Olá, estão bem? Espero que gostem do capítulo, boa leitura. Bj!
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Já fazia alguns dias que um visitante muito assíduo vinha ao bistrô. Danilo. Sempre podia sentir os seus olhos em mim durante o trabalho, não era tão ruim assim tê-lo aqui.
Talvez se eu fosse um pouco mais corajosa admitiria que fosse bom, mas agora precisava finalizar mais um prato ao invés de pensar nele, ainda precisava trabalhar.
Quando o movimento diminuiu um pouco, decidi ir até o salão para ver se todos estavam bem. A Sofia vive dizendo que a minha comida é muito boa, mas é bom às vezes a gente saber se está agradando.
Assim que entrei vi o Danilo, hoje ele parecia mais triste que os outros dias. Fiquei... Não sei explicar, mas vê-lo com o olhar triste me tocou. Fui até a sua mesa.
O seu prato ainda estava praticamente intocado.
─ Está tão ruim assim? ─ apontei na direção do prato a sua frente.
Nunca vi o Danilo tão distante assim. Precisei repetir.
─ Desculpa, Mari. ─ tentou sorrir ─ Está maravilhoso como sempre.
─ O que acontece?
Sim.
Porque alguma coisa deveria estar acontecendo. O Danilo sempre foi muito sorridente e alegre, hoje estava assim. Se a minha intuição não tivesse falhando, eu diria que tem não só o dedo da Ivete como as mãos pelo meio disso.
Continuei olhando pra ele.
─ O de sempre.
Tive que sorrir.
─ Mari? ─ a minha auxiliar me chamou ─ Com licença.
─ Sim, Ana.
─ Pode ir a cozinha um minuto?
─ Sim, já estarei lá. ─ me virei para o Danilo ─ Ainda terminaremos essa conversa.
Antes de entrar na cozinha vi que ele começava a comer.
Nunca imaginei ver a minha cozinha numa bagunça como aquela. A segunda auxiliar, a Julia, chorava muito olhando para o celular. Os outros tentavam consolá-la, mas tudo parecia em vão.
Pedi que ela me acompanhasse até a minha sala. Precisava entender o que acontecia. Sai somente por dois minutos e quando volto tudo está de pernas pra o ar.
Não acho que o problema dos meus funcionários é apenas deles, acho que se puder fazer alguma coisa pra melhorar, eles sempre poderão contar comigo. Às vezes o que mais precisamos é de uma mão amiga e palavras de incentivo, e agora queria saber o que aconteceu com a Julia para ajudá-la.
─ Vamos nos acalmar e voltar ao trabalho.
Pedi que todos se concentrassem em suas atividades porque o bistrô ainda não tinha fechado e tínhamos clientes para atender.
Mal entramos na sala e a Julia já chorava muito.
─ Se você puder me contar o que aconteceu talvez possa te ajudar.
Peguei um pouco de água pra ela.
─ Não quero perder esse emprego.
─ Por que perderia?

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MARI
Romance*** Se quiser leia o livro Imperfeito Amor para saber mais sobre o início da história da Mari*** Mari foi abandonada quando criança pela mãe. Ela nunca entendeu os motivos não ditos para isso, o sumiço repentino e a ruptura da sua família. Desde que...