Promessas quebradas

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Por Draco Malfoy

As pessoas já me prometeram muitas coisas ao longo da minha vida.

E na maioria das vezes essas promessas falharam.

Quando eu tinha seis anos e meu dente caiu me prometeram que a Bruxa do Dente viria buscá-lo durante a noite e que ela me daria um sapo de chocolate em troca. Mas ela não veio.

Ou melhor, veio dois dias atrasada.

Quando eu era mais velho meu pai me prometeu que venceríamos a guerra e isso nunca aconteceu.

Harry Potter prometeu que não quebraria o meu coração.

E ele falhou, assim como todos os outros falharam.

Mas dentre todas as promessas que me foram quebradas ao longo da vida, a dele foi a que mais doeu. A que mais me machucou.

A que mais me queimou.

***

Por Harry Potter

Uma semana depois o ministério finalmente conseguiu uma informação nova sobre o caso das denúncias anônimas.

Tom disse que de alguma forma eles conseguiram rastrear a coruja que trazia as cartas anônimas e ela nos levava para um lugar bem conhecido. O Longbottom House.

- Você vai comigo até lá Harry. - meu chefe me intimou. - Já avisei Neville que estamos a caminho. Ele e a secretária vão abrir a casa para nós. É melhor fazermos essa vistoria durante o dia para não atrapalhar o expediente durante a noite.

- Claro. - eu concordei.

- Ótimo. Me encontre daqui há uns dez minutos lá fora. - Tom mandou e saiu da minha sala.

Verifiquei se o corredor estava vazio e caminhei em direção ao escritório de Draco. Queria avisá-lo que eu iria sair por um tempinho.

Entrei sem bater na porta e a fechei novamente.

- Você por aqui meu lindo. - ele abriu aquele sorriso que sempre alegrava os meus dias. - Que surpresa boa.

Draco se levantou e veio até mim, me puxando para um abraço confortável. Seu corpo estava quente, como sempre. O calor que emanava dele aquecia a minha alma.

- Queria poder ficar o dia todo escondido aqui com você. - confessei enquanto apertava sua cintura e apoiava a minha cabeça em seu peito.

- Mas você pode. - ele se animou com a ideia. - Ninguém vem até a minha sala mesmo.

Dei risada daquilo. Draco não tinha um pingo de juízo naquela cabecinha oca. 

- A proposta é muito tentadora. - me afastei e olhei para ele. - Mas eu não posso. Preciso acompanhar Tom em uma investigação.

- Que investigação? - ele ficou preocupado de repente.

- Não é nada demais. - o tranquilizei. - É algo sobre aquelas denúncias que eu comentei com você uma vez.

- Certo. - mas sua expressão de preocupação não deixou o semblante do seu rosto. - Você vai tomar cuidado, não vai?

- Draco, eu não estou indo para uma guerra. - dei risada. - Só vamos fazer uma vistoria em um lugar.

- Que lugar? Quero saber onde você vai estar. - ele exigiu e eu sabia que ele não mudaria de ideia.

- No Longbottom. É para lá que eu e Tom estamos indo. - finalmente contei.

- As denúncias estão vindo de lá? - ele me encarou com uma expressão muito séria em seu rosto bonito.

- Sim. - admiti.

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