POV JÚLIA
Eu tinha um mal pressentimento, algo me incomodava.
-Pai, vou atrás da Lara. Ela está demorando muito.
-Filha, ela vou ao banheiro, deve estar retocando a maquiagem. Coisas de mulher.
-Mas, ela saiu daqui faz 20 minutos. Eu vou ver o que está havendo. Já volto.
-Se for para te deixar mais tranquila, tudo bem.
Eu vou até o banheiro, quase atropelando as pessoas que estavam a minha frente. Entro no lugar e estava vazio.
-Lara?
Sem obter resposta, olho as cabines e estão vazias. Vejo a bolsa dela jogada perto da pia. Onde ela estará?
Pergunto a algumas pessoas que estavam próximas para saber se viram Lara, mas ninguém a viu.
Volto para junto do meu pai, que dançava com a minha mãe.
-Pai.
-O que foi filha? Encontrou ela? Você está pálida. Esta passando mal? Quer que eu chamo um médico?
As lágrimas começam a surgir dos meus olhos e molhar minha face.
-Eu fui ao banheiro, eu não à vi. Ela não está lá, pai.
-Fique calma, talvez ela tenha ido a outro lugar.
-Não, ela teria me avisado e, de qualquer forma, ela deixou a bolsa no banheiro, ela nunca faria isso. O que está havendo, pai?
-Meu Deus!!! -fala minha mãe, pondo a mão na boca.
-Eu não sei. Vamos falar com os amigos dela e procurar. Nos vamos encontra-la.
Começamos perguntando a amigos, convidados, professores. Ninguém a viu e quando me dei conta, todos estavam procure ando por ela.
-Eu acho que vi a Lara. -Fala um garoto.
-Você tem certeza? Quem é você?
-Sim. A iluminação estava fraca, mas eu a reconheci pelo vestido que usava. Eu posso estar um pouco "alto" pela bebida, mas eu sei que era a Lara.
-Onde viu?
-Ela tava com a Duda, quer dizer, a Duda estava a levando nos braços, ela parecia desacordada. No estacionamento.
-O que? A Eduarda?
-Sim. Eu estranhei, porque a Duda, faz uns meses, desistiu e saiu do colégio. Eu perguntei o que ela estava fazendo. Ela disse que a Lara tinha passado mal e ela estava a levando para o hospital, me ofereci para ir junto, mas ela recusou a minha ajuda.
-Pai, ela sequestrou a Lara.
-Eu vou ligar para a polícia, não se preocupe, minha filha.
Eu o abraço forte, em poucos instantes a polícia chega. O delegado era amigo do meu pai, o que facilitou muito. Pouco tempo depois o pai da Eduarda chega. Um dos colegas da Lara ligaram para ele, pedindo a sua presença no local.
-Pessoal, eu sei que estão preocupados com a colega de vocês, mas eu vou pedir que se retirem do local. A polícia não pode trabalhar com essa quantidade exagerada de pessoas. Quero apenas a família de Lara, o Senhor Freire e o jovem que viu Lara pela última vez. O resto do pessoal está dispensado.
Muitos murmuram reclamando. Falo com o delegado para que deixe Bia e Lola ficarem, já que são muito amigas de Lara, as outras pessoas vão embora.
O delegado pede para contarmos tudo, desde o início. Começamos contando sobre a obsessão de Eduarda pela Lara e tudo que aconteceu nos últimos meses até o momento em que ela foi vista sendo levada pela garota.
Ele ouvi tudo, pedindo para que nos esforçassimos para não esquecermos nenhum detalhe importante. Contudo tudo ele se junta com alguns policiais.
Depois de uns minutos, chama o Senhor Freire para que ele fale da folha e como ela costuma reagir, se ela tem algum problema. Faz perguntas e mais perguntas.
-Pelo que foi contado, essa menina, Eduarda, toma remédios controlados, o que quer dizer que ela tem problemas psicológicos. Sendo assim, temos que tentar pensar como ela é eu vou precisar da ajuda de vocês. Esse não é um caso qualquer de sequestro, essa garota não quer dinheiro, sendo assim, não ligaram pedindo resgate. Mas, ela pode ligar para o pai ou algum familiar para avisar que está bem ou para pedir algo. Gostaria que o senhor deixasse a sua família de sobre-aviso, caso ela ligue.
-Tudo bem, vou ligar para minha esposa e pedir para que ela avise aos parentes mais próximos. -fala o senhor Freire e se afasta.
-Agora eu preciso da ajuda de vocês. Vocês conhecem algum lugar que essa garota poderia querer levar a Lara? Qualquer lugar que vocês pensem. Pode ser na cidade ou longe. Um lugar que ela goste. Qualquer coisa.
-Eu não sei. -fala Lola.
-Também não. -fala Bia.
-Talvez ela tenha uma amiga que ela possa ter contado ou deixado alguma dica.
-Duda não tinha muitas amigas. Ela andava muito comigo, com a Lola e com a Lara. Mas, nos dias só andávamos com ela por causa da Lara e vice-versa.
-Se alguém soubesse de um lugar que Duda gosta, esse alguém seria a Lara. -fala Lola.
-Já falei com a minha esposa, ela está vindo para cá e avisou a família. -Fala o senhor Freire.
-Ótimo. Senhor, eu gostaria de pedir a sua ajuda a mais uma vez.
-Pode falar.
-O senhor sabe de algo lugar que a sua filha goste muito? Um lugar afastado, pouco frequentado...
-Não. Sou um homem ocupado, apesar de tentar dar atenção a minha filha, não posso dar toda que ela merece.
-Entendo.
-Alfredo, o que está havendo? Onde está minha filha? -fala uma mulher alta, não tal jovem, mas muito bonita e parecida com a Eduarda.
-Ela sequestrou a Lara.
-O que? Porque ela fez isso?
-Porque a nossa filha está doente, Fernanda.
-Desculpe, mas não temos tempo a perder. A senhora poderia nos ajudar? -pergunta o delegado.
-Claro. Como posso ajudar?
-A senhora save de algum lugar que a sua filha poderia ter levado Lara?
-Eu não me recordo. Talvez a casa de praia.
-Casa de praia? Onde fica?
-No litoral. Não vamos muito para lá nos últimos anos, mas Duda gostava muito daquele lugar. É uma casa afastada, não pega telefone celular, meu marido não tinha como mexer no telefone e ela amava isso.
-Nós vamos para lá.
-Acha que ela pode roer levado a Lara para lá, Victor?
-Pode ser que sim, Hugo. Vamos.
Vamos em três carros. A viatura, com os policiais. Eu, minha mãe, Lola e Bia vamos no carro do meu pai. Fernanda vai no carro do marido.
Cerca de três horas até lá. Será uma longa viagem.
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Desculpem a demora, eu não estou mt bem psicologicamente e, de uma certa forma, emocionalmente tbm. Por isso, não estou conseguindo me concentrar mt na fic, desculpem se saiu uma merda :/
Amanhã e sexta tenho algumas provas para fazer e elas são mt importantes, então desejem boa sorte pra mim.Eh isso aii...
Bjss na testa ❤❤
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Preciso De Você.
RandomNem sempre é fácil apagar da memória a dor do passado. Lara é uma garota jovem, bonita, provocante, mas que no peito guarda a dor. Júlia é uma garota centrada, séria e brincalhona ao mesmo tempo, forte, porém frágil. Duas garotas. Uma tragédia. Um...