➳ 18 ♥️

2.5K 225 154
                                    

Bom te ver por aqui ✨💌

(Sentiram a minha falta?????)

Muitas pessoas não leram o aviso que deixei no meu perfil sobre estar me afastando das minhas histórias para estudar para vestibulares e por isso ficaram meio perdidas, mas, sim, eu estou viva e AGE PLAY nunca foi e nem será abandonada!

(Aos que leram e inclusive comentaram coisas positivas, minha mais sincera gratidão)

Boa leitura 🤠🍭

[leia as notas finais]

|♡♡♡|

Debaixo do chuveiro, acumulo nos pulmões lenta e inconfortavelmente todo o oxigênio que consigo, em seguida soltando pouco a pouco, de olhos fechados, até que não me sobre quase nada e seja preciso uma rápida e sonora inspiração.

Não me lembro da última vez que fiz isso nos últimos dias. Não dessa forma, não com o coração leve, manso, não com a perspectiva positiva de agora sobre as noites que virão.

Agora ele sabe que eu me enganei, agora  sei que eu me enganei também e agora ambos sabemos que somos tão complicados quanto gostaríamos de ser.

Mesmo que de uma forma bagunçada, as coisas ficaram bem entre nós.

No entanto, quando insisti em uma definição mais clara para o que seria esse tal fascínio, incerto sobre sua continuidade, Jeon simplesmente alegou que eu estava sendo invasivo e não me respondeu nada a respeito.

Tudo o que sei é que, mesmo que tivesse me dado qualquer definição a respeito, não muda muita coisa. Veja bem, é óbvio que o fato de Jeon nunca ter passado de um período de trinta dias com um submisso não anula a possibilidade de já ter se envolvido emocionalmente com um, como pode estar acontecendo comigo agora, no entanto, tampouco anula também o fato de, por mais que possa ter se apaixonado alguma vez, nenhum deles estar em sua vida agora.

Por que comigo seria diferente?

Por que deveria ser?

É uma questão de lógica: o resultado que foi sempre igual tem tendência a continuar o mesmo. É quase matemático, estatístico, aritmético.

Mas, é assim que deve ser. Entre nós, nada além de um desfecho como esse pode existir e eu não devo desejar que exista.

Saio do banho, vestido com roupas quentes, para enfrentar o frio deixado pelo temporal, mas completamente despreparado para o que viria a seguir: Jeon, sentado na ponta da cama, feito um ventríloquo abandonado por seu dono parecendo me esperar.

— Santo cacete... – Sussurro, sobressaltando. – Algum problema?

Ele tira do bolso um pequeno cortador de unhas e dá dois tapinhas na coxa esquerda, despontando um sorriso pequeno e cansado.

Caminho até ele e me encaixo sem jeito em seu colo.

Sem pressa, com cuidado para não me machucar ou causar qualquer assimetria no formato, ele começa pela mão direita, deixando as unhas quase rentes às suas marcações naturais. Ouço pequenos estalos a cada movimento seu, estes sendo lentos, sensíveis, delicados. Até mesmo a forma de segurar minha mão, a maneira com a qual a ponta gelada dos dedos deslizam pelos meus em uma pressão carinhosa.

Jeon é tão atencioso e detalhista, parece ter tanto prazer em fazer coisas tão simples como essas. Me sinto mal por algum dia ter realmente acreditado que ele estivesse fingindo apreciá-las o tempo inteiro.

Sua expressão é séria, centrada e carregada de satisfação.

Coloca cada uma das dez lascas de unha em um saco minúsculo e dá um nó ao final, me entregando para que eu jogue no lixo.

AGE PLAY •. JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora