– Não! Por favor, não faça isso! – A mulher suplicou enquanto se encolhia mais no chão.
Mark se observava no espelho. Analisava cada cicatriz que tinha pelo corpo, das mais profundas até as mais simples.
– Não faça isso, por favor! – Mark desviou seu olhar para os olhos da mulher, que chorava em desespero. – Mark!
Franziu o cenho quando encontrou a cicatriz que mais odiava, no pé da barriga. A mais profunda e a mais dolorida. Na verdade, ele todo era uma grande ferida, que insistia em não cicatrizar.
Minutos depois um disparo foi ouvido. A mulher estava caida no chão, ensanguentada. Seus olhos, que antes transmitiam paz e amor, agora estavam mortos e sem brilho algum.
Engoliu o choro e socou o espelho do banheiro. Agora sua imagem estava despedaçada, estava dividida em partes e não tinha mais como juntá-las. Era assim que se sentia todo o momento, em pedaços. O sangue pingava de sua mão e caia no piso branco e em seus pés descalços. O sangue, o mesmo sangue que saia da cabeça da mulher que amava.
– É tudo culpa sua...– Repetiu a mesma frase que ouviu naquele dia. – É tudo culpa sua.
...
Haechan estava terminando de por a mesa do café da manhã quando Lay desceu as escadas. Seus olhares se encontraram mas ele nada disse. Apenas se sentou na mesa e começou a comer em silêncio. Nervoso, terminou de fazer o que tinha que fazer e saiu do local. Na cozinha encontrou a senhorita Kim servindo o café para a filha.
– Bom dia. – Mark entrou no cômodo com um sorriso no rosto.
– Oppa! – Meirin sorriu.
– Bom dia, querido. – A mais velha cumprimentou.
Mark beijou a bochecha de Mei, logo em seguida da senhorita Kim e depois a de Haechan. Sem disfarçar algo ou os sorrisos ambos se olharam com carinho. Mas Haechan desmanchou-o assim que encarou a mão enfaixada do maior.
– O que houve com a sua mão? – Franziu o cenho.
– Ah, eu me cortei...– Sorriu. – Falando nisso, vou precisar de um novo espelho no banheiro. – Ditou para Kim que apenas concordou com um semblante sério.
– Tem certeza que esta bem? – Voltou a perguntar estranhando o comportamento dos dois.
– Sim. – Piscou para o menor. – Eu vou sair com o Jeno, voltarei a tarde. – Comunicou. – Até mais.
– Até. – Haechan sorriu.
– Até mais, oppa. – Mei acenou.
– Até mais, senhor Lee. – Kim sorriu.
...
– Ele quebrou o espelho! – Haechan exclamou assim que entrou no banheiro juntamente com Kim.
– De novo...– A mulher resmungou.
– De novo? – Franziu o cenho. – O que está acontecendo?
– Mark costuma guardar muita coisa dentro de si. – Começou. – Ele tem um passado carregado de dor e sofrimento. As vezes, ele simplesmente explode e acaba se machucando. Se culpa todas as vezes e nunca nos deixa ajudar. – Lamentou enquanto recolhia os vidros quebrados.
– Eu não sabia...– Ditou de forma baixa.
– Ele tem um coração muito grande, mas infelizmente ele é preenchido por mais coisas ruins do que boas. – A mulher suspirou.
– O que aconteceu com ele? – Indagou.
– Com todo o respeito, Haechan, eu não sou a pessoa certa para lhe contar. – Encarou o rapaz. – Mas não se preocupe, são raras as vezes que isso acontece. Geralmente, ele tem mais pesadelos.
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𝚋𝚊𝚍 𝚋𝚕𝚘𝚘𝚍
FanfictionMark Lee, filho da máfia, é conhecido como sangue ruim por vários motivos, mas um deles é por seu passado obscuro. Assim que Haechan, um garoto da noite, entra em sua vida as coisas passam a mudar e Mark se vê disposto a mostrar que aquele apelido n...