MARI

Capítulo 2

Olá, estão bem? Mais um capítulo. Boa leitura, bj!

________

Ainda estava engasgada com a maldade da Monique com a própria irmã. A Sofia não merecia metade das coisas que passava na vida, principalmente com a Monique. Ela deveria levantar as mãos e agradecer por ser irmã da Sofia, uma mulher integra, boa e tão esforçada na vida.

A Monique é tão ruim que acha que só ela deve ter sonhos e realizá-los. A Sofia que se dane, serve apenas para ser o seu burro de carga, trabalhando dia a dia sem descanso para sustentá-la. Mas já cansei de dizer que deve ir atrás dos sonhos dela.

Muitas coisas me irritavam na Monique. Primeiro seria a sua falta de vergonha na cara, mas tinha algo pior, ela não incentivar a Sofia a buscar os seus sonhos, me deu pena a primeira vez que a Sofia foi mostrar uma tela, a primeira que pintou, ela estava tão animada e orgulhosa.

Mas tudo o que a Monique fez foi dizer que era feio e ela deveria parar de brincar com isso. A Sofia ficou tão magoada, vi a sua tristeza e aquilo me fez senti tanta raiva da Monique.

Agora mais essa de mentir pra Sofia e sair de casa pra morar com o noivo. A gente nem sabia que aquela peste tinha alguém. Mesmo a minha amiga sofrendo acredito que ficará bem, ela vai passar por isso.

Pedi que ficasse com a gente lá em casa, mas ela disse que só ocuparia espaço e não queria dar trabalho. Ela sempre me ajudou tanto que o que eu fizesse era mínimo ainda.

Pelo menos a situação melhorou porque venderia umas telas e ainda trabalharia num projeto, achei ótimo. Sei do potencial dela e que logo terá reconhecimento.

Organizava umas roupas do meu pai no guarda roupa quando uma caixa que eu nunca vi caiu no chão. Dentro tinha várias fotos dele e a Ivete. Ele ainda guardava as recordações em foto que teve com ela, isso é tão triste. O meu pai nunca mais teve alguém. Só vive para cuidar da gente.

Acho que a sua decepção foi tão grande que o deixou sem esperança. Mas queria que achasse uma boa pessoa e fosse amar outra vez, com aquela bruxa pode ter dado errado, só que existem pessoas melhores no mundo.

Ele é um homem tão bom, merecia amar e ser amado.

Eu nunca perguntei como ele se sentia sobre esse abandono, acho que ninguém fez isso.

— Mari?

O meu pai entrava no quarto e olhou para a caixa na minha mão.

— Ainda guarda? — falei sobre as fotos. Se fosse eu teria posto fogo. Cortei a Ivete de todas as minhas fotos, não podia bani-la de nossas vidas, mas a cortaria das minhas recordações, isso era o mínimo. E ninguém tiraria de mim.

— Sei que não deveria.

O abracei.

— São as suas lembranças. O senhor pode fazer o que quiser. Guarde ou jogue fora, o importante é estar bem. — toquei o peito dele.

— Obrigado por ser tão compreensiva, filha. — me apertou em seus braços.

— Não se arrependa por guardar essas fotos, essa é a sua historia.

— Mas a Ivete está nela.

— O senhor superou a decepção e a traição depois de todo esse tempo?