Mark franziu o cenho quando entrou na sala e encontrou apenas doze homens no cômodo. Aquilo não era possível, onde estavam todos homens de Wei?
– Só isso? – Questionou o amigo loiro, que suspirou cansado.
– Sim, meu senhor. O resto dos homens decidiram seguir Lay e acabaram ficando na mansão Hei. – Um dos capangas ditou.
– Droga...– Suspirou. Estava desesperado é claro, mas não era hora para demonstrar aquilo, tinha que dar forças aos seus homens. – Tudo bem...– Sorriu pegando uma arma que estava na mesa de centro. – Nós somos homens de Wei, somos guerreiros, atiradores, somos filhos da máfia. Se for para cair, cairemos juntos, honrando o meu pai. – Ditou com confiança.
– É isso aí. – Jeno sorriu pegando uma arma.
– Vamos juntos. – Um dos capangas ditou.
– Vamos lutar homens!
...
Hei chegou na mansão em um piscar de olhos. E o filho de Wei fez questão de recebe-lo na porta, com homens armados. Assim que desceu do carro a primeira pessoa que viu foi Mark, que sorriu para si.
– Olá, vizinho! – Se aproximou.
– Hei, seu desgraçado. – Rosnou. – Como você ousa.
– Ah, Mark. – Balançou a arma que segurava. – Por que brigar agora? Você nunca quis carregar esse fardo, nunca quis estar nesse lugar.
– Eu prefiro ser o pai da máfia do que deixar você tomar conta de tudo. – Ergueu a arma.
– Então...vai ser assim? – Fez bico.
– Vai ser assim. – Franziu o cenho vendo todos os homens de Hei começarem a sair dos carros e pegar as armas.
– Você é tolo. – Riu dando meia volta e ficando atrás de um dos carros. – Matem todos!
A agilidade de Mark impediu que ele tomasse tiros. Correu até um dos carros e se posicionou juntamente com Jeno, que o aguardava ali. Seus homens começaram a revidar, protegidos pelas paredes da construção. Uns eram acertados, outros morriam na hora. Mas seu alvo não era aquele grupo, e sim o líder, que por sinal havia sumido. Se espantou quando alguém atirou em suas costas, sua arma escorregou de sua mão, Jeno tentou o proteger mas também levou um tiro e caiu. Foi arrastado até a sala onde os tiros não os incomodaria.
– Meu senhor. – Hei riu ao ver a quantidade de sangue que saia de Mark. – Olhe só para você.
– Maldito. – Se levantou passando a mão pelo próprio tronco. A bala não o atravessou.
– Mark, você não é nada. – Ergueu a arma mais uma vez apontando para o peito do mais novo. – Você nunca vai ser alguém...
– É tudo culpa sua...– O homem continuava distribuindo socos no seu rosto. – Ninguém nunca vai amar você...você nunca vai ser alguém...
Com raiva, correu até Hei e o empurrou. Ele acabou tropeçando no sofá e caiu no chão, um tiro foi disparado mas não acertou Mark. Caminhou até o homem e ficou por cima dele, começou a distribuir socos no rosto de Hei que tentava o afastar. Como a arma não havia caído muito longe, o mais velho conseguiu recuperá-la. Com dificuldade disparou mais uma vez, que acabou acertando o ombro de Mark. Ele caiu ao seu lado e levou a mão até o local atingido.
– Maldito...– Hei resmungou ficando por cima do garoto. – Eu não ia fazer você sofrer mas...– Começou a distribuir socos e chutes em Mark. – Você é um merda...Seu moleque...– Xingou enquanto torturava o outro.
Sem forças e com dor, Mark deixou que aquilo acontecesse. Seu rosto já estava inchado, cheio de cortes e sangrava. Os lugares atingidos pelas balas também sangravam muito. E a lateral do seu corpo dóia como inferno. Ele não conseguia revidar, não conseguia nem ao menos erguer as mãos.
– Você vai morrer agora, sangue ruim. – Se sentou nas pernas de Mark quando se cansou e pegou de volta sua arma. – E ninguém vai vir te ajudar, ninguém vai salvar você...– Riu segurando com força o rosto dele. – Sabe por que Mark? – Encarou seus olhos, que reviravam pela dor e fraqueza. – Porque você não tem ninguém.
Hei levou a arma até a cabeça do mais novo e sorriu largo. Mark fechou os olhos e esperou pela morte. Um tiro foi capturado pelos seus ouvidos, mas não sentiu nada. Quando voltou a abrir os olhos encontrou Hei ainda parado em cima de si. Seus olhos estavam arregalados e de sua boca saia sangue. Mark seguiu seu olhar até o peito dele e lá encontrou um buraco de bala. Hei riu fazendo com que mais sangue saísse e então caiu ao lado de Mark.
– Donghyuck...– Ele gemeu apontando para o moreno que estava do outro lado da sala com a arma erguida. – Filho...
– Vá se foder, seu filho da puta. – Xingou abaixando o objeto.
Haechan correu até Mark e segurou seu rosto. O maior sorriu ao ver os olhinhos brilhantes. Haechan era muito corajoso, e muito burro.
– Você...– Mark riu baixo. – Você é maluco.
– Disse que a gente lutaria junto. – Acariciou o rosto ferido do rapaz. – O que está fazendo? – Franziu o cenho quando Mark se sentou.
– Eu preciso... – Tossiu, estava perdendo muito sangue.
Mark segurou Hei, que já tinha morrido, pelos cabelos e o arrastou até o lado de fora. Os tiros já tinham cessado, todos os seus homens estavam mortos. Os homens restantes de Hei esperavam por ele animadamente, mas suas feições de espanto foram inevitáveis. Mark jogou o corpo dele na frente de Hajoon que o encarou com raiva.
– Acabou. – Ditou com dificuldade.
– O caralho que acabou...– Hajoon ergueu a arma mas sua atenção foi tomada quando carros luxuosos começaram a chegar.
– Desculpe o atraso. – Renjun saiu de um dos carros.
– O trânsito foi intenso. – Chenle e Jisung saíram de outro.
Vários homens dos outros grupos começaram a cercar Hajoon e o resto do pessoal de Hei. Sem escolha eles abaixaram as armas e se renderam. O loiro encarou Mark que estava quase caindo no chão.
– Vá embora, Hajoon. – Ordenou.
O homem suspirou voltando a encarar o corpo do chefe. Derrotado fez sinal para que os homens se retirassem. Foram embora deixando o corpo de Hei para trás.
– Merda, Mark. – Jeno apareceu atrás de si com a mão na barriga. – A gente quase morreu.
– Mark! – Haechan saiu de dentro da casa e correu em sua direção, o abraçando.
Todos estavam contentes e aliviados. Acabou, finalmente acabou. Mas aquilo não durou muito já que dois carros de polícia chegaram no lugar. Os policiais desceram e olharam ao redor, observando todos os corpos.
– Mark...– Haechan chamou preocupado.
– Que merda. – O policial ditou. – Vocês podiam fazer menos bagunça. O que eu vou falar? Que vocês estavam fazendo uma festinha? Já ouviu falar em vizinhos?! – Levou a mão até a cintura.
– Foi mal, cara. – Jeno deu de ombros.
– Espera...– Haechan franziu o cenho.
– Hae, este é o Jaehyun, nosso informante. – Riu se apoiando no menor.
– Seus desgraçados. – O policial voltou a reclamar fazendo com que todos começassem a rir.
Mas Mark não durou muito tempo em pé, de repente ele começou a vomitar sangue. Ainda estava sangrando muito, ainda estava com muita dor. A última coisa de que se lembrava antes de cair no chão foi ouvir Haechan chorar e pedir para que ele não dormisse. Mas o que poderia fazer, estava com tanto sono, não conseguiu manter seus olhos abertos.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝚋𝚊𝚍 𝚋𝚕𝚘𝚘𝚍
FanfictionMark Lee, filho da máfia, é conhecido como sangue ruim por vários motivos, mas um deles é por seu passado obscuro. Assim que Haechan, um garoto da noite, entra em sua vida as coisas passam a mudar e Mark se vê disposto a mostrar que aquele apelido n...