o seu comportamento assusta-me. — Não preciso da tua ajuda, faz um favor a ti mesma e afasta-te de mim. — Rosna e eu mordo o meu lábio inferior tentando conter as lágrimas que se formam nos meus olhos, odeio que gritem comigo. — Não pareces tão dedicada a tentar conversar agora, pois não? — Ironiza afastando-se de mim e lança-me um olhar carregado de desprezo, saindo do elevador assim que as portas deste se abrem.
Por muito que queira, não me consigo mexer. Os meus pés estão colados ao chão e assim que Vinnie vira costas sinto o meu corpo começar a tremer, a minha respiração torna-se irregular e o meu peito aperta.
Não, não, não.
Preciso de sair daqui.
Solto um suspiro trêmulo assim que as portas do elevador voltam a fechar, deixando-me sozinha dentro deste e levo as minhas mãos à cara tentando manter a calma.
Odeio que gritem comigo pois isso traz-me memórias de acontecimentos do passado, o que provoca em mim ataques de pânico.
Assim que as portas do elevador voltam a abrir, saio disparada de dentro deste, caminhando o mais rápido que posso até a saída do hotel.
— Estás tudo bem? — Oiço uma das recepcionistas falar comigo mas agora estou demasiado focada em tentar evitar o ataque de pânico que parece estar prestes a acontecer.
O ar fresco da rua embate contra o meu corpo, fazendo-me relaxar ligeiramente e encosto-me a uma das paredes do hotel recuperando a minha respiração.
Levo as minhas mãos à minha cara respirando fundo e após alguns minutos, começo a sentir-me ficar mais calma. Um sensação de alívio percorre-me, pois sei que consegui travar um ataque de pânico antes que este começasse e decido desencostar-me da parede, pensando num possível sítio para onde poderei ir, de modo a ficar longe do hotel.
Pelo menos por umas horas.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.