Capítulo 13 - Danilo

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Oi, gente. Estão bem? Peço desculpas pela demora, mas voltei e vou terminar o livro logo. Se ainda tiver leitores aqui, deixe o seu voto porque vou saber que leu e gostou, assim me dará mais ânimo ainda em continuar a escrever mais rápido. Boa leitura, bj.

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A Mari não era inalcançável agora.

Amei essa mulher por dois longos anos, mas amei sozinho. Nunca notei nenhum outro sentimento da parte dela, além do desprezo. Sempre pensei muito sobre a história da Ivete e os filhos.

Só não conseguia entender porque a Ivete fingia tanto nos amar, a mim e ao meu irmão e odiava os próprios filhos. Deveria ter algo de muito errado com ela.

A minha intenção era resolver essa história e talvez unir os filhos e a mãe, ou ao menos descobrir o motivo de tanto desgosto entre eles. Mas o que eu não sabia era que a história era bem pior.

A Ivete não era a mulher que contou para nós. Ela não era sozinha e indefesa nesse mundo. Depois quando comecei a procurar a verdade sobre ela e tudo foi jogado, nada mais poderia ser escondido, a Ivete ainda inventou mais uma história.

Ela nos contou que teve que se separar e o ex-marido a obrigou a deixar os filhos pra trás. Que por isso teve medo e nunca mais procurou nenhum dos filhos. Mas as suas mentiras não tem limites. Ela nunca foi proibida de ver os filhos, ela simplesmente os deixou pra trás como se nunca tivessem existido pra ela.

A partir desse dia a minha admiração e amor por ela como mãe acabou. Se ela não era capaz de amar os próprios filhos, jamais poderia sequer nos amar também.

O meu pai ficou cego por muito tempo. Ele queria a família dele de volta e achou que com a Ivete teria a felicidade que tinha com a minha mãe. Isso não aconteceu, a relação deles não era uma relação feliz.

Ninguém vive feliz sendo sugado e a Ivete apenas o usava. No fim de tudo o Yuri tinha razão, a Ivete sempre nos enganou.

As coisas estão ainda piores depois que o meu pai descobriu mais uma das suas traições. Vejo o quanto o seu olhar está cansado. Eu evitei todas as formas de conversar com a Ivete. Preferia assim a perder o pouco de respeito por ela e ser iludido por mais das suas mentiras.

Uma coisa eu precisava admitir. A mulher era boa em mentir, mas não tão boa assim porque descobrimos. Passamos muito tempo cegos pela falsa bondade dela e amor pela família que mantinha a base de mentiras só para não perder o conforto que o meu pai oferecia.

Estaríamos melhores se ela nunca tivesse entrado em nossas vidas. Talvez não tivéssemos uma família dividida.

Chegar em casa e dar de cara com a Ivete era a última coisa que queria hoje. Sempre que a via ultimamente acabava o meu bom humor. Eu ainda estava feliz por ter beijado a Mari na noite passada.

─ Não adianta fugir da sua mãe.

Ela consegue as palavras certas pra estragar qualquer coisa. E lá se vai o meu humor.

─ Você não é a minha mãe.

A única pessoa que considerei a minha mãe foi a Helena, ela me aceitou e cuidou de mim com muito amor quando o meu pai me trouxe pra casa. Eu era muito pequeno e quando o meu pai me encontrou. Eu tinha apenas seis anos e morava na rua nem lembro desde quando, talvez desde sempre.

Chovia muito e eu estava sozinho, não tinha mais os meus pais. Naquela época eu nunca soube o que aconteceu com eles, só sabia que estava sozinho no mundo.

MARIOnde histórias criam vida. Descubra agora