Capítulo 14

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Olá, estão bem? Espero que gostem do capítulo, boa leitura. Bj!

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Já fazia alguns dias que um visitante muito assíduo vinha ao bistrô. Danilo. Sempre podia sentir os seus olhos em mim durante o trabalho, não era tão ruim assim tê-lo aqui.

Talvez se eu fosse um pouco mais corajosa admitiria que fosse bom, mas agora precisava finalizar mais um prato ao invés de pensar nele, ainda precisava trabalhar.

Quando o movimento diminuiu um pouco, decidi ir até o salão para ver se todos estavam bem. A Sofia vive dizendo que a minha comida é muito boa, mas é bom às vezes a gente saber se está agradando.

Assim que entrei vi o Danilo, hoje ele parecia mais triste que os outros dias. Fiquei... Não sei explicar, mas vê-lo com o olhar triste me tocou. Fui até a sua mesa.

O seu prato ainda estava praticamente intocado.

─ Está tão ruim assim? ─ apontei na direção do prato a sua frente.

Nunca vi o Danilo tão distante assim. Precisei repetir.

─ Desculpa, Mari. ─ tentou sorrir ─ Está maravilhoso como sempre.

─ O que acontece?

Sim.

Porque alguma coisa deveria estar acontecendo. O Danilo sempre foi muito sorridente e alegre, hoje estava assim. Se a minha intuição não tivesse falhando, eu diria que tem não só o dedo da Ivete como as mãos pelo meio disso.

Continuei olhando pra ele.

─ O de sempre.

Tive que sorrir.

─ Mari? ─ a minha auxiliar me chamou ─ Com licença.

─ Sim, Ana.

─ Pode ir a cozinha um minuto?

─ Sim, já estarei lá. ─ me virei para o Danilo ─ Ainda terminaremos essa conversa.

Antes de entrar na cozinha vi que ele começava a comer.

Nunca imaginei ver a minha cozinha numa bagunça como aquela. A segunda auxiliar, a Julia, chorava muito olhando para o celular. Os outros tentavam consolá-la, mas tudo parecia em vão.

Pedi que ela me acompanhasse até a minha sala. Precisava entender o que acontecia. Sai somente por dois minutos e quando volto tudo está de pernas pra o ar.

Não acho que o problema dos meus funcionários é apenas deles, acho que se puder fazer alguma coisa pra melhorar, eles sempre poderão contar comigo. Às vezes o que mais precisamos é de uma mão amiga e palavras de incentivo, e agora queria saber o que aconteceu com a Julia para ajudá-la.

─ Vamos nos acalmar e voltar ao trabalho.

Pedi que todos se concentrassem em suas atividades porque o bistrô ainda não tinha fechado e tínhamos clientes para atender.

Mal entramos na sala e a Julia já chorava muito.

─ Se você puder me contar o que aconteceu talvez possa te ajudar.

Peguei um pouco de água pra ela.

─ Não quero perder esse emprego.

─ Por que perderia?

MARIOnde histórias criam vida. Descubra agora