Capítulo 5

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Oi, como estão? Espero que gostem do capítulo. Logo posto o outro. Boa leitura, bj!

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Mesmo não gostando tive que dá o braço a torcer pelo que o Danilo fez pelo meu pai. Ele apareceu numa hora muito importante, praticamente salvou o meu pai naquela hora. Não serei tão implicante assim ao ponto de não enxergar o que ele fez, sinto que ele é bom, mas tem algo mais ali.

Agora tudo passou e o meu pai está bem melhor, ele parece outro. Fico aliviada. Quando ele tem alguma crise me sinto impotente. Agora a preocupação era outra, a dona Sofia. Acredito que ela esteja grávida, mas vi o seu medo. Conheço pouco o Lucius, mas acredito que ele acolherá muito bem a notícia, acho que a minha amiga não tem com o que se preocupar.

Mas essa demora dela em contar, eu falaria de uma vez. A Sofia sempre espera o melhor momento das coisas, só que ás vezes o melhor momento não existe, ou você vive o que precisa e faz o que tem que ser feito ou nunca saberá de nada. Já cansei de falar para aquela teimosa.

Depois do jantar os meus irmãos foram dormir e notei que o meu pai estava um pouco inquieto. Ele tentava disfarçar, mas o conheço bem e sei que alguma coisa estava diferente.

— Mari?

Ele me chamou e sentei ao seu lado.

— Cuida dos seus irmãos.

— O que?

Essa conversa estava muito estranha. Não estava gostando.

— Quero que sempre fiquem unidos.

— O senhor sabe que nunca vou abandoná-los.

Não existia nada nesse mundo que me fizesse ficar longe deles. O meu pai parecia verdadeiramente tenso. Ele não tinha o que se preocupar, os meus irmãos sempre seriam prioridade me minha vida, assim como ele.

— Eles podem não ser os meus filhos.

Fiquei em choque. Enquanto a notícia era absorvida não tive reação.

— Isso é alguma brincadeira?

Tentei rir, mas o meu coração começava a partir e o que ele confirmasse me destruiria.

— Nunca falaria algo assim se não fosse sério. A Ivete me traiu muitas vezes e entre uma dessas traições ela apareceu grávida, mas não acredito que... — ele suspirou — Eles são os meus filhos. Cuidei dessas crianças, alimentei, dei amor. Não é um sangue que fará a diferença.

Eu já chorava há muito tempo. Aquela mulher mesmo depois de tanto tempo ainda consegue ferir o meu pai.

— Como? Eu não consigo entender... Tem certeza?

— Infelizmente sim. A própria Ivete disse isso.

Por uma vez decidi ser boba e fingir que nada disso era doloroso.

— Ela pode ter mentido. É bem a cara dela, pai.

Ele tentou me acalmar segurando as minhas mãos.

— Não, a Ivete nunca pouparia os sentimentos de ninguém, muito menos os meus. Ela adorava me machucar. Ela falou que não eram os meus filhos, eles são do Augusto.

O meu padrinho.

— Calma. Não... — a minha cara era de confusão, de descrença.

— Tudo isso é possível.

MARIOnde histórias criam vida. Descubra agora