𝚋𝚊𝚍 𝚋𝚕𝚘𝚘𝚍

13. Estranho

Mark estacionou na frente da pousada e em seguida desceu do carro acompanhado de Haechan que carregava as duas bolsas. Quando adentraram o local suspiraram aliviados já que era quentinho e aconchegante lá dentro.

– Senhor Lee...– Um homem alto os recebeu no balcão. – Seja bem vindo. – Pegou a chave de um quarto e estendeu para Mark.

Assim que adentraram o elevador Haechan ergueu ambas as sobrancelhas. Mark sorriu de forma brincalhona e se aproximou.

– Meu pai sempre vem aqui. – Explicou. – E antes da gente sair de casa eu liguei pro dono para separar um quarto pra gente. – Piscou vendo o menor corar.

...

Haechan foi o primeiro a se banhar, logo depois Mark. Ambos já estavam bem alimentados e juntinhos na cama de casal, prontos para descansar.

– Você está bem? – Mark indagou enquanto encarava o teto.

– Sim...– Haechan virou o rosto em sua direção encontrando o perfil bonito. – E você?

– Sim. – Também virou o rosto na direção de Haechan, sorrindo. – Somos dois fodidos.

– É. – Riu. – Somos dois fodidos.

Mark se aproximou e encostou os narizes um no outro, dando um beijinho de esquimó no mais novo, que sorriu.

– Que bom que você se abriu comigo. – Haechan levou a mão até o rosto do pálido. – Isso significa alguma coisa, não é?

– Significa que nós estamos cada vez mais íntimos. – Sussurrou passando o braço na cintura do outro, o puxando para mais perto.

Haechan sorriu, seu coração batia forte e seus dedos começaram a acariciar o rosto magro de Mark. A possibilidade de não só estar apaixonado por ele, mas como também amá-lo era muito grande na cabecinha de Haechan. Ele era perfeito. Mark era amável, protetor, carinhoso, compreensível e lindo, muito lindo. Era impossível não suspirar e não sorrir de forma boba por ele.

Mark sorriu também, analisando a feição do garoto. Ele nunca havia gostado tanto de alguém como gostava de Haechan. Ele nunca se sentiu tão atraído, aquele garoto era perfeito ao seus olhos. Haechan era lindo, e o entendia. O carinho que tinha por ele era enorme, Mark se sentia grato em ter alguém tão especial ao seu lado.

– Haechanie? – Chamou baixinho.

– Sim? – Os olhos do garoto brilharam.

– Obrigado por estar aqui. – Sorriu.

Haechan sorriu também, por mais que esperasse outra frase ele estava feliz em saber que Mark o reconhecia ali, ao seu lado. Com aquilo levou a mão que estava na bochecha do maior até a sua nuca, e o puxou para um beijo. Mark suspirou inclinando o corpo para cima do menor enquanto sua mão foi de encontro com a cintura dele, apertando a pele contra os dedos.

Haechan suspirou e passou o braço ao redor do pescoço do maior, juntando ainda mais os corpos. Mark desfez o beijo e levou a boca até o pescoço bronzeado, deixando selares simples no local. O menor sorriu acariciando os fios curtos de Mark.

– Vamos dormir. – Ditou saindo de cima do menor.

...

Se Haechan achava que tudo estava perfeito, no dia seguinte ficou ainda melhor. Mark fez questão de acordar ele com uma bandeja de café da manhã, e alguns beijinhos de brinde. Em toda a sua vida, nunca, nunca, nunquinha imaginou que algo do tipo aconteceria com ele.

A viagem de volta para casa foi em silêncio, mas não era aquele silêncio constrangedor ou agoniante, e sim um silêncio gostoso onde ouviam música e sorriam um para o outro.