Preciso De Você.

Capítulo XV

Tirando o fato da Lara ter me batido umas mil vezes enquanto dormia, a noite foi ótima. Podia ser melhor? Ah, podia... Com certeza podia, mas fazer o que? A vida não é perfeita.
Acordo mais cedo do que o costume, tomo banho, me arrumo e desço as escadas, o café da manhã já estava pronto. Faço uma bandeja caprichada para Lara, com tudo que ela gosta. Subo e vou para o quarto, deixo a bandeja na cômoda ao lado.

—Lara, acorda.
—Uhmm... Me deixa dormir... Só um pouco.
—Não, está na hora de acordar ou vai se atrasar. –falo e puxo o cobertor.
—Larga isso. Me dá.
—Não, por favor, colabore... Trouxe seu café. –falo e ela abre os olhos de imediato.
—Comida...
—Sim, senta.
—Amburguer?
—Sim.
—Leite desnatado?
—Também.
—Cereal?
—Claro.
—Maçã?
—Não podia faltar.
—E as torradas?
—Está tudo aqui.
—Te amo.
—Eu sei.

Pego a bandeira e ponho em suas pernas, ela devora tudo, por incrível que pareça. Fico imaginando para onde vai tudo aquilo, porque para a barriga não é. Nunca vi, uma garota para comer tanto, eu em...
Depois do café, que ela comeu sem me oferecer uma migalha, ela vai tomar banho e eu vou tomar o meu café, porque se depender dela eu morro de fome.
Logo ela estava pronta e fomos para o Colégio dela, depois sigo sozinha para a faculdade, para mais um dia de aula.

POV**LARA**

Minha namorada é perfeita. Me acorda com um café da manhã "em mãos", me trás no colégio. Fala sério gente, quem aqui tem uma namorada assim? Quem tiver está de parabéns, você é sortuda. Bom, Júlia é perfeita e tal, mas o que será que eu tenho a ver com a viagem dos meus sogros? Isso está me deixando inquieta.

—Hey sister–fala Lola se aproximando.
—Oi gata.. –fala bia
—Oi meninas, como estão?
—Bem–falam juntas.
—Que cara é essa? Foi mal comida? O que você tem? –pergunta Lola e Bia ri.
—Oi? Não nada a ver, só, estou pensando.
—Em que? –fala Bia, agora sentando ao meu lado.
—Meus sogros viajaram ontem, disseram que tem algo relacionado a mim e eu quero saber o que é. Estou muito nervosa.
—Calma Lara, não deve ser nada ruim, notícia ruim chega cedo. –fala Lola tentndo me acalmar.
—Se não fosse nada, eles não sairiam daqui as pressas e nem fariam tanto mistério.
—Isso é verdade, mas espere eles chegarem para você se preocupar com algo. –fala Lola.
—Tentando... –falo

O sinal toca e vamos para a sala. As aulas passam aleatoriamente, sem grandes acontecimentos.
Hora do intervalo, aleluia. Sigo com as meninas para o refeitório, sentamos na nossa mesa de costume, com o nosso pessoal.

—O Bruno caiu antes do Caio chutar a bola, ele não sabe agarrar. –Fala Luiz.
—Por isso eu sou atacante, eu não sei agarrar, só fui porque o Leo não pode ir. –se defende Bruno.
—Nada disso, eu que sou um ótimo artilheiro. –se vangloria Caio.
—O fato é que o jogo já acabou e a nossa equipe venceu. Não adianta fazer confusão.–Fala Felipe sabiamente. –Bruno, obrigado por ser um péssimo goleiro e ter nos proporcionado a vitória de uma forma tão magnífica, devemos muito a você, obrigado irmão. – sabe o que eu falei sobre sabedoria? Esqueçam.
—Meninos, chega de falar em futebol, vamos brincar. –fala Bia, todos a olham.
—Você quer brincar na neve? –canta Lola e todos riem.

O intervalo acaba e voltamos para a sala. Tudo muito bom, tudo muito ótimo, mas finalmente o sino maravilhoso toca e anuncia o fim das aulas. Vou para o pátio com as meninas, para esperar Júlia.

—Ei, está sonhando acordada Lara? Ainda pensando na viagem dos seus sogros? –fala Bia.
—Sim.
—Olá gatinhas. –fala Júlia, estava tão destruída que não a vi chegar.
—Oi Jú–falamos as três juntas.
—O que ouve? Que clima... –fala Júlia.
—Não foi nada amor, podemos ir?
—Sim. Tchau meninas
—Tchau.

Júlia abre a porta para mim, eu entro, ela arrodeia o carro e entra também. Ela tenta puxar assunto durante todo o trajeto, mas eu não estava para conversa. Em alguns minutos chegamos, sai do carro e seguida dela, entro na casa.
Na sala estava Hugo, Christina e uma criança de aproximadamente 2 anos, um menino. Ele me lembra alguém.

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