14. Tiro ao Alvo

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Haechan desceu do carro e olhou ao redor. O lugar era lindo e o ar puro era maravilhoso. Nunca esteve em um lugar como aquele, estava contente em saber que Mark queria passar mais tempo consigo longe da casa.

– Por que me trouxe aqui? – Encarou o mais velho que também observava a paisagem.

Sua noite de sono havia sido péssima. As coisas que Jeno havia lhe dito eram repetidas a todo momento, e não importava o que ele fizesse ele sempre ouvia a voz do mais novo. Além de precisar conversar com Haechan também estava preocupado com sua segurança, ou seja, teve a ideia de levá-lo ao penhasco onde estariam completamente sozinhos.

– Você sabe atirar? – Questionou tirando a arma da cintura.

– Ahm, não...– Abraçou o próprio corpo assistindo Mark mexer no objeto.

– Vai aprender hoje. – Se aproximou do moreno.

– Por que? – Franziu o cenho. – Assim de repente?

– Quero que saiba se defender quando eu não estiver por perto...– Estendeu a arma. – Vamos.

– Mark, eu não sei...– Coçou a nuca. – Eu não gosto de armas...

– Vamos lá, Haechan. – Sorriu. – Me deixa te ensinar?

O moreno suspirou e logo em seguida concordou. Pegou a arma em mãos e ouviu atentamente o que Mark dizia. Ele aprendeu o que era cada parte, como funcionava e como ele atiraria. Em posição ele mirou em uma árvore, suas mãos estavam suando e tremiam, estava tão nervoso que mal conseguia se concentrar.

– Relaxa. – Mark ditou assim que se posicionou atrás do menor. – Relaxe os ombros. – Sussurrou em seu ouvido levando as mãos até a cintura do menor. – Respire fundo...

Haechan engoliu seco e respirou fundo tentando acalmar seu coração. Antes estava nervoso em ter que atirar, agora estava nervoso porque Mark estava respirando em seu pescoço. Respirou fundo mais uma vez e puxou o gatilho, errou a árvore e suspirou desanimado.

– Ei, tudo bem, foi quase. – Mark riu o puxando para mais perto.

Haechan arregalou os olhos quando ele levou as mãos até seus braços e os ergueu novamente. Uma mão seguiu até a arma e a ajeitou mirando melhor no alvo. Assim que se sentiu satisfeito voltou as mãos até a cintura do mais novo e pediu para que ele respirasse fundo mais uma vez. Haechan o fez e então atirou, dessa vez acertou o alvo, o que o fez sorrir contente.

– Viu, era só mirar e respirar fundo. – Mark sussurrou passando a ponta do seu nariz em sua nuca. – Faça de novo. – Pediu.

E Haechan fez, ficaram um bom tempo ali. Ficaram até que o vento gelado fizesse com que seus rostos ficassem doloridos. Se recolheram no carro e ligaram o aquecedor. Haechan suspirou aliviado e sorriu para Mark.

– Aqui é muito lindo. – Comentou desviando o olhar para frente.

– É mesmo. – Sorriu. – Achei esse lugar com o Jeno. A gente vinha com muita frequência aqui...– Suspirou sentindo falta daqueles momentos.

Haechan o encarou. Mark pareceu viajar por um momento, ele ficou sério de repente. Com aquilo, Haechan levou uma mão até a dele que descansava no volante, chamando a atenção.

– Ei...– Mark chamou com um sorriso. – Nós ainda temos um tempinho...– Haechan mordeu o lábio inferior assistindo o Lee se aproximar devagar.

As bocas se encontraram e um beijo diferente começou. Aquele era sedento, cheio de desejo e paixão. Uma mão do maior segurou a sua cintura enquanto a outra procurava a alavanca ao lado do banco, quando a achou puxou tudo fazendo com que o banco deitasse por completo. Haechan riu entre o beijo, pelo susto e pela agilidade do maior, levando as mãos até os fios escuros os bagunçando.

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