Do fogo ao pó

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Por Draco Malfoy

Depois de uma boa noite de sono eu melhorei. Não era nada de mais. Eu só estava cansado e meu corpo não aguentou. Só isso. Essas coisas acontecem com qualquer um, o tempo todo.

Mas por insistência da minha mãe não fui trabalhar na noite seguinte. Fiquei de molho em casa sem fazer absolutamente nada. Só vendo a vida passar. Então quando acordei no dia seguinte eu estava cheio de energia para gastar. E eu já tinha uma vaga ideia de como exatamente eu poderia fazer isso.

- Mãe, vou passar o dia todo fora de casa hoje. E depois vou direto para o trabalho. Estou avisando para a senhora não ficar preocupada e nem mandar oito corujas atrás de mim. - a encontrei na cozinha mexendo em alguma coisa no fogão.

- Está bem querido, mas onde exatamente você vai passar o dia? - ela perguntou preocupada.

- Vou passear um pouco. Dar uma volta. Visitar alguns lugares. - esclareci.

- Tudo bem então. Se divirta meu bem. - ela jogou um beijo no ar enquanto eu ia saindo pela porta.

- Te vejo ao amanhecer. - gritei para ela.

O dia estava quente e ensolarado. Era o clima perfeito para a aventura que eu estava planejando. Eu só precisava convencer uma pessoa a ser minha acompanhante. E essa pessoa era meio difícil de lidar. Mas eu sabia exatamente o jeito certo de suborná-la.

Caminhei pelas ruas cheias e cumprimentei um bruxo ou outro. Depois de alguns minutos sob o sol finalmente encontrei o lugar que eu procurava. A melhor pizzaria bruxa que alguém poderia encontrar. Fui até o balcão onde uma atendente anotava os pedidos.

- Bom dia senhor, no que posso ajudar? - ela sorriu de um jeito simpático.

- Bom dia. Eu quero uma pizza grande de abóbora. - pedi.

Ela me olhou com uma cara estranha.

- Perdão senhor, mas não temos esse sabor. - ela explicou.

O que? Como assim não tinham esse sabor? Não era o sabor mais clássico do mundo bruxo?

- Vocês estão em falta justamente com esse sabor? - me irritei um pouco.

- Não senhor, não estamos em falta. - ela me olhou como se eu fosse maluco. - Esse sabor não existe.

- Como não existe? Vocês fazem tudo de abóbora mas não fazem pizza? Que mundo é esse tão cruel que a gente vive? - ironizei.

Ela apenas deu de ombros e me lançou um sorriso como quem pede desculpas.

- Vocês não podem só fazer essa pizza para mim? Só esmagar a abóbora e colocar na massa? Por favor. - tentei fazer uma cara triste para que ela ficasse com pena.

- Não podemos senhor. Eu sinto muito. - mas que droga.

Como eu iria subornar aquela cabeça teimosa sem uma oferenda de abóbora? Então eu tive uma ideia. Uma ideia muito errada. Mas que valeria a pena. Suspirei e me inclinei no balcão para olhar bem nos olhos daquela mulher.

- Olha, eu não queria contar isso a ninguém. Não quero que as pessoas tenham pena de mim. Mas eu estou morrendo. Estou muito doente e tenho pouco tempo de vida. - a atendente me olhou chocada. - Eu queria muito comer uma pizza de abóbora. Será que você não pode dar um jeitinho?

- Ah Merlin, mas é claro. Espere só um momento. - ela se retirou e sumiu por uma porta. Logo depois voltou acompanhada de um homem mais velho.

- Olá meu jovem, como você se chama? - droga. Eu não podia dizer meu nome. E se ele me encontrasse em algum outro momento e descobrisse o que eu fiz? Seria muito constrangedor. Então para me livrar de uma mentira eu menti de novo.

A La PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora