Exacerbado Rokudaime Hokage

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Eu conseguia sentir os olhos dele acariciarem minha pele.

Era como se ele não precisasse me tocar. Eu podia sentir, passeando, analisando e deslisando por cada canto.

Uma presa fácil.

Eu conseguia vê-lo engolir com dificuldade e respirar fundo diversas vezes. Ele era uma perfeita perdição.

Eu já não tinha mais a habilidade de fala, tudo o que eu conseguia fazer era sentir as mãos dele sobre a minha cintura e o calor que vinha dele.

Ele me apertou um pouco mais seguido de um longo suspiro e eu ofeguei, entreabrindo os lábios para que o ar pudesse sair mais fácil.

O que estava acontecendo?

Tudo o que eu sabia fazer naquela hora era me manter apoiada na mesa, tentando não cair por causa da fraqueza que eu estava sentindo e não implorar para que continuasse o que quer que ele quisesse fazer.

O cheiro do perfume, o peito dele subindo e descendo debaixo daquele maldito colete. Estava a alguns sentimentos da loucura completa e eu não me importaria em me deixar enlouquecer.

Por pouco pude sentir a respiração dele sobre a minha pele, por pouco eu poderia sentir os músculos dele por baixo de todo aquele pano.

Eu queria tocá-lo.

— Rokudaime... — Eu suspirei, mas não sabia se era um pedido para que me soltasse ou se era um gemido para que ele avançasse.

Se era errado ou não, tudo o que eu queria era puxa-lo pelo colete, arrancar aquela maldita máscara e...

Não se iluda assim, Ume.

Eu realmente não podia me iludir assim, ao menos parte de mim ainda estava sóbria de todo aquele desejo que comecei a sentir por ele.

Eu, desejando o homem que era desejado por todas. Desejando o homem que podia ter qualquer uma das mulheres de Konoha.

Suspirei outra vez, conformada com a minha posição dessa vez.

Eu precisava afastá-lo.

Me apoiei apenas em uma das mãos e toquei o peito dele por cima do colete, mesmo com aquela camada grossa, era fácil sentir como ele era forte, treinado, tão firme e quente... por pouco eu estava me perdendo na tentação que era tê-lo tão perto.

— Ume... Eu... — Ele quase ronronou, com a voz rouca e abafada por causa da máscara.

— Rokudaime-Sama! — A voz de Nara ecoou por trás da porta.

A sala estava tão quente e eu estava tão inerte ao mundo lá fora que foi difícil entender o que realmente estava acontecendo. O Rokudaime soltou um longo suspiro antes de apertar minha cintura uma outra vez e deixou as mãos deslisarem por minhas coxas até a barra que estava ligeiramente erguida por causa da posição.

Ele apertou a minha pele livre do tecido e fechou os olhos, eu ofeguei por causa do contato e meu mundo virou do avesso.

Eu o queria, ali e sem medo. Eu o queria tanto que nem mesmo minha vergonha seria um empecilho. Eu o queria até que ele se cansasse de mim e esquecesse de me procurar. Até que minha alma quebrasse.

Não, não, não, não, não, não, não!

Ele se afastou, deixando um rastro de fogo na pele das minhas coxas. Mas batiam com insistência na porta e foi exatamente isso que me trouxe ao mundo real, onde aquilo não poderia mais acontecer, onde eu nunca teria uma chance de ter mais do que aquilo.

Me impulsionei para longe da mesa, mesmo de salto precisei me jogar para alcançar o chão. Abaixei a barra do vestido que acabou subindo muito mais do que era para subir e abotoei os botões do decote. Kakashi apenas deu a volta na mesa e recolocou a bandana enquanto se acomodava não cadeira.

Ume - A Paixão de KakashiOnde histórias criam vida. Descubra agora