Capítulo X

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Acordo com uma mão alisando meu cabelo, a mão dela. Abro meus olhos e vejo ela sorrindo para mim, eu sorrio de volta.

—Bom dia amor. –fala

—Bom dia pequena. – falo

—Eu estava pensando...

—Você pensando? Milagres existem realmente. –falo a interrompendo e recebo um tapa. –Aí, amor.

—Cala a boca e escuta. Eu estava pensando que nós poderíamos fazer um piquenique na beira do lago hoje, o que acha?

—Meu amor, você não pensa muito. Mas quando pensa... Incrível. – ela me mostra a língua e me beija. –Mas agora vamos comer por favor, estou morrendo de fome.

—Vamos. Mas antes... Um banho.

—Banho é bom. Amo tomar banho, se você estiver comigo então... Fica perfeito. –ela sorri e vamos para o banheiro.

Ela tira a roupa  e eu tiro a minha, Meu Deus meu coração não aguenta. Fico a olhando e ela liga o chuveiro eu vou atrás e "gentilmente" a jogo na parede e a beijo.

O que aconteceu depois disso não é necessário eu dizer.

Depois do banho, nos trocamos e descemos para tomar café. Estela, preparou um verdadeiro banquete, estava tudo delicioso. Fomos para a sala assistir um filme de terror que eu amo, premonição.

—Ai amor, que horror. Tanta gente morrendo, credo. Não quero mais ver isso. –fala Lara, se levantando e desligando a TV.

—Não acredito, logo agora que a mulher ia morrer com os olhos abertos e...

—Para, eu não quero saber. Que nojo.

—Está bem moça, calma. Não vou mais falar. –falo rindo. – agora vem cá.

—Acho bom mesmo.–ela vem e senta no meu colo.

Passamos toda a manhã conversando, rindo e nos beijando, claro. Chega a hora do almoço e comemos, depois mais filme, só que agora ela que escolheu. Pica pau, eu mereço.

—Sério que você gosta disso? –falo.

—Sim. Eu só tenho 16 anos. Gosto de desenhos.

—Pessoas com 16 anos não assistem isso.

—Eu assisto. Agora cala a boca que essa é a parte que o Leoncio dá gelo no pica pau.

—Se bobiar já decorou as falas. –sussuro para que ela não escute.

Leoncio, por favor, fala comigo.

—Sério isso? Até as falas?–começo a rir.

—Para de ri. –faz bico e depois ri comigo.

As horas vão se passando e já são 5hrs da tarde. Vou na cozinha e pego uma cesta e ponho um lanche. Pego uma toalha e nós vamos para a beira do lago. Estendo a toalha e ponho a cesta em cima, me sento e ela senta entre as minhas pernas.

—Juh?

—Oi?

—Quanto tempo isso vai durar?

—Quando a comida acabar e o sol se pôr.

—Não o piquenique, a gente.

—Eu não  sei. Talvez uns dias, alguns meses ou anos, mas eu prometo que vai ser eterno enquanto durar e vou te amar cada segundo que se passar.

—Eu te amo.

—Eu sei. Também te amo.

—Eu sei. –e nos beijamos.

Quando deu 6hrs voltamos para casa. Chamamos a Estela e o marido dela que é o caseiro e seus dois filhos e começamos a brincar de mímica. Foi uma noite muito divertida.

Depois fomos para o quarto, dormir. Mas é dormir mesmo, não pensem besteira.

Pena que já esteja chegando a hora de voltarmos para casa, aqui está tudo perfeito.

POV*LARA*

Está tudo tão maravilhoso. O pedido de namoro, o piquenique, as brincadeiras. Ela é perefeita. Pena que amanhã temos que voltar para casa. Afinal, amanhã já é domingo e segunda eu tenho que ir para o colégio e Júlia tem que ir para a faculdade.

Depois de brincarmos de mímica com Estela, Ricardo e seus dois filhos, Carol e Carlos, vamos dormir.

Eu apoio a minha cabeça no peito de Júlia e dormimos feito dois anjos.

POV*JÚLIA*

—Lara, bom dia, está na hora de acordar.

—Só mais um pouco.

—Não, já chega. Vamos, temos que aproveitar as nossas últimas horas aqui. Além disso, nossas malas estão todas bagunçadas, temos que arrumar.

—Está bem. –levanta resmungando.

Depois de organizar as nossas malas, nós vamos para o lago, eu amei esse lugar. Começo a tirar a roupa.

—O que está fazendo sua louca?– pergunta Lara.

—Vou mergulhar, você não vem?

—Mas nem trouxemos toalha, nem estamos de biquíni, vamos pegar um resfriado.

—Não importa, isso não tem preço. Vem! –falo e mergulho.

Ela tira a roupa, ficando de sutiã e calcinha, como eu. Ela corre e pula na água, aquela hora, a água estava morna, perfeita para um banho.

Depois saimos da água e deitamos na grama e ficamos olhando o céu.

—Viu? Estamos quase secas. –falo quebrando o silêncio.

—Não, não estamos. –fala e eu riu.

Levantei e a ajudei, nos vistimos e a puxei para uma árvore linda, não sei do que é. Mas ela era diferente, seu tronco enorme e cheio de vida, seus galhos ramificados, suas folhas avermelhadas. Pego um canivete que tinha em meu bolso e a olho, ela ri. Me viro para a árvore e escrevo os nossos nomes nela.

—Essa árvore simboliza o nosso amor. Grande, forte, puro e verdadeiro. Eu vou te amar enquanto durar.

—Eu vou te amar até o meu último suspiro de vida. –nos abraçamos e sentamos encostadas na árvore.

Passamos lá o resto da manhã. Uma da tarde fomos para a casa e almoçamos com o Ricardo e a família, eles são adoráveis e as duas crianças então.. Uma fofura. Às 15hrs colocamos as coisas no carro, nos despedimos daquela linda família e voltamos para casa.

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O que acharam??
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