Capítulo 8

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Hoje acontecia a exposição e a Sofia fez questão que eu estivesse com ela, nunca recusaria estar nesse momento ao seu lado. Era especial pra ela e era pra mim também, a conquista dela me deixava realizada também por ela, a minha amiga merece muito, ainda mais agora que está grávida.

Eu não achava certo que não contasse ao Lucius sobre o bebê, tentei falar diversas vezes, mas a Sofia estava bem decidida sobre esse assunto, eu não gostava, não achava certo, mas só podia apoiá-la mesmo numa péssima decisão.

Sei que lá na frente isso custará muito a ela e ao bebê também, num momento de raiva ou desespero nem sempre conseguimos enxergar as coisas por outro lado. Mas isso só o futuro poderá dizer sobre perdas e arrependimentos, que ela não sofra por essa decisão e o mais importante, que o bebê não pague pelo peso das decisões dela também.

A noite estava boa, mas como nada dura pra sempre tinha que aparecer a Monique. Sei que se aproximou somente pra dizer alguma coisa que deixasse a Sofia mal, é só pra isso que ela serve.

Odeio como ela desdenha da irmã, não consegue ficar feliz por nenhuma realização dela. A Monique sempre foi ruim e invejosa, a Sofia é uma pessoa maravilhosa e não merecia esse carma, mas não posso falar nada, tenho a Ivete na minha vida também.

De familiar ruim eu entendo bem, com uma cobra como mãe eu não precisava mais de inimigos. Mas nem sempre tudo é fácil nessa vida e as coisas surgem para testar a nossa paciência nesse mundo.

Discutir com a Monique já era algo comum entre nós duas. Eu adorava colocar essa ingrata no lugar dela. A Monique é tão cínica que disse ainda que eu deveria superar o fato dela ter ficado com o meu ex, o Bruno.

Graças a Deus e a minha vergonha na cara que nunca mais pensei nesse homem. Ela quem deveria superar essa história e seguir a vida dela. Mas já sei qual é a dela, é só perturbar mesmo, não gosta de ver ninguém bem.

Depois que ela saiu eu pensei que tudo não podia piorar, mas o Danilo veio do nada pedindo para falar comigo. Esse homem não cansa.

— Outro diabo. — tentei fingir que ele não estava ali.

Nunca confiei no Danilo e depois de saber que ele é metido com a Ivete, tomei mais distância ainda dele, prefiro assim, melhor que ser manipulada mais uma vez por esses dois.

— Sofia, você pode nos dar um minuto, por favor?

Ah, Danilo, não teste a minha paciência hoje porque sobrará pra você e vai merecer ainda.

— Quem é você pra fazê-la sair? — fui logo grossa pra ver se ele se tocava e ia embora — Eu não quero falar com você. Juro, Danilo, tenho a vontade de grudar em seu pescoço.

— Sofia? — mas que audácia desse homem insistindo outra vez pra minha amiga sair.

— Não se mexa.

— Vou ou não? Pelo amor de Deus decidam.

— É sobre a sua mãe. Só cinco minutos, Mari. E se depois nunca mais quiser falar comigo sumo da sua vida.

Oh!!! Que suma mesmo.

— Já aumentou? Não era um minuto?

— Estarei lá dentro e você ouve o que ele vai dizer. — a Sofia disse — Se ele te encher a paciência me chame, estou do outro lado da janela. Dali, estou de olho em você e vejo muito bem.

MARIOnde histórias criam vida. Descubra agora